O ESCÂNDALO DO BRASILEIRÃO: A DRAMÁTICA SITUAÇÃO DA PORTUGUESA

Prezados leitores, o clube que está sendo acusado de participar de um acordo na última rodada do Brasileirão 2013, isso para beneficiar um dos clubes que lutavam contra o rebaixamento (Coritiba, Criciúma,  Flamengo, Fluminense e Vasco - ordem alfabética), vivia na época e continua vivendo uma situação financeira dramática.

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"ESTADÃO

Indefinição judicial deixa Portuguesa em situação dramática

Em grave crise financeira, elenco de 2013 é desmanchado por falta de pagamento

02 de fevereiro de 2014 | 5h 00

Gonçalo Junior - O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O rebaixamento não é o fundo do poço para a Portuguesa. No subsolo, existe uma crise financeira brava, que estourou nos últimos dois anos após ser empurrada com a barriga por décadas, hábito da maioria dos clubes do Brasil. O motivo: em 2012, o principal parceiro financeiro cortou as linhas de crédito, executou uma dívida de R$ 43 milhões e ainda tirou o seu nome da camisa do clube.

A casa da Lusa caiu, estremecendo a confiança dos jogadores - muitos saíram em 2013 sem receber os direitos de imagem - e esfarelando o orgulho de torcedores e sócios. A namoradinha do Brasil está meio caída e não recebe mais cantadas.

Os jogadores que saíram estão fulos da vida. Souza, bom meia que teve passagens vitoriosas por São Paulo e Grêmio, conta que saiu sem receber quatro meses de direitos de imagem. 

Vale a explicação: direito de imagem é o valor que o atleta recebe pela participação em campanhas publicitárias, ações sociais ou venda de camisetas. Na Portuguesa, ele corresponde a 90% do salário - o salário na carteira representa apenas 10%. Isso porque os encargos trabalhistas são menores sobre o direito de imagem. 

Souza garante que a maioria dos 14 jogadores que deixaram o clube saiu insatisfeita. Moisés, por exemplo, foi embora porque a Lusa não recolhia seu FGTS. "É muito triste trabalhar e não receber. Se eu não tivesse um pé de meia, não sei o que teria acontecido", diz um ex-jogador, que prefere não se identificar. 

No início de dezembro, os jogadores se recusaram a treinar por causa de dois meses de atraso. O elenco ameaçou uma greve na última rodada do Brasileirão, mas a ideia foi vetada pelo Bom Senso, movimento que busca melhorias nas condições de trabalho dos atletas. 

Agora, os sócios. A Lusa tem pouco mais de mil com a mensalidade em dia. Vários reclamam que a piscina olímpica, a principal do Canindé, está interditada há cinco anos por falta de manutenção. "O clube anda abandonado, com vestiários e banheiros sujos", lamenta o sócio-torcedor Felipe Higino. 

A torcida sofre junto. E vai minguando. A Leões da Fabulosa, organizada do clube, tem quatro mil sócios - eram oito mil no fim dos anos 90. A média de público no Canindé é de duas mil pessoas por jogo - na derrota para o Botafogo, quarta-feira, foram 959. "O clube está falido e, no campo, não assusta ninguém", diz Marcelo Cabral, presidente da Leões (Leiam mais)". 

#flalusagate 

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