40 da Evaristo
Coronéis Barbonos
Prezados leitores, ninguém pode duvidar do idealismo e do destemor dos Policiais Militares do Rio de Janeiro.
No estado a violência e a covardia dos criminosos são imensas, isso faz com que o fato de estar fardado nas ruas ou estar no interior de uma viatura, já constituem demonstrações de rara coragem.
Enfrentar no curso de operações policiais dentro das vielas das comunidades carentes, criminosos que usam armas de guerra, parece suicídio, tamanho o risco.
São Oficiais e Praças, homens e mulheres, maduros e jovens, de coragem incomum.
Como explicar que tanta coragem para exercer as atividades policiais militares, parece desaparecer quando precisam lutar por seus direitos?
Seria o receio de ser enquadrado no Regulamento Disciplinar da PMERJ e/ou no Código Penal Militar?
Teriam eles mais medo de ficar preso do que de morrer?
Não é possível.
Mas muitos apresentam essa versão para explicar a inércia de Oficiais e de Praças na busca dos seus direitos.
Seria o medo dos Oficiais de perderem gratificações oriundas das funções de Comandante, Chefe ou Diretor e o medo dos Praças de serem transferidos para uma OPM sem gratificação?
Nesse caso, eles teria mais amor ao dinheiro do que a vida.
Inconcebível.
Maior dificuldade para encontrar a resposta aparece quando constatamos que até em atos que não constituem transgressão ou crime militar, muito pelo contrário, são apenas expressões do exercício da cidadania, os Policiais Militares não aparecem.
Temos uma opinião que pode até não ser a certa, mas nos parece lógica: a desqualificação profissional.
O Policial Militar desconhece o que pode fazer na busca dos seus direitos.
Não sabe quando as suas ações são absolutamente legais.
É o medo do desconhecimento.
Nós temos certeza que nem na APM D. João VI e nem no CFAP - 31 de Voluntários os novos Oficiais e Soldados recebem instruções a respeito dos direitos e das maneiras de solicitá-los ou cobrá-los.
Não se fala nos 40 da Evaristo.
Não se fala dos Coronéis Barbonos.
Movimentos que sempre foram centrados na legalidade.
Até hoje recebemos comentários críticos no blog, no Facebook e no Twitter de que quando estávamos na ativa não lutamos pela tropa.
Comentários frutos da ignorância, pois eu era Corregedor Interno e os outros Barbonos ocupavam funções também de extrema relevância e ganhávamos todos ótimas gratificações.
É preciso estudar a história das lutas dos Policiais Militares, não apenas a distante participação na guerra do Paraguai e o simpático cão Brutus, mas a história recente e as represálias ilegais impostas pelo governo.
Nós fomos exonerados, perdemos gratificações, fomos presos e quase excluídos, mas estamos vivos e lutando.
Estudar é indispensável para conhecer.
O conhecimento facilita a gestão do medo que todos temos por natureza.
Lembramos que cumprindo uma promessa feita quando escrevíamos nosso primeiro livro, após o sepultamento de um Policial Militar, fomos à APM e ao CFAP para entregar os primeiros exemplares, um para cada turma.
Cerca de meia hora após o início da distribuição gratuita, chegou ao CFAP um esbaforido Comandante, o qual cumprindo ordem oriunda do Comandante Geral recolheu todos os livros que tinham sido doados.
Neste caso, o Comandante Geral expressou outro tipo de medo, o medo da verdade.
Basta de medo!
Juntos Somos Fortes!
https://www.youtube.com/watch?v=_ZSSyI3my38
ResponderExcluircultura! vc passa a vida toda tomando porrada por besteiras (ou não até, sendo apertado e constrangido a nunca cobrar ou reclamar. De repente o sr acha qque as pessoas se transformarão assim. Por favor cmt, sejamos coerentes. Essa é a nossa criação; aceite o que te de dou e vá! vá sem colete, vá sem transporte, vá com pouca munição, vá com comida azeda, vá com ração fria ridícula.........criticar o ato do superior é transgressão! Quantas vezes a´te oficiais foram punidos por pensarem, por terem opinião...e agora querem que se tire tanta oposição de onde?
É inexplicável! Enfrenta perigos maiores todos os dias, mas é incapaz de enfrentar a luta por direitos (remuneração é um direito!)
ResponderExcluirSó sei que a PMERJ é algo que faz muito mal a quem é praça. Não vou lutar mais por coisa alguma ligada à essa instituição doente. Tudo que quero é ir para a reserva em julho e esquecer que um dia fiz parte dessa nojeira comandada por oficiais incompetentes, que só sabem rubricar papel e dificultar ao máximo a vida de subordinados, e de comandados aduladores, profissionais amadores e grotescos.
