JORNAL O GLOBO:
BLOG DO RICARDO NOBLAT.
Comentário:
É no que dá ser generoso com Sérgio Cabral, Fernando Cavendish, dono da Delta, e o “bando dos homens de guardanapo”.
Escrevi aqui que só farrearam juntos em Paris há três anos porque não existia o Código de Ética que desde 2011 rege a conduta de Cabral e dos demais servidores públicos do Rio. Acertei no acessório, errei feio no principal.
O acessório: de fato até 2009 não havia código que orientasse Cabral a governar preservando a ética. E sem um código ficava muito difícil para ele ter certeza se a ética corria perigo ou não.
Escrevi aqui que só farrearam juntos em Paris há três anos porque não existia o Código de Ética que desde 2011 rege a conduta de Cabral e dos demais servidores públicos do Rio. Acertei no acessório, errei feio no principal.
O acessório: de fato até 2009 não havia código que orientasse Cabral a governar preservando a ética. E sem um código ficava muito difícil para ele ter certeza se a ética corria perigo ou não.
Cabral é simpático, porém simplório. Só no ano passado sentiu a
necessidade de um código. Para ser exato: depois de 17 de junho do ano
passado.
Naquele dia, Cabral voou a Porto Seguro, na Bahia, em
jatinho do empresário Eike Batista. Foi comemorar o aniversário de
Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta e de quase R$ 1,5 bilhão
em contratos com o governo do Rio.
À noite, um helicóptero caiu ao transportar sete convidados do aniversariante. Todos morreram.
Cavendish
perdeu a mulher, Jordana, e o filho de três anos do primeiro casamento
dela. Cabral perdeu a amiga Fernanda Kfuri, acompanhada do filho e de
uma babá. Marco Antônio, filho de Cabral, perdeu Mariana Noleto, sua
namorada.
Quem pilotava o helicóptero era Marcelo Mattoso de Almeida, ex-doleiro. Na ocasião chovia forte.
Primeiro a assessoria de Cabral informou que ele não estava em Porto Seguro quando o helicóptero caiu. Estava.
Depois
informou que ele viajara às pressas para lá ao saber do acidente.
Negou, contudo, que Cabral tivesse viajado em jato de Eike – viajou.
E negou que tivesse retornado ao Rio em jato de Eike. O retorno ainda é um mistério.
Criticado
por ter comparecido ao aniversário de um fornecedor do Estado em jato
cedido por outro fornecedor, Cabral disse: “Sempre procurei separar
minha vida privada da minha vida pública”.
Apesar disso, prometeu
mudar de comportamento – não sei por quê. E anunciou a criação de um
código de ética ao qual se submeteriam todos os servidores do Estado.
O
decreto com o Código de Conduta da Administração, “que limita as
relações entre agentes públicos e privados”, só foi publicado no Diário
Oficial no dia cinco de julho passado. Na véspera, Cabral fora atingido
por mais uma denúncia: no dia 2 de dezembro de 2010, viajara em jato de
Eike para as Bahamas, onde encontrou Cavendish.
Além do código, o
decreto criou duas comissões de ética: uma formada por membros do
governo para fiscalizar o procedimento dos funcionários do primeiro
escalão do governo; a outra por gente de fora para dirimir eventuais
dúvidas quanto ao código e garantir sua aplicação aos funcionários dos
demais escalões.
Segundo o código, empregados do Estado são
proibidos de “receber presente, transporte, hospedagem, compensação ou
quaisquer favores, assim como aceitar convites para almoços, jantares,
festas e outros eventos sociais” – quer seja obrigatório ou não o uso de
guardanapos na cabeça.
E agora, o principal, onde errei.
Dez
meses depois da publicação do decreto que criou o código e as duas
comissões de ética, supus (jornalista deveria ser proibido de supor) que
o código estivesse em vigor e as comissões funcionando.
Nem o código nem as comissões saíram do papel. Como em 2009, Cabral segue livre podendo atropelar a ética.
Cabral
levou oito meses para nomear os integrantes das duas comissões. Uma
delas reuniu-se uma só vez. A outra, algumas vezes, mas não há registros
das reuniões.
Sem que tenha sido aplicado até aqui, em breve o código será reformado para se tornar mais rigoroso.
Pois é. Zombaria! Deboche! Escárnio com a nossa cara!
Peço desculpas por tê-los enganado acreditando no que disseram Cabral e seu bando. Doravante serei mais cuidadoso.
