terça-feira, 8 de maio de 2012

CABRAL TENTA EVITAR DEPOIMENTO NA CPI DO CACHOEIRA

FOLHA DE SÃO PAULO:
Cabral tenta evitar depoimento na CPI do Cachoeira.
07/05/2012 - 08h59.
Brasília.
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), procurou a cúpula do seu partido em busca de apoio para evitar que seja convocado a prestar esclarecimento à CPI do Cachoeira sobre suas relações com a construtora Delta, um dos alvos da comissão.
Dois requerimentos foram apresentados à CPI pedindo a convocação de Cabral depois da divulgação de fotos e vídeos em que ele aparece ao lado do dono da empresa, Fernando Cavendish, em Paris e Monte Carlo.
A Delta entrou na mira da CPI porque investigações da Polícia Federal mostraram ligações entre ela e o empresário Carlinhos Cachoeira, preso sob a acusação de explorar jogos ilegais e comandar um esquema de corrupção. 
Os requerimentos que pedem a convocação de Cabral devem ser votados no dia 17 e podem ganhar força se a Procuradoria-Geral da República abrir investigação sobre o governador e a Delta. 
O blog do jornalista Josias de Souza informou ontem que o procurador Roberto Gurgel fará uma análise preliminar dos negócios do governo com a construtora. Segundo o blog, Gurgel também decidiu pedir ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) que investigue o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que também manteve relações com Cachoeira nos últimos anos, segundo a PF. 
A Folha apurou que o governador do Rio procurou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), além de membros do PSDB, partido ao qual foi filiado anteriormente. 
A assessoria de imprensa de Cabral afirmou à Folha que o governador "mantém diálogo com lideranças nacionais e regionais do PMDB", mas não quis fazer comentários sobre o teor de suas conversas mais recentes. 
O movimento de Cabral surtiu efeitos ontem. "Não é uma CPI social para investigar jantar de governador", disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN). 
"Você acha que deve se convocar um governador só porque foi a Paris? Tem gravações dele com Cachoeira? Também não há nada contra o Cavendish", afirmou o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), que dita a posição do PT na CPI. 
Nesta semana a CPI vai ouvir em sessões fechadas dois procuradores e dois delegados que participaram das investigações sobre o grupo de Cachoeira. 
Juntos Somos Fortes!

Um comentário:

  1. terça-feira, 08 de maio de 2012 | 05:10
    ACUSADO E ACUADO, Cabral agora só usa sua saída preferencial - a porta dos fundos.

    Carlos Newton

    Todos sabem que a Justiça não é séria, o Ministério Público idem, a Polícia idem. Nada vai acontecer ao empreiteiro Fernando Cavendish ou a seu ex-concunhado Sergio Cabral. O único efeito que o escândalo está tendo é que o governador passou a trafegar pelos fundos, que desde sempre deveria ter sido sua porta gloriosa e preferencial.

    Chega a ser patético e comovente seu esforço para fugir da imprensa, como se viu no BNDES e no Teatro João Caetano, onde ele mandou erguer uma barreira de tapumes em torno do prédio, vejam só quanta paranóia.

    Da outra vez em que foi envolvido num escândalo, no famoso dossiê preparado pelo então governador e seu ex-aliado Marcello Alencar, Cabral escapou milagrosamente da acusação de enriquecimento ilícito, porque contou com a prestimosa colaboração de um amigo de fé, irmão camarada, o publicitário Rogério Monteiro, conhecido no meio político com o apelido de “senador”.

    Na época, Monteiro justificou o enriquecimento ilícito de Cabral dizendo que agência de publicidade pagava ao então presidente da Assembléia R$ 9 mil por mês, a pretexto da prestação de serviços de “consultoria”. Ou seja, Cabral foi “consultor” muito antes de José Dirceu, Antonio Palocci ou Fernando Pimentel. Foi ele quem deu origem a essa moda.

    É claro que R$ 9 mil mensais não justificariam a vida sofisticada que a família Cabral já levava naquela época, com os filhos nos mais caros colégios do Rio de Janeiro e fazendo equitação na Hípica, morando no luxuoso apartamento de Cabral no Leblon, passando o fim de semana na mansão em Mangaratiba, com o possante iate ancorado no cais particular.

    Mas o escândalo do dossiê parou por aí, porque Cabral ameaçou retaliar o ex-amigo Marcello Alencar com denúncias sobre o filho dele Marco Aurélio, que também ficou rico durante a gestão do pai e há muitos anos mora nos Estados Unidos.

    Marcello amarelou e não divulgou as informações contra Cabral, e ficou tudo em família. E assim caminha a humanidade, na visão míope e distorcida dos políticos brasileiros.

    Fonte:
    http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=37494

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