Prezados leitores, o governo Sérgio Cabral começou no ano de 2007, esse é o oitavo ano de governo. Muito tempo de governo para pouquíssimas realizações, principalmente no concernente aos serviços públicos essenciais.
Qual foi a melhora efetiva na educação pública?
Qual foi a melhora efetiva na saúde pública, na segurança pública e nos transportes públicos?
Cabral não foi um bom governador no período de 2007-2010, mas foi reeleito com extrema facilidade, usando a fórmula que cada vez ganha mais espaço no mundo político e que tem como componentes básicos o uso da máquina e a atração da imprensa para ser cabo eleitoral através dos milhões (ou bilhões) de dinheiro público aplicados na propaganda em rádios, jornais, televisões e internet.
O carro-chefe da propaganda eleitoral em 2010 foi a "pacificação" operacionalizada por meio da implantação das denominadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), as quais nada mais são do que os antigos Grupamentos de Policiamento em Áreas Especiais (GPAEs), rebatizados, com um efetivo superdimensionado e com uma nova roupagem, nada além disso.
Ocupar comunidades carentes não foi uma iniciativa do governo Cabral, isso sempre ocorreu, é fato.
Cabral foi reeleito pelas UPPs e deve ser derrotado por elas nas eleições de outubro, não conseguindo fazer seu sucessor, pois atualmente a blindagem da imprensa foi ultrapassada e todos os que se interessam pelo assunto sabem que as UPPs foram um projeto eleitoral, aliás, são ainda um projeto eleitoral, tanto que estão sendo inauguradas na Baixada Fluminense e em Niterói exatamente atrás de votos, como avisamos que ocorreria nesse espaço. Isso tudo é de clareza solar.
Amanhã será inaugurada mais uma UPP e o governo repetiu a tática que tem usado para evitar confrontos, ele avisa antes para que os traficantes da comunidade se desloquem para outras comunidades situadas em outros bairros ou outros municípios.
A referida tática teve sempre o apoio da imprensa que destacava: Comunidade ocupada sem o disparo de um tiro.
Um erro gigantesco em termos de técnica policial, mas que sempre foi enaltecido pela imprensa, que virou cúmplice.
Nesse ponto, solicitamos aos leitores que puxem o freio de mão e façam uma reflexão:
- Por que a dupla Cabral-Beltrame só evita o confronto com os traficantes nas comunidades onde serão implantadas as UPPs?
Sim, só nessas comunidades, pois nas outras os confrontos ocorrem quase que diariamente.
O que justifica essa diferença de comportamento?
Antes que respondam, lembramos que a primeira UPP foi inaugurada em dezembro de 2008, o que significa que nos dois primeiros anos do governo Cabral imperou apenas a tática do confronto, o conhecido "tiro, porrada e bomba", isso sem qualquer aviso prévio para os traficantes.
Em nossa modesta opinião, a resposta é óbvia:
- Primeiro, o confronto diminuiria a velocidade de implantação do projeto, o qual sempre foi desenvolvido a toque de caixa em face da aproximação das eleições, portanto, não podia ocorrer. Além disso, o confronto produziria sangue (mortos e feridos), portanto, mancharia o projeto de "pacificação", pois como aceitar que a paz seja introduzida com mortos e feridos como saldo.
Cabral e Beltrame avisaram (e avisam) antes, permitiram a saída dos traficantes, assim evitaram o confronto e promoveram ocupações sem sangue e extremamente rápidas, como o calendário eleitoral exigia.
Ocupadas as comunidades, a parte residual dos traficantes continuou fazendo a venda de drogas ilícitas, mas sem precisar ostentar armas, pois nem as facções rivais e nem a Polícia Militar os incomodavam. A parte dos traficantes que deixou as comunidades foi aterrorizar a população em outros locais.
Nas comunidades passou a existir uma homeostase, um equilíbrio entre o Estado e o tráfico de drogas.
A citada homeostase existe até hoje em várias comunidades ocupadas, onde não existe qualquer confronto, cada um no seu quadrado, tanto o Estado, quanto o tráfico.
Equilíbrio idêntico a denominada "banda podre" das polícias já tinha realizado incontáveis vezes através de acordos de não agressão. Os acordos evitavam as mortes, inclusive de policiais e de inocentes, e resultavam em propinas pagas aos integrantes da "banda podre".
Tal ressalva é importantíssima, pois o Estado não pode pretender apenas o equilíbrio, sobretudo consumindo 10.000 PMs e bilhões em dinheiro público para manter o projeto das UPPs. O Estado ao ocupar uma comunidade tem o dever de acabar com o tráfico de drogas e com qualquer outro ilícito que ocorra no local, mas esse dever Cabral e Beltrame não cumpriram, saindo pela tangente de que acabar com o tráfico de drogas é impossível, uma falácia diante do emprego do efetivo correspondente ao efetivo de 20 (vinte) Batalhões de Polícia Militar, exclusivamente nas UPPs.
Cabral e Beltrame esqueceram que por natureza os policiais são heróis e que são formados (mesmo os mal formados como no governo Cabral) para servir e proteger a população, fazendo cumprir as leis.
Tal realidade tem feito nos últimos anos que Policiais Militares (Oficiais e Praças) de algumas UPPs não aceitem esse equilíbrio promovido pelo governo Cabral e partam para prender traficantes, apreender armas e drogas, provocando o confronto.
O confronto que o governo Cabral não realizou para poder levar a bom termo seus planos eleitorais.
O confronto entre os traficantes residuais deixados pelo governo e os PMs que não aceitam a comunidade divida em duas partes: a que eles podem policiar e a que não podem ingressar.
Prezados leitores, são esses traficantes que não foram confrontados na época da implantação que já mataram 10 (dez) Policiais Militares e feriram outros tantos.
E, pelo visto, infelizmente, continuarão matando e ferindo, pois o projeto das UPPs continua sendo operacionalizado da mesma forma errada.
Não precisa ser um especialista em segurança pública para concluir que o Governo está matando os PMs, isso é óbvio.
Isso sem falar que o Governo também é o responsável pela desqualificação desses jovens e heroicos Policiai Militares, ao ofertar-lhes um curso de formação deficitário.
Isso sem falar que o Governo também é o responsável por eles serem jogados, inexperientes, em comunidades perigosíssimas, pois Cabral e Beltrame não querem Policiais Militares mais antigos no projeto, pois esses teriam vícios.
Isso sem falar que o Governo não fornece as adequadas condições de trabalho.
Isso sem falar que o Governo não fornece as adequadas condições de trabalho.
Sim, o Governo está matando os jovens e inexperientes Policiais Militares que atuam nas UPPs.
Jovens heróis e heroínas sacrificados por um Governo que mantém interesses eleitorais acima das vidas humanas.
A eles e a elas só existe uma alternativa para diminuírem o risco de morte: a omissão.
Nem todos, nem todas, conseguem ser omissos, isso é contra a natureza do policial, seja ele federal, militar ou civil.
Ser omisso é da natureza dos políticos, não dos heróis e heroínas.
Juntos Somos Fortes!
Só acho que os culpados foram quem cometeu esse crime e não o governo!
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