OS MISTÉRIOS DOS CONTRATOS DE COMPRA E MANUTENÇÃO DAS VIATURAS POLICIAIS

O governo Sérgio Cabral tem seus mistérios, aliás, quase todos governos tem essa características, fatos para os quais não conseguimos explicações aceitáveis.

Um dos maiores mistérios do governo Sérgio Cabral está na área da segurança pública, gerida pelo Delegado da Polícia Federal Beltrame. São os contratos de compra e manutenção de viaturas da Polícia Militar, decantados em prosa e verso pelo governo como maravilhosos e que tiveram grande repercussão na imprensa.

O primeiro aspecto misterioso, sem explicação, é o fato do contrato ser casado, ou seja, alcança a compra e a manutenção, quando o governo poderia comprar viaturas com isenções fiscais e pensar em um contrato só de manutenção.

Outro mistério é o fato dos contratos só cuidarem de uma parte da frota operacional da PMERJ. Todas as outras viaturas continuam sendo manutenidas com o dinheiro economizado da comida dos Policiais Militares, o que sobre da verba destinada ao Rancho. Situação que o governo Cabral apregoou que tinha acabado, mas que não é verdade.

Isso deve explicar o motivo de tantos PMs optarem por se alimentarem em bares e restaurantes, como constatamos com a presença das viaturas estacionadas nas proximidades. 

Apesar dessas verdades, o maior dos mistérios reside no fato de que Beltrame sendo gestor das Polícias Civil e Militar, como explicar o fato de após mais de seis anos, nenhuma viatura da Polícia Civil foi comprada e foi manutenida através de contratos idênticos?

Se os contratos são bons para a Polícia Militar e para os cofres públicos, deveriam ser usados também na Polícia Civil.

Além disso, não custa lembrar os custos elevadíssimos dos contratos que deram origem a um Inquérito Civil Público e a uma Ação Popular.

Nos resta esperar que o Ministério Público e o Poder Judiciário façam a sua parte.

Enquanto isso, na Baixada Fluminense, a Polícia Civil deve que tirar de circulação as duas únicas viaturas de transportes de presos, em face do péssimo estado de conservação.

Jornal Extra

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