terça-feira, 10 de dezembro de 2013

2014 - O ANO DOS PROTESTOS - GOVERNO DO RIO COMPRA GRANADAS



 
Foto: O Globo

Prezados leitores, ontem escrevemos um artigo sobre os protestos que acontecerão no ano que vem, sobretudo em razão da realização da Copa do Mundo de Futebol, evento que atrairá a atenção de todo mundo, assim como, em virtude ser um ano eleitor.
No artigo tratamos do fato da Polícia Militar do Estado de São Paulo estar se preparando para os atos populares e comprando veículos blindados (Leia o artigo).
O governo Sérgio Cabral parece também está se preparando, como revela a matéria a seguir transcrita:

JORNAL O ESTADO DE SAO PAULO
Artefatos foram usados nas manifestações de junho; Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar o caso
09 de dezembro de 2013
Marcelo Gomes
RIO - A Polícia Militar do Rio comprou da Condor S/A Indústria Química bombas de gás lacrimogêneo três vezes mais potentes do que o normalmente empregado pelas forças de segurança brasileiras. Muitas delas foram usadas para reprimir "vândalos infiltrados" na recente onda de manifestações, segundo oficiais da corporação.
Veja também: 'Elas podem até matar', diz médico (Leia). 
 
No dia 2, o procurador da República Jaime Mitropoulos converteu o procedimento preparatório para apurar o caso em inquérito civil, depois de a fabricante informar que, desde 2012, vende para a PM fluminense artefatos com concentração de até 30% de ortoclorobenzalmalonitrilo, o lacrimogêneo.
Segundo o Exército, responsável por fiscalizar a produção e comercialização desse tipo de produto, as fábricas brasileiras produzem granadas com concentração aproximada de 10% da substância.
A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) começou a investigar o caso no fim de junho, após denúncias de que a PM estava usando bombas mais potentes do que o usual.
Na ocasião, oficiais do Batalhão de Choque disseram que alguns dos artefatos entregues à PM pela Condor seriam vendidos para Angola. O limite da concentração de gás lacrimogêneo permitida pelo país africano seria o dobro do usado no Brasil.
A última compra foi feita pela Secretaria Estadual de Segurança em 19 de junho para repor emergencialmente o estoque, que ficou praticamente zerado após a onda de protestos a partir de 6 de junho no Rio.
No dia 17 daquele mês, uma manifestação pacífica que levou 100 mil pessoas à Avenida Rio Branco, no centro do Rio, terminou em pancadaria e depredação do prédio histórico da Assembleia Legislativa (Alerj). A PM usou dezenas de bombas de gás para dispersar a multidão.
A compra, no valor de R$ 1,6 milhão, foi feita sem licitação.
Por causa dos protestos, o montante pago pelo governo do Rio à Condor no primeiro semestre deste ano (R$ 2 milhões) já superava em 66% tudo o que foi gasto no ano passado (R$ 1,2 milhão), segundo levantamento feito no Sistema Integrado de Administração para Estados e Municípios (Siafem).
A Secretaria Estadual de Segurança informou que a questão deve ser respondida pela Polícia Militar. Procurada na manhã de quinta-feira, a PM informou na noite de sexta-feira que precisava de mais tempo para levantar todos os lotes de bombas adquiridos e responder às perguntas.
Em nota, a Condor informou que ainda não foi notificada da investigação do MPF, "não tendo elementos para se pronunciar em razão disso". Procurada em junho pelo Estado, quando surgiram as primeiras suspeitas, a empresa afirmou que as bombas vendidas para a PM estavam em seu estoque "e poderiam ser vendidas para qualquer cliente".
 
Juntos Somos Fortes!

Um comentário:

  1. Até o isso tudo se concretizar o Cabral nem no poder vai estar mais. É só precaução. Eu não entendo. Depois vem reclamar que a polícia está despreparada. É melhor usar armas não letais do que armar letais contra manifestantes não é ?

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