Prezados leitores, lendo a excelente matéria da jornalista Roberta Trindade uma dúvida surge de imediato para quem trabalha (trabalhou) na segurança pública no atual governo:
- Por que tantas viaturas paradas se a Secretaria de Segurança Pública celebrou contratos de compra e de manutenção de parte das viaturas operacionais da Polícia Militar?
Se os contratos estão em vigor, nada justifica, obviamente.
As viaturas deveriam ter sido recuperadas e colocadas nas ruas, salvo nos casos em que a recuperação for economicamente inviável, o que não parece ser o caso de todas as viaturas paradas.
O que pode estar ocorrendo é a repetição do que ocorreu quando acabou o primeiro contrato, mas para que isso possa ser entendido temos que dar uma breve explicação sobre o referido contrato.
A Secretaria de Segurança Pública (não a Polícia Militar) celebrou contrato com a Empresa Júlio Simões (atualmente a empresa contratada é outra), um contrato no qual a empresa comprava as viaturas para a PMERJ e realizava a manutenção por 30 (trinta) meses nesses viaturas, período no qual o governo pagava mensalmente pela compra e pela manutenção.
O contrato abrangia centenas de viaturas.
Em razão do preço elevadíssimo e do fato estranho da compra também ter sido terceirizada, o contrato foi denunciado ao Ministério Público.
Findo o primeiro contrato, as viaturas estavam pagas, portanto, a SESEG só teria que pagar a partir desse ponto o valor relativo a manutenção das viaturas, pois a compra tinha sido saldada. Certamente, um valor muito menor ao pago pela compra e pela manutenção.
Pois é...
Isso emperrou, não sabemos o motivo, as viaturas começaram a apresentar defeitos e não eram manutenidas.
Batalhões ficaram com dezenas de viaturas paradas (baixadas), viaturas essas que acabaram sendo doadas posteriormente pelo governo Sérgio Cabral.
Quem sabe não seja essa a explicação: a repetição do erro.
"JORNAL O DIA
22/02/2014 00:00:23
PMs do Batalhão de São Gonçalo sofrem com o aumento da violência nas ruas
Para policiais, número de patrulhas é insuficiente
Rio - Enquanto a quantidade de denúncias e de registros de assaltos aumenta em São Gonçalo, o número de veículos do 7º BPM (São Gonçalo) – responsável pelo patrulhamento ostensivo no município – diminui, garantem policiais da unidade. Esses PMs afirmam que 60% das viaturas estão paradas devido a problemas mecânicos.
A mesma reclamação é feita por colegas de outros batalhões do estado, que afirmam que muitas vezes precisam pagar consertos com dinheiro do próprio bolso para que o policiamento não seja prejudicado.
No último boletim de indicador de criminalidade divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) – relativo ao mês de outubro do ano passado –, foram registrados 37 homicídios em São Gonçalo, o que representa mais de um por dia. Na última semana, ocorreram pelo menos cinco assassinatos na cidade. Um deles ganhou repercussão na mídia: o do cabeleireiro Adriano Ramos, 39, no Largo da Ideia.
Nas ruas, 49 patrulhas
Entre os crimes que registraram maior aumento absoluto no período de agosto, setembro e outubro de 2013 quando comparados ao mesmo período de 2012, estão: roubo em coletivo (com mais 89 casos, um acréscimo de 97,8%), roubo de veículo (com mais 225 casos, ou 48,9%), e roubo a transeunte (com mais 355 casos, ou 32,9%).
A PM, através da assessoria de imprensa, revelou que o batalhão gonçalense tem atualmente 49 carros rodando, mas não divulgou a frota da unidade. De acordo com policiais ouvidos pelo DIA, o número total seria de 86 veículos — o que significaria que pouco mais da metade tem condições de ir para as ruas — para atender a um município que tem 284 bairros com uma extensão territorial de 247,7 km² e a segunda maior população do estado, ficando atrás somente da capital.
“A cidade está sendo tomada por uma onda de assaltos e não temos nem viaturas para trabalhar. Na semana passada, uma delas soltou uma roda enquanto trafegava pela BR (trecho Niterói-Manilha da BR-101) e outra teve que ser empurrada pelos colegas até oficina após perder o freio”, relatou um soldado que pediu para não ter a identidade revelada com medo de represálias.
Segundo a PM, o desgaste dos veículos é considerado normal, pois rodam 24 horas por dia. Ainda segundo a corporação, a previsão é de que a renovação da frota seja feita a partir de abril. Em relação às denúncias de viaturas que quebraram durante o patrulhamento, a corporação informou que o comando do 7º BPM alegou não ter registro dos incidentes.
Reportagem de Roberta Trindade (Fonte).
Juntos Somos Fortes!
pagar conserto de viatura do próprio bolso quem? sd, cb, sgt, sub,? duvido é pensar que todo mundo são iguais a eles, empurrar vtr, sem freio? pm? duvido engata uma marcha de força e segue até sao paulo, gostei foi da preucupação com o policiamento, que zelo ,esta unidade realmente precisa de um EM. E QUEM SABE UM CMT.
ResponderExcluir