Cabe
a vocês cobrarem respostas de Cabral para dezenas de perguntas que
teimam em não calar. É espantoso que podendo liquidar o assunto de uma
vez por todas ele prefira alimentá-lo com o seu silêncio.
Por que
Cabral não exibe a relação completa das viagens oficiais e particulares
que fez a Estados e ao exterior desde que assumiu o governo? Com data,
destino, meio de transporte, duração e a identidade da fonte pagadora de
cada despesa?
Por que não revela quantas vezes voou com Cavendish? Ou o encontrou no lugar para onde voou?
Seria tão simples! Não é verdade?
Comento:
Ricardo Noblat e Reinaldo Azevedo estão dando um show na cobertura do envolvimento do governador Sérgio Cabral (PMDB) com o empresário Fernando Cavendish, ex-dono ou ex-sócio da Delta.
Noblat toca novamente no cerne da questão, repetindo o que temos postado nesse espaço democrático, ou seja, como seria fácil para o governador Sérgio Cabral (PMDB) por um fim no escândalo, bastando apresentar os comprovantes dos pagamentos das despesas de todas as suas viagens ao exterior.
Ao invés de apresentar os comprovantes o governador busca blindagens, ataca o denunciante e se esconde da imprensa.
Sinceramente, essas não são posturas de um inocente.
Juntos Somos Fortes!
Há muito tempo o Dep. Garotinho que, à exemplo da maioria dos políticos não é santo, divulga em seu blog as "armações ilimitadas" de cabral e sua "gangue dos guardanapos". Após a repercussão nacional dos vídeos e fotos das farras Européias, foi rompida a podre blindagem midiática ao desgoverno do Estado. Em uma breve busca no blog qualquer autoridade fiscalizadora encontrará inúmeras e gravíssimas denúncias, a maioria documentada, contra o desgoverno do Estado do Rio de Janeiro (enriquecimento ilícito, milhões em isenções fiscais até para "termas", superfaturamentos diversos, etc.).
ResponderExcluirA blindagem midiática foi rompida parcialmente. Falta agora, alguma autoridade corajosa e que não esteja "$omando Força$" para por um fim nesse escárnio.
Atencao : policiais militares e bombeiros militares excluidos comparecam na alerj no dia 10 as 14 horas,quem quiser e so postar o video do deputado paulo ramos,ou copia-lo no sos pmerj.
ResponderExcluir07/05/2012
ResponderExcluirPROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO RIO não vê razão para investigar relação entre Cabral e Cavendish
******
A partir de agora, alguns Policiais e Bombeiros Fluminenses não precisam mais se preocupar com suas relações de “amizade íntima” com contraventores e outras "potenciais fontes de corrupção". Basta alegar que são amigos antigos e que não misturam a relação “profissional com a pessoal”. ALEM DE CUSPIREM NAS NOSSAS CARAS, AINDA ZOMBAM DA NOSSA INTELIGÊNCIA E DISCERNIMENTO!
SEM ENTRAR NO MÉRITO DA QUESTÃO… MAS O RJ É OU NÃO É, O ESTADO DA PIADA PRONTA??
ResponderExcluir******
07/05/2012
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO RIO não vê razão para investigar relação entre Cabral e Cavendish
07/05/2012
POLÍCIA ABRE INQUÉRITO PARA APURAR USO DE SPRAY EM CÃO, DIZ PROMOTORA
“…Por considerar que o policial militar tinha outras formas de se proteger e que ficou caracterizado que houve maus tratos ao bicho, a PROMOTORA Christiane Monnerat FEZ QUESTÃO DE PEDIR A INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO. Crimes de maus tratos a animais, por serem de menor potencial ofensivo, segundo ela, costumam ser analisados no Juizado Especial Criminal (Jecrim)…”
Fonte: G1
07/05/2012 21:23
ResponderExcluirESCÂNDALO! Cabral gasta R$ 12 milhões em obra que era obrigação contratual da Delta
Covardia contra o povo de Nova Friburgo
http://www.blogdogarotinho.com.br/lartigo.aspx?id=10784
O Reinaldo Azevedo sempre "bateu" nessa corja, já o Noblat é "neo desafeto"; sempre foi um petralha enrustido. Quem está dando uma "justa" na quadrilha do guardnapo" é o Estadão, que enviou ofício ao governo do RJ.
ResponderExcluirestadao entrou com requerimento sobre viagens de sergio cabral ao exterior. oficio ao secretario da casa civil do rio busca esclarecer visitas do governador a outros paises.
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