Prezados leitores, hoje, mais um Policial Militar foi assassinado em serviço no estado do Rio de Janeiro, mas isso não tem a menor importância, tanto que nem publicaremos nome, registro geral e OPM.
O assassinato de Policiais Militares é um fato tão rotineiro no Rio de Janeiro "pacificado" pelo ex-secretário de segurança pública Beltrame que a dor fica restrita aos familiares e aos amigos. que devem agora estar se lamentam no grupo de "zap" da turma.
Amanhã outro Policial Militar estará no seu lugar ou o lugar ficará sem a presença de Policial Militar, a população também não tem a menor importância.
O governador Pezão não irá ao enterro do herói que morreu em serviço, afinal ele era só um Policial Militar.
O descaso com o assassinato de Policiais Militares não começou com esse assassinato, ele vem sendo construído ano após ano, governo após governo.
Tamanha crueldade cresceu tanto que entrou nos quartéis e o próprio Policial Militar passou a praticá-la..
Perdeu o respeito por si.
Perdeu o respeito pelos companheiros,
Perdeu o respeito pela Polícia Militar.
Perdeu o respeito pelos inativos que construíram a instituição.
Perdeu o respeito pelas viúvas dos companheiros,
Perdeu a própria dignidade.
Hoje, corre nos grupos de "zap" uma piada sobre a coragem e o medo dos Policiais Militares, tamanha afronta que não reproduziremos aqui, pois nós ainda não perdemos o respeito próprio, o respeito pelos companheiros e o respeito pela honrada e gloriosa Polícia Militar.
Se o Policial Militar que foi assassinado neste dia 30 de dezembro de 2016 era casado, a viúva vai ter que vender a bandeira que receberá amanhã durante o sepultamento das mãos do Comandante Geral, pois nem direito a receber a pensão em dia ela terá.
O Policial Militar, o herói social, perdeu a honra, o idealismo e toda a capacidade de se indignar, de lutar por seus direitos, pelos direitos dos seus companheiros, pelos direitos dos inativos, pelos direitos das pensionistas e pela instituição que o recebeu.
O pior é que diante dessa realidade temos que dar razão ao ex-governador Sérgio Cabral, aquele que está preso em Bangu 8, acusado de inúmeros crimes, quando perguntado pela mobilização anos atrás de Policiais Militares e Bombeiros Militares, ele afirmou que "éramos apenas meia dúzia".
De fato, embora na época não "éramos apenas meia dúzia, hoje somos "apenas meia dúzia" de verdadeiros Policiais Militares.
Por ironia do destino, o número necessário para levar o caixão que conduzirá a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro para o seu descanso eterno.
Nossos sinceros pêsames aos familiares e amigos do Policial Militar assassinato e que se inclua a família dele na relação das que irão receber a próxima remessa de cestas básicas.