sexta-feira, 22 de novembro de 2013

FORÇAS DE SEGURANÇA DO RIO VIRARAM POLÍCIA POLÍTICA - RAFAEL ALCADIPANI



TERRA NOTÍCIAS 
16 de Outubro de 2013•22h49 • atualizado às 22h59 
Forças de segurança do Rio viraram polícia política, diz pesquisador 
As forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro se transformaram em uma polícia política, atuando de forma desproporcional nas manifestações. A avaliação é do professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Rafael Alcadipani, que analisou os enfrentamentos e as prisões em massa ocorridas ontem, durante protestos no centro da capital fluminense.
"Ela já se transformou em uma polícia política. Se você vê o que aconteceu ontem em São Paulo, mais de 50 pessoas foram presas, mas a Polícia Civil mostrou que não havia ligação entre elas e liberou a todas. O que está acontecendo no Rio é que a polícia está prendendo indiscriminadamente, sem muita inteligência e criando relações inexistentes entre essas pessoas. Estão agindo, infelizmente, ao arrepio da lei", disse Alcadipani, que vem estudando o fenômeno das manifestações, principalmente relacionado ao Black Bloc. 
O pesquisador chegou a comparar o que vem acontecendo no Rio com os tempos ditatoriais do Estado Novo de Getúlio Vargas e da ditadura militar (1964-1985). 
"Da forma como a polícia do Rio tem agido, com bastante truculência, e a prisão ontem de repórteres da rede independente Zona de Conflito, infelizmente, parece que o Rio está entrando em um Estado de exceção, o que é muito sério e já aconteceu na época da ditadura. Isso é preocupante, porque os governos não estão chamando para o diálogo", destacou Alcadipani. 
A chefe de Polícia do Rio, delegada Martha Rocha, contestou a avaliação do professor da FGV. Ela disse, em entrevista à imprensa, que a Polícia Civil é a defensora da sociedade. "Embora eu respeite a opinião dos estudiosos, a nossa decisão não passa pelo crivo deles. A nossa decisão passa pelo crivo do Poder Judiciário. A Polícia Civil é a defesa da sociedade. Vamos falar a verdade. Ninguém mais aguenta essa situação. Se esses estudiosos não entenderem que a Polícia Civil atua na defesa da sociedade, eu lamento muito. Mas o fato é que não estamos falando de manifestação. Estamos falando de atos de vandalismo. De pessoas que saem de casa com o compromisso da prática de delito, armadas de diversos instrumentos", ressaltou (Leia mais).
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2 comentários:

  1. A questão da policia no Rio é a necessidade de preparação, no Brasil como todo nunca foi visto algum tipo de manifestação depois do tempo da ditadura. A polícia não estava preparada, não sabia nem o que fazer, e a própria população estava perdida também. A truculência da polícia foi respondida da mesma forma que os manifestantes atuaram, sim, existem exceções, mas "pareciam" que pessoas estavam com o objetivo de lutar, bater e até mesmo matar policiais. Alguém se lembra do policial cercado na rua ao lado da ALERJ recebendo chutes, pauladas e se não fosse o choque que cercasse ele e o resgatasse, ele poderia ter morrido.

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    1. Grato pelo comentário.
      Ele é pertinente, mas a polícia não pode alegar despreparo. Afinal, somos profissionais. Imagine você levar seu filho a um hospital e os médicos e os enfermeiros não estarem preparados. No caso do BPChoque o despreparo é devido ao desvio de função, pois colocam o Choque para fazer tudo, agora irão jogá-los nas praias, o que impede o treinamento para sua missão específica: o controle de distúrbios civis.
      Juntos Somos Fortes!

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