ResponderExcluirJá vai tarde... pessoas como vc são uma das causas do atual estado em que nos encontramos (e eu sou Praça também).
ExcluirResposta errada.pessoas como você, vendidas a um sistema calhorda, é que dão causa a situação em que nos encontramos. Também sou praça e quase todos que conheço querem ver a reserva chegar logo, pois a ativa não é uma carreira, é um festival de arbitrariedades. O anônimo tem toda razão de estar desestimulado. E você deveria respeitar a opinião alheia, seu carreirista barato.
ExcluirA gente nunca vai chegar algum lugar, enfim, um desrespeitando o outro, e principalmente, não respeitar a instituição e as autoridades constituídas.
ResponderExcluirVejam a diferença de raça entre bombeiros e policiais!!! Dizem que o policial não luta por seus direitos, pois não está acostumado a viver do contra-cheque.
ResponderExcluirÉ só começarmos um debate que logo começamos a nos ofendermos, muito triste,não ter consenso é normal,O que me espanta é a falta de respeito,por este motivo não chegamos a lugar nenhum.
ResponderExcluirNão entendi! Você pode desenhar? Diferença de raça.
ResponderExcluirO direito do praça termina onde o RQUERO começa, este coronel mesmo disse que colocou mais de 500 praças no olho da rua e disse que soldado, cabo e sargentos é fácil de expulsar, se expulsa aos borbotões.
ResponderExcluirQual Coronel disse que excluiu mais de 500 Praças? Acho que você está mal informado sobre os números da Corregedoria.
ExcluirEm 22 anos, só 10 oficiais foram expulsos da PM
ExcluirPedro Dantas, RIO ,
O Estadão de São Paulo
30 Outubro 2009
A punição para o capitão da Polícia Militar acusado de omissão de socorro no latrocínio de Evandro João da Silva, coordenador do AfroReggae, pode levar anos. A comprovação das demais suspeitas, como receptação e liberação dos assassinos, também exigirá esforço da perícia do Centro de Criminalística da Polícia Militar. A avaliação é do ex-corregedor da Polícia Militar, coronel Paulo Ricardo Paúl.
Segundo ele, desde 1987, apenas dez oficiais foram excluídos da corporação. "O processo de expulsão dos oficiais demora anos. Caso opte pela punição, o Conselho de Justificação da PM vota se o oficial deve ser excluído, reformado ou reintegrado. Em caso de exclusão, a punição é enviada para o secretário de Segurança Pública. Se o secretário mantiver o expurgo, o caso vai para o Tribunal de Justiça do Estado e ainda caberá recurso", revelou Paúl.
Em sua gestão na Corregedoria, a partir de março de 2005, ele excluiu mais de 500 praças e enviou "dezenas de oficiais" para o Conselho de Justificação, mas os processos contra os oficiais não foram concluídos antes de Paúl deixar o cargo, em janeiro de 2008. As expulsões de soldados, cabos e sargentos são rápidas e aos borbotões. A cada dois dias, um é expurgado da corporação. Foram 1.716 policiais excluídos entre 1999 e 2009, segundo a Corregedoria da PM.
E aí,cel paul?
ExcluirResponde essa.
Eu mesmo já vi o sr expulsar 10 militares q foram absolvidos. Voltaram 2 anos depois pela justiça e passaram fome. O oficial q os comandava nada aconteceu.
O sr nao era mole nao. Foi injusto com esses 10
ExcluirE aí, anônimo. Tudo bem?
ExcluirAcho que desconhece a diferença entre aspecto administrativo e criminal.
Também deve desconhecer que na minha época de Corregedor não era possível sobrestar.
Você sabe pelo menos dizer em que condição foram absolvidos?
Negativa de autoria?
Falta de provas?
Pesquise e informe, anônimo.
Obrigado pelo comentário.
Tudo bem.
ExcluirO administrativo está abaixo de qualquer decisão judicial. E o sr é falho como qualquer pessoa. Tanto que a própria justiça os regressaram.o motivo negativa de provas.
Mas a justiça reparou seu erro.
Sabemos que ocorre que se diz o seguinte: Agente expulsa depois eles voltam.
As vezes rasgam a constituição lá também.
Não pense que não o admiro.
Te admiro,pois acompanho seu blog.
As vezes concordo com o sr. Outras vezes discordo. Isso é normal.
Continue assim.
Sem mais....
Tudo explicado.
ExcluirMuito obrigado!