Prezados leitores, a seguir transcrevemos um comentário do Tenente Coronel PM Nelson Herrera:
"Meu prezado amigo, Cel PAÚL,
Em seu blog, na 2ª edição em vídeo, de 12 último, ouvi suas referências aos meus livros "Porão dos emigrantes" e "Vida que segue". Em verdade, como digo no prefácio, foram escritos para meus filhos e netos, apenas como testemunho da saga de pais e avós, emigrantes oriundos de Portugal e Espanha. Daí a reduzida edição, em 2012, pela Editora Lexia (São Paulo).
Entretanto agradeço, sensibilizado, os seus comentários, que muito enalteceram minha modesta obra. E tão elogiosos que só posso pôr sua atitude à conta da amizade e da comunhão de ideais na defesa da nossa moribunda PMERJ.
Vale lembrar que os inimigos externos da Corporação, visíveis ou ocultos, sempre contaram com o nosso inimigo interno -- o mais nocivo deles todos --, representado por determinados chefes maiores (coronéis) , que, ao longo do tempo, se mancomunaram com a conveniente obediência cega aos governantes, inquilinos do poder, acomodados por efêmeros interesses pessoais, ao invés de cumprirem sua principal atribuição: a permanente defesa institucional.
Mas o problema não se limita à Polícia Militar. Sua amplitude é nacional. Trata-se da constante "crise da vergonha na cara", sobre a qual tanto escrevi nos idos de 1984 e que só me valeram prisões disciplinares e alijamento do sistema como persona non grata. Decorridos trinta anos, o problema agravou-se e o resultado podre está aí, aos olhos de todos e já, agora, com insuportável odor.
Aproveito para parabenizá-lo pela corajosa iniciativa de seu "Jornal Paúl Neles!" Sabemos todos que de pouco valerá seu esforço para salvar a Corporação, embora você permaneça, com seu idealismo, clamando no deserto. Incansavelmente. De forma admirável.
Há, porém, nessa luta, um fato incontestável: a certeza de que os dirigentes saberão que nos dominam, mas não mais nos enganam. Como nos tempos coloniais, os senhores tinham o corpo dos escravos, mas nunca lhes podiam deter a mente e o coração. É fato histórico: raízes profundas da cultura negra na nação brasileira, sobrepujando usos e costumes do colonizador branco, servem de comprovação.
Mas, mesmo velho e desiludido, ainda creio numa revolução interna. Senão, será o suicídio. Quem viver verá".
Oficiais superiores PM dessa estirpe faz muita falta nos dias atuais...
ResponderExcluirJovens oficiais estão se espelhando em políticos sem compromisso com a caserna e negligenciando a própria honra.