terça-feira, 8 de maio de 2012

ACUSADO E ACUADO - CARLOS NEWTON

TRIBUNA DA IMPRENSA:
terça-feira, 08 de maio de 2012 | 05:10
Acusado e acuado, Cabral agora só usa sua saída preferencial - a porta dos fundos.
Carlos Newton
Todos sabem que a Justiça não é séria, o Ministério Público idem, a Polícia idem. Nada vai acontecer ao empreiteiro Fernando Cavendish ou a seu ex-concunhado Sergio Cabral. O único efeito que o escândalo está tendo é que o governador passou a trafegar pelos fundos, que desde sempre deveria ter sido sua porta gloriosa e preferencial.
Chega a ser patético e comovente seu esforço para fugir da imprensa, como se viu no BNDES e no Teatro João Caetano, onde ele mandou erguer uma barreira de tapumes em torno do prédio, vejam só quanta paranóia.
Da outra vez em que foi envolvido num escândalo, no famoso dossiê preparado pelo então governador e seu ex-aliado Marcello Alencar, Cabral escapou milagrosamente da acusação de enriquecimento ilícito, porque contou com a prestimosa colaboração de um amigo de fé, irmão camarada, o publicitário Rogério Monteiro, conhecido no meio político com o apelido de “senador”.
Na época, Monteiro justificou o enriquecimento ilícito de Cabral dizendo que agência de publicidade pagava ao então presidente da Assembléia R$ 9 mil por mês, a pretexto da prestação de serviços de “consultoria”. Ou seja, Cabral foi “consultor” muito antes de José Dirceu, Antonio Palocci ou Fernando Pimentel. Foi ele quem deu origem a essa moda.
É claro que R$ 9 mil mensais não justificariam a vida sofisticada que a família Cabral já levava naquela época, com os filhos nos mais caros colégios do Rio de Janeiro e fazendo equitação na Hípica, morando no luxuoso apartamento de Cabral no Leblon, passando o fim de semana na mansão em Mangaratiba, com o possante iate ancorado no cais particular.
Mas o escândalo do dossiê parou por aí, porque Cabral ameaçou retaliar o ex-amigo Marcello Alencar com denúncias sobre o filho dele Marco Aurélio, que também ficou rico durante a gestão do pai e há muitos anos mora nos Estados Unidos.
Marcello amarelou e não divulgou as informações contra Cabral, e ficou tudo em família. E assim caminha a humanidade, na visão míope e distorcida dos políticos brasileiros (Fonte).
Juntos Somos Fortes!

Um comentário:

  1. Amigos e Amigas, hoje vivenciei uma situação de humilhação e falta de atendimento no CAC Méier da Recita Federal...Então fiquei pensando...Será que eles não são servidores públicos? Então estendi meu pensamento à maioria dos servidores dos bancos públicos e vi que também muito deles se acham superiores ao povo, pelo menos no que se refere ao bom atendimento...Então me perguntei - Por que só a EDUCAÇÃO PÚBLICA é avaliada? Por que nós, professores, somos vítimas de salários infames e muitas vezes, mesmo doentes, não deixamos de atender nossos alunos com paciência e sorriso, como todo cidadão merece ser tratado. Com a taxa de Imposto de Renda variante entre 15% e 27% sobre o suor do nosso trabalho é impossível que nós não comecemos num movimento nacional contra esse imposto que é um dos maiores do mundo e sobre um sistema de avaliação DE TODOS OS SERVIÇOS PÚBLICOS, inclusive os federais que deveriam primar pelo bom atendimento e não pelos altíssimos salários obtidos através da expropriação do nosso trabalho. Estou indignada, precisamos reagir... Penso que devemos pagar sim - o imposto justo, por bons serviços prestados, isso nos países desenvolvidos tem uma taxa bem inferior a do Brasil.

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