sexta-feira, 19 de outubro de 2012

NO RIO AS VÍTIMAS SENTAM NO BANCO DOS RÉUS



O leitor mais atento deve ter estranhado a postagem do artigo anterior, considerando que conforme anunciei, a manutenção deste blog visa apenas divulgar a luta pela anistia dos Policiais Militares e Bombeiros Militares e atos relacionados com a nossa defesa. Portanto, devo esclarecer o motivo da postagem, o qual foi demonstrar, mais uma vez, que parcela cada vez maior dos integrantes da segurança pública no Brasil estão tentando promover mudanças fundamentais para o interesse público em suas corporações. Mudanças que ultrapassam à questão salarial e à melhoria das condições de trabalho, avançando na direção da promoção de grandes mudanças para a prestação de melhores serviços para a população.
Nas instituições de segurança pública organizadas militarmente, as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros, as mudanças precisam ser mais profundas, pois temos que por um fim no uso de regulamentos arcaicos, que violam os direitos constitucionais claramente e colocam os militares estaduais na condição de cidadãos de segunda classe, apesar de arriscarem a própria vida em defesa do cidadão e da cidadania.
No Rio de Janeiro, o primeiro passo ou primeiro grito nesta direção foi dado pelo grupo dos Coronéis Barbonos com a divulgação do documento Pro lege vigilanda, conhecida como carta dos Coronéis Barbonos. Nela, as primeiras linhas de uma luta por mudanças que ainda não se concretizaram, mudanças que o poder político não quer implantar, pois pretende manter as instituições militares debaixo dos seus pés, submissas por completo, ignorando a necessidade de mudar para prestar serviços de melhor qualidade.
Resiste o poder político fluminense em alterar os regulamentos e em dar a cidadania plena aos militares estaduais, concedendo os direitos que todo cidadão brasileiro possui.
Pior, tal poder político temporário tem afrontado as leis para reprimir os que querem as mudanças, violando inclusive a própria Constituição Federal por meio de seus prepostos, os quais parecem gozar de uma blindagem especial que impede que seus crimes sejam denunciados pelo Ministério Público e levados aos tribunais. Ao contrário, quem está sendo levado aos tribunais são as vítimas, virando a justiça do lado do avesso.
O leitor assíduo do blog conhece todas as violações ilegais praticadas contra mim, isto desde 2008. Todas elas comunicadas ao Ministério Público e à outros órgãos públicos, mas sou eu quem está indiciado em um Inquérito Policial Militar e submetido a um Conselho de Justificação, a vítima transformada em réu.
Ontem, recebi um comentário dando conta que o Comando do Corpo de Bombeiro não estaria cumprindo o previsto no estatuto da corporação com relação à agregação do Major BM Márcio Garcia, eleito vereador pelo município do Rio de Janeiro. Sinceramente, espero que isto não seja verdade, pois se for, estaremos diante de mais um fato concreto de violação da legislação por parte do governo fluminense contra os militares estaduais do Rio de Janeiro.
Democracia exige o respeito ao ordenamento jurídico, quando o próprio governo o violenta, ele mata a democracia no nascedouro e implanta a ditadura, onde a sua vontade supera os direitos do cidadão garantidos pela legislação.
A omissão dos que deveriam agir tem sido o catalisador para o aumento da repressão estatal ilegal, uma omissão que na verdade tem outro nome: cumplicidade.
Anistia Já!
Juntos Somos Fortes! 

2 comentários:

  1. CMT, ACABEI DE LER, NO SOS BOMBEIROS, QUE O COMANDO REVOGOU TAL DETERMINAÇÃO. TEN SERGIO.

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  2. cel paul sobre o major marcio garcia,eles resolveram votar atrás.

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