quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

POR QUE ATÉ A CBF QUER PARTICIPAR DA "OPERAÇÃO ABAFA" ?



Prezados leitores, recomendamos a leitura desse interessante artigo.

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OLHAR CRÔNICO ESPORTIVO
Quarta-feira, 22/01/2014 às 13:26 por Emerson Gonçalves
Continua o imbróglio do caso Heverton
A semana começou com uma verdadeira bomba: a CBF estaria “COMPRANDO” a Portuguesa para que o clube aceitasse o rebaixamento para a Série B. Isso se daria na forma de um empréstimo de R$ 4 milhões, a ser pago em 10 parcelas durante 2015, mas desde que o clube abdicasse de recorrer à justiça comum e disputasse regularmente a Série B, para a qual foi rebaixado. A situação era muito estranha, pois o que muitos passaram a chamar de suborno teria de ser pago e precisava, ainda por cima, de uma garantia de pagamento futuro. Seria um caso inédito de suborno. E a exigência, também chamada de chantagem de forma tão equivocada quanto distanciada da realidade, nada mais era que a aceitação do resultado do tribunal. É um pouco esquisito dizer que exigir que um resultado de julgamento deva ser cumprido seja chantagem, mas, não chega a causar espanto nessa fase de nossa vida.
O estranhamento foi desfeito logo na manhã da segunda-feira, quando Ilídio Lico, presidente da Lusa, disse que na verdade ele mesmo havia feito o pedido de empréstimo para a Confederação no início de dezembro. A bomba virou fumaça. Feito o pedido de empréstimo, estourou – esse sim, uma bomba – o caso Heverton. Com a situação sub judice, a Confederação esperou pelos resultados das duas instâncias da justiça esportiva, o que aconteceu só em 27 de dezembro. Tão logo voltou às atividades, a Confederação encaminhou ao clube a carta que foi vazada para a imprensa, com as exigências citadas.
Mais lenha foi botada na fogueira. Mais juristas e especialistas se manifestaram e, claro, esse OCE também (o atraso é devido a problemas técnicos com o blog, felizmente corrigidos há poucos minutos). Sim, a exigência não é ilegal. Apesar disso, foi chamada de imoral, descabida, ilegítima e outros adjetivos.
O começo da semana trouxe, também, a revelação dos extratos telefônicos do advogado do clube, registrando conversas entre ele e a agremiação na sexta-feira, depois do julgamento, e no sábado.
O clube, entre idas e vindas típicas de quem está perdido ou, como dizia meu avô, estava no mato sem cachorro, chegou a dizer que não sabia do julgamento e que nada disso havia sido conversado com o advogado.
Ora, curiosamente, no mesmo dia apareceu o fax do próprio STJD, enviado e recebido pelo clube em 3 de dezembro, comunicando o julgamento. Mais curiosamente ainda, o próprio clube enviou esse fax para seu advogado, no Rio de Janeiro. Bom, agora já não dá mais para dizer que não se sabia do julgamento.
O quadro, que já era bastante claro, ficou mais nítido ainda: o clube, no caso os clubes, pois o Flamengo também incorreu em erro parecido, simplesmente errou. E foi punido de acordo com o regulamento, tal como ocorreu em 2010 com o Grêmio Prudente, que escalou no domingo um zagueiro julgado e suspenso na sexta-feira.
Se meus cálculos não estiverem errados, tivemos nos onze anos de Séries A e B e mais a C a partir de 2009, mais de 10.000 partidas de futebol com apenas três erros de escalação de jogadores suspensos. Esse número talvez seja maior, mas nada que vá afetar a ordem de grandeza de 3 para mais de 10.000. Essa constatação deixa claro que o problema não está no regulamento, praticado por todos os clubes por muitos anos seguidos sem maiores ou frequentes problemas. Em 2012, a UEFA inverteu o resultado da partida do Arsenal Kiev, fazendo com que uma vitória de 3x0 se transformasse numa derrota de 0x3. Chato, sem dúvida, mas didático e de acordo com o regulamento.
Liminares da justiça estão voando pra cima e pra baixo, ora a favor, ora contra. Infelizmente, não é possível ainda dizer até onde e quando vai essa situação, mas o Estatuto do Torcedor, dentro do que lhe é atribuído, determina que a tabela do campeonato seja apresentada com antecedência mínima de 60 dias. E que não é possível mudar a estrutura de um campeonato de um ano para o outro, simplesmente. Determina, além disso, que o futebol profissional brasileiro deve ter ao menos uma competição na qual todos os clubes participantes saibam contra quem e quando irão jogar antes mesmo do início da mesma.
Cada vez mais complicado, não?
Muitas das críticas à decisão do tribunal são movidas pelo sentimento antagônico dos autores em relação à Confederação. Sentimentos plenamente válidos em boa parte, tanto na quase eterna gestão Teixeira, quanto na atual. O mesmo se dá em relação ao tribunal, o STJD. Pessoalmente, compartilho com a maior parte dessas críticas e sou de opinião que nem deveria existir um tribunal, assim como o futebol deveria ser conduzido e decidido por uma liga de clubes, tal como já ocorre nos principais centros futebolísticos do mundo. Apesar de tudo isso, é forçoso reconhecer que às vezes o objeto de nossa crítica está correto. Pode ou não ser uma coisa rara ou efêmera, mas há que reconhecer, levando isso em conta na emissão de opiniões e aceitando o acerto, quando ele ocorre.
Outro sentimento que aflora e é percebido com facilidade e até com algum receio, é uma cobrança em relação ao Fluminense, que, supostamente, deveria “pagar” uma Série B. Seria interessante que todos recordassem eventos passados como realmente se deram e a partir disso comentassem a respeito, pois as coisas nem sempre são como parecem. Depois de muitos anos de bagunça infindável, cada temporada tendo uma fórmula mais e mais mágica para acomodar gostos, resolver problemas, o Campeonato Brasileiro entrou num caminho reto, claro, conhecido. Sabemos, a cada novo início de temporada, como será jogado, quem jogará, onde jogará, da primeira à última rodada.
Esse período viu crescer de forma assombrosa as receitas dos clubes, com boa parte delas sendo geradas pela transmissão dos jogos. Todo jogo tem valor, apesar da prática infeliz de muitos “poupando” jogadores, sobretudo na reta final da competição. Aliás, um problema como esse que estamos vivendo mostrou que a famosa “zona de conforto” não é tão confortável como parecia ser. O próprio crescimento das receitas de marketing está influenciado pelas transmissões de todas as partidas do campeonato. Os torcedores compram seus “pacotes” do PPV em ritmo crescente. Mesmo com os 380 jogos sendo transmitidos, o público vem aumentando de forma lenta, mas consistente, e certamente terá um novo ritmo com a entrada em operação das novas arenas depois da Copa do Mundo.
Tudo isso, não custa repetir, com um só regulamento, algo que nunca havia acontecido antes. Nenhum regulamento é perfeito e todos podem, ocasionalmente, passar por mudanças e aperfeiçoamentos. Isso, porém, só faz sentido, só pode ser executado depois de estudos e debates e sempre, sempre antes do início de uma nova temporada. Jamais durante o seu desenrolar".

