Querem desmilitarizar as Polícias Militares, o que significará a extinção da bicentenária corporação organizada militarmente. Já opinei sobre o tema várias vezes e publiquei uma série de opiniões de terceiros, uns contra, outros a favor. Neste artigo, faço uma pergunta:
Quem será o culpado pela insegurança pública após o fim das Polícias Militares?
Culparão o governador?
Culparão o secretário de segurança?
Será?
O certo é que por enquanto eles continuam blindados pela imprensa, embora sejam os gestores da segurança pública, os responsáveis pela Polícia Militar e pela Polícia Civil. Eles nunca são culpados.
Será que a culpada passará a ser a nova polícia, resultante da incorporação dos efetivos das Polícias Militares aos quadros das Polícias Civis?
Não poderão mais culpar o militarismo, isso é fato, mas talvez alguém ainda culpe pelos erros os resquícios do militarismo existentes na Polícia Civil, tendo em vista que nenhum PM perderá as características adquiridas durante anos da noite para o dia.
Quem viver verá, sobretudo se a desmilitarização se concretizar, algo que considero quase impossível.
Hoje, não existe dúvida, a culpa é da PM.
O editorial do jornal O Dia publicado nessa segunda-feira começa sinalizando que iria criticar a gestão da segurança pública, ou seja, o governador Sérgio Cabral e o secretário de segurança Beltrame, apesar de não citar nomes. A matéria trata de parte do caos que se transformou a insegurança pública, mas basta ler o texto para entender que o alvo é a Polícia Militar, tudo é culpa da PM, embora esteja claramente no andar de cima a culpa por esse universo de erros que gerou a insegurança que vivenciamos no estado do Rio de Janeiro.
Leiam:
"JORNAL O DIA
Editorial: Sinal está trocado na segurança
Momento é bastante delicado para a segurança pública
Rio - O momento é bastante delicado para a segurança pública. UPPs passam por graves crises de credibilidade; arrastões, tiroteios e roubos aumentam indiscriminadamente; e policiais expressam um repulsivo desprezo pelo cidadão.
O robusto legado construído nos últimos anos não se derruba da noite para o dia, mas os sucessivos incidentes exigem reação imediata da cúpula do governo do estado, que se atém a um discurso retórico pouco eficaz.
Não há eufemismos, por exemplo, que consigam reinterpretar o que se sucedeu em Copacabana sexta-feira. Tiroteio intenso e prolongado apavorou moradores do Pavão-Pavãozinho e impôs luto a parte do comércio do bairro — situações comuns de um tempo em que o tráfico mandava e desmandava em diversas comunidades. Não devia ser essa a realidade de uma favela que consta entre as primeiras pacificadas.
A teoria do ‘caso isolado’ perde força na medida em que outras áreas de UPP vivem, em maior ou menor grau, problemas semelhantes. É na Rocinha o exemplo mais gritante, com os sórdidos detalhes do caso Amarildo, de cujo corpo — a que tudo indica brutalmente torturado — ainda não se tem notícia.
Os índices de violência sobem organicamente, o que arranha ainda mais a reputação da segurança. E declarações, involuntárias ou não, como a do “foi mal, fessor” ou a daquele que “prefere lidar com vagabundo” aumentam ainda mais a sensação de afastamento, ou quiçá abandono, de uma força que deveria se esforçar em fazer o contrário. O Rio lutou muito contra o crime e não merece que o jogo vire a esta altura".
Juntos Somos Fortes!
Cabral não tem culpa, o problema da relação polícia-sociedade é crônica no Brasil. Herança da ditadura.
ResponderExcluirEU SÓ QUERIA ENTENDER UMA COISA; O MILITARISMO É UMA DECADÊNCIA E NÃO FUNCIONA, MAIS PORQUE SERÁ QUE NO GOVERNO DO BRIZOLA PASSARÃO O GMAR E A REMOÇÃO DE CADÁVER PARA OS BOMBEIROS, JÁ QUE ESTAS FUNÇÕES ERAM DA POLICIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO. DO DUAS DICAS: FUNCIONAVÃO COMO RELÓGIOS SUÍÇOS, OU NÃO FUNCIONAVÃO.
ResponderExcluir