Prezados leitores, a análise que apresentamos nesse artigo parte da premissa de que as nossas urnas eleitorais são confiáveis, portanto, estamos considerando que os resultados apresentados no primeiro turno e os resultados a serem apresentados pela justiça eleitoral nesse segundo turno representem a verdade.
Hoje será realizado o segundo turno no Rio de Janeiro, onde milhões de eleitores irão votar em Pezão, votar em Crivella, votar em branco, anular o voto ou, simplesmente, não comparecerão para votar (abstenção).
Os\ eleitores escolherão quem governará o estado no quadriênio 2015-2018.
As pesquisas dos institutos de pesquisa mais famosos indicam ontem que Pezão será o vencedor e com grande margem, mas eles erram com muita frequência e o resultado poderá ser a vitória de Crivella.
Seja qual for o resultado, os grandes vencedores dessa eleição são os marqueteiros de Pezão, eles deram um show de competência.
Sim, eles tiveram milhões e milhões de reais para promover Pezão e uma coligação gigantesca que proporcionou um tempo muito superior na propaganda eleitoral no primeiro turno, mas não foram apenas esses dois fatores que conduziram ao sucesso.
O fato de levar Pezão para o segundo turno por si só deve ser considerada uma grande vitória diante das limitações do candidato, situação que ficou claríssima nos debates, onde Pezão demonstrou dificuldade para desenvolver o raciocínio e articular as palavras.
Não só colocaram Pezão no segundo turno, mas o colocaram na liderança.
A estratégia foi muito simples, talvez esse tenha sido o segredo do sucesso: a simplicidade.
1) Esconderam que Pezão foi vice de Cabral por mais de sete anos.
Isso era indispensável pois Sérgio Cabral quase foi expulso do Palácio Guanabara pelo povo no ano passado.
Eles conseguiram fazer isso muito bem, descolaram Pezão de Cabral, tanto que uma pesquisa revelou recentemente que metade dos eleitores não sabem que Pezão foi vice de Cabral.
2) Esconderam fisicamente o próprio Sérgio Cabral.
O ex-governador sumiu.
Ninguém sabia onde estava, ninguém via.
Sumiço completo.
3) Esconderam o nome do vice de Pezão.
Importantíssimo, sobretudo após surgir o nome do senador Dornelles, como sendo um dos possíveis envolvidos no escândalo da Petrobras.
Sem dúvida, os marqueteiros de Pezão foram brilhantes.
Não podemos deixar de registrar que eles tiveram a colaboração, por assim dizer, dos marqueteiros dos outros candidatos, que não conseguiram reverter a estratégia, basicamente, colando o nome de Pezão em Cabral, pois bastava isso para Pezão nem chegar ao segundo turno.
Vida que segue, uns vencem, outros perdem.
Juntos Somos Fortes!
A propósito, um detalhe que ainda não vi ninguém comentar: cabral só precisaria transferir o cargo de governador caso se candidatasse a algum cargo eletivo, o que não ocorreu. Sendo assim, por que ele deixou?
ResponderExcluirEle renunciou ao cargo, meu caro. Cabral desistiu de ser governador do Estado e deixou a bola nos pezões do seu representante. Ele não deixou o cargo para disputar outro, mas sim abdicou da cadeira e caneta de governador em uma jogada bastante inteligente (e sorrateira), pois não contaminou o seu vice com a própria figura já rejeitada diante de boa parte população; e, como enganar o povo é algo muito fácil, deu certo... Cabral continua no poder através de suas estratégias e afilhados políticos.
ExcluirAs primeiras palavras de Pezão após a divulgação do resultado da eleição 2014 para governador do Estado do Rio de Janeiro: " Dedico essa vitória a Cabral".
ResponderExcluirAcho que não precisa falar mais nada, já entendemos o seu recado!
Sgt Foxtrot