quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

SE FOSSE SEU FILHO, VOCÊ PERDOARIA O GOVERNO?


Prezados leitores, desde o início da nossa luta por uma segurança pública de melhor qualidade, isso no nosso blog original criado em 2007, temos demonstrado de forma inequívoca o total desacerto na gestão da segurança pública.
Não poupamos críticas ao governo Cabral-Pezão e o governo não poupou represálias contra todos que se colocaram contra seus erros.
O coronel PM Paúl, na época Corregedor Interno da Polícia Militar, foi exonerado, transferido precocemente para a inatividade, tentaram expulsá-lo da Polícia Militar e foi preso duas vezes de forma ilegal, sendo que na segunda vez foi jogado nas solitárias da Penitenciária Bangu 1, ato também ilegal, com outros Policiais Militares e Bombeiros Militares.
A resposta foi continuar lutando.
Lutando nas ruas, nos blogs, no twitter e no facebook.
Lutando escrevendo três livros, dois deles sobre a luta contra esse governo ditatorial e incompetente e um sobre a farsa das UPPs.
A luta prosseguirá, mas é preciso que todos lutem, caso contrário não mudaremos a triste realidade que vivemos.
Por derradeiro, solicitamos que respondam a nossa pergunta que serve de título para esse artigo e que leiam a carta dos pais do jovem Alex Schomaker Bastos , cruelmente assassinado, nesse Rio de Janeiro onde a insegurança está em cada rua graças à incompetência do governo (Link).

LAMENTAMOS NÃO CONSEGUIR SEGUIR O QUE TE ENSINAMOS. NÓS NÃO PERDOAMOS!
13/01/2015 21:03:09
“Alex, esta carta é para você ler onde quer que esteja, já que você nos foi tirado pela incompetência do Estado. O do Rio de Janeiro e o do Brasil. Esta carta é para você, que estudou em bons colégios porque nós, seus pais, tivemos condições de te dar o melhor estudo possível. Esta carta é para você, tão elogiado pelos seus professores desde o primário até o final da Faculdade de Biologia da UFRJ e da Faculdade de Educação. Para você, que vai receber seu diploma no próximo dia 26, mas um diploma post-mortem que nós receberemos, com muito orgulho, em seu nome. 
Esta carta é para você, que no memorial descritivo para o mestrado em Biologia, também na sua querida Universidade Federal do Rio de Janeiro, escreveu que gosta de ciência e tecnologia desde pequeno, que se interessa pela origem e pela história da VIDA, estudando com muito interesse a evolução, os fósseis e a bioquímica e que teve seu interesse despertado para as ciências quando recebeu de presente de Natal um kit de química experimental. Você disse no seu memorial descritivo que, a partir daquele instante, sabia que queria fazer algo relacionado à ciência e à vida.
Que ironia!
Nós, seus pais, estamos escrevendo esta carta para pedir desculpas por não termos conseguido te proteger da violência de uma cidade abandonada e entregue à própria sorte. Te pedimos desculpas por não termos te protegido dos assassinos, provavelmente jovens, que não tiveram uma família como a sua. Infelizmente, filho, nós, que te ensinamos a perdoar, não estamos seguindo o que tanto te ensinamos: Filho, não temos condição de perdoar. Lamentamos não conseguir seguir o que te ensinamos. Nós não perdoamos. Não perdoamos os assassinos, não perdoamos os governantes, não perdoamos as autoridades. Mas temos que te dizer que estamos tentando ter confiança na Justiça. Que os seus assassinos serão presos e receberão uma pena justa. Não queremos vingança. Lembre-se que nós sempre te ensinamos a não ser vingativo.
Esta carta é para te lembrar que este ano o Rio de Janeiro vai fazer 450 anos e muitas comemorações estão programadas. Mas você não vai assistir a nenhuma porque foi assassinado com SEIS TIROS no ponto de ônibus da Rua General Severiano, porque você prefere pegar o ônibus 434. E no Rio de Janeiro que comemora 450 anos, é crime escolher o ônibus favorito. Esta carta é para te lembrar que o novo/velho governo escolheu como lema “Brasil, pátria educadora”. Meu filho, nos despedimos pedindo perdão por não termos conseguido te proteger. Jamais nos perdoaremos”. 
EU SOU ALEX, SEMPRE. 
ANDREI BASTOS e MAUSY SCHOMAKER
Fonte (Link).

Juntos Somos Fortes!

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