2008
Prezados leitores, diante dos últimos fatos noticiados com relação ao " sistema criminoso brasileiro", confesso que as dúvidas sobre o que escrever ou dizer (pensei em publicar um vídeo) foram as maiores que enfrentei nos meus mais de dez anos de blogueiro.
Optei por escrever, um vídeo seria muito longo.
Eu enfrentei "sistemas criminosos" desde os meus vinte e um anos, hoje tenho sessenta, o que significa que foram quase quarenta anos de resistência e enfrentamento.
Enfrentar "sistemas criminosos" é um desafio que, via de regra, você já começa sabendo que deve perder, portanto, é um posicionamento pouco inteligente, reconheço, mas herdei da minha família essa obstinação pela legalidade. Tanto que sempre lutei dentro da lei, embora o outro lado sempre a tenha desrespeitado.
As regras sempre foram diferentes, eu na legalidade, os "sistemas" criando as suas ou violando as existentes.
Óbvio que sofri inúmeras ilegalidades, inclusive duas prisões ilegais e uma tentativa de "expulsão", todas explicadas neste espaço, nos livros que publiquei e comunicadas aos órgãos que deveriam fiscalizar o cumprimento da lei, mas estes optaram pelo engavetamento.
Os arquivamentos são fáceis de explicar: o "sistema criminoso" busca a capilaridade, isso para se proteger, invadindo todas as instituições e organizações. Eles têm como objetivo atrair membros e crescem continuamente.
Ao longo dessa luta perdi a conta das vezes que tentaram me cooptar, assim como, das ameaças de morte que chegaram aos meus ouvidos.
Os "sistemas" são muito poderosos.
Nem os militares que nos governaram por mais de vinte anos conseguiram derrotar os "sistemas criminosos brasileiros", talvez por estarem mais preocupados em vencer os comunistas.
Ontem, conclui que só uma grande revolta popular poderá mudar o Brasil e desmontar tais "organizações criminosas".
Não se pode vencer "sistemas criminosos" tendo só a legalidade como arma, como eu e outros tentaram e tentam fazer.
Diante disso, não sei se por sorte ou por azar, como não sei iniciar uma luta de forma ilegal, isso determina que seja forçado a parar temporariamente de lutar.
Sim, parei, após quase quarenta anos de mais perdas do que ganhos.
Apesar da inércia na qual mergulho a contragosto neste momento, deixo