#naoabafa

Juntos Somos Fortes!

Um comentário:

  1. Coronel, o tal promotor do MP-SP nada mais é do que um advogado de defesa da Portuguesa. Se voltarmos no tempo, a primeira aparição dele no caso foi falando que iria investigar o advogado Dr. Osvaldo Sestário, acusado de ter mentido à Portuguesa. Depois que o mesmo falou que tinha pedido o extrato telefônico, o "ilustre" promotor mudou o foco da investigação, "esqueceu" o Osvaldo Sestário, e passou a centrar fogo no STJD e na CBF. Agora o Sr. irá entender o porquê desse inquérito aberto no MP-SP: foi aberto a mando do Dep. Est. Fernando Capêz(PSDB/SP), ex-Promotor de Justiça, que devido à fama alcançada nos tempos da Promotoria, se candidatou a Deputado estadual e se elegeu com grande quantidade de votos .Ele é torcedor da Portuguesa, inclusive estava no patético protesto de torcedores da Lusa onde queimaram camisas da Seleção e do Flu.
    Se o Sr. leu as declarações do promotor hoje, ele disse que vai convocar dirigentes da Lusa, Fla e Flu. E também disse que quer fazer um "acordo" com a CBF. O acordo a ser oferecido nós sabemos qual será: campeonato com 24 clubes, ninguém é rebaixado e posterior arquivamento do processo. E a Portuguesa na Série A! Convocar o Osvaldo Sestário e pedir a quebra dos sigilos telefônicos e bancários dos envolvidos, ninguém escutou ele falando que fará...e nunca ouvirão!
    P.S.: O artigo do Emerson Gonçalves no Globoesporte sumiu da página. Vc só encontra se digitar no google. E o vídeo do Dr. Panhoca também não está na página do Arena. É a Globo trabalhando ferozmente na Operação Abafa!

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