segunda-feira, 2 de junho de 2014

O AVIÃO ESTÁ DESGOVERNADO - WILALBA F. SOUZA

Prezados leitores, transcrevemos artigo de um novo blog da área da segurança pública, recomendamos a leitura:


"BLOG A BOINA DO VETERNADO
quinta-feira, 22 de maio de 2014
O avião está desgovernado, onde está o piloto?
Wilalba F. Souza
21mai2013
Esse negócio de greve á antigo. Seus “ensaios” devem ter começado a partir da “revolução industrial”, na Inglaterra, no final do século IX. Com o avanço tecnológico, as máquinas e equipamentos se modernizaram, bem como os meios de comunicação e transportes. Como, nem sempre,“coisa puxa coisa”, o capitalismo evoluiu para “dinheiro fazer dinheiro”, e era isto que mais importava, ficando para trás assuntos de crucial importância, como as condições do trabalho humanas. A parte social da classe operária reagiu. Salários eram infames perto da lucratividade dos ricos industriais. O trabalho escravo, por isto, passou a ser combatido e culturalmente apoiado.
Muitos de nós podemos, ainda, assistir a um dos filmes mais interessantes de Charlie Chaplin – clássico do cinema mundial - encontrado pelas lojas, em relançamentos. A pérola chamada “Tempos Modernos” sempre nos divertiu e ensinou. No enredo, donos de fábricas, com ternos bem cortados e de tecido especial, fumam vistosos charutos, usam elegantes cartolas, e pressionam trabalhadores mal vestidos, sujos e suados. Podiam fazer isto pela facilidade de se encontrar mão de obra e porque, as leis, deles quase nada cobravam. São inesquecíveis as cenas de “Carlitos” se contorcendo entre engrenagens e, mais tarde, acidentalmente, empunhando uma bandeira, liderando passeata por melhores condições de vida, certamente...com a polícia atrás. Ilariante!
Nessa trajetória, poucos anos depois, fortaleceram-se os sindicatos - união e organização operária- no benefício de toda sorte de trabalhadores. Leis foram criadas, pelo mundo, exatamente para tornar mais viável a lida dos homens, em todos os sentidos. Assim, greve é um instituto centenariamente reconhecido. Nos “entreveros” entre patrões e empregados é um dos instrumentos que podem ser usados. Excessos, de ambas as partes, envolvem a Justiça, para decidir a questão. Infelizmente, as tratativas nem sempre alcançam, com objetividade, um equilíbrio que atendam todos. Manifestações, passeatas e outros atos públicos costumam tomar rumos impertinentes, em prejuízo de todo mundo, da população em geral. E, observando a legislação, a partir da lei maior, vê-se que ela cobra, determinados setores, por sua importância fundamental, obediência a alguns pressupostos que, ao fim, servem de “escora” para os patrões. E isto é comumente visto nas atividades do serviço público.
Todo mundo sabe que, para militares, a greve é proibida. Militar não pode ter sindicato, ou fazer manifestação. Deve pautar pelos regulamentos e pela legislação militar. Assim, essa classe, mais ainda o pessoal das Forças Armadas, “treinado apenas para cumprir ordens”, ( no entender do falecido político Leonel Brizola), gaúcho que proibiu suas forças policiais de subir nos morros do Rio, fica sem saída. “Engole” o choro.
E as coisas, eles dizem, estão cada vez piores. Acho eu que os militares das forças armadas brasileiras “estão porrrraquí”, igualzinho a um humorístico da “Escolinha do Professor Raimundo.
As Policias Militares são mais abertas, Vivem em contato direto com a população e assimilam suas dores, suas agruras, pois a “guerra” que enfrentam engloba desde o sutil policiamento escolar, às badalações dos grandes eventos, aos desfiles comemorativos, às formaturas glamurosas, ao enfrentamento de marginais perigosíssimos, com suas quadrilhas, vinculadas aos crime organizado. Nas desocupações de áreas e prédios invadidos, são elas que se fazem presentes. O mesmo PM que fez o parto ontem, tem que lançar a granada fumígena hoje. Suas manifestações, suas greves, são ilegais, mas volta e meia isto acontecem, pela fragilidade dos governos e pela falta de iniciativa em minimizar os problemas que as rodeiam. As lideranças, nestes casos, nem sempre são as mesmas.
Nos ocorre perguntar: das paralisações, qual delas, é a pior? Dos ônibus coletivos. Como o pessoal vai trabalhar, ir para a escola? É o caos. Olha São Paulo como para! Dos servidores da saúde. Puxa, é horrível, doente, não achar que nos acuda, assista os acidentados. A mulher em trabalho de parto, cara! Dos bancários. Dia desses fui pagar uma conta e estava tudo fechado. Fui multado, uma injustiça. Pra quê eles fazem isto? É, mas Policial Militar é pior. Viu o que aconteceu em Recife? E agora Polícia Federal, Civil, todo mundo “endoidou” de vez. Dizem uns e outros: vai morrer muita gente! É muita confusão. Toda prestação de serviço, seja ela Pública ou privada, suspensa, pode ser devassadora. Umas a prazo um pouco mais longo, outras de efeito imediato. Nada de afirmar ser esta ou aquela pior. Senão lembremos de quando - foi um dia desses - o pessoal da limpeza pública do Rio de Janeiro cruzou os braços. Resultado? Um horror. Logo, é bom nossos governantes “correrem” atrás do prejuízo e não colocarem muita fé no ministro José Eduardo que declarou: ”papel da polícia é não criar problemas”. O papel de todos os segmentos é não criar problemas, principalmente a classe política dirigente que só pensa nas eleições e na Copa do Mundo. O “avião” está meio desgovernado. Onde está o piloto? (Fonte)".

Juntos Somos Fortes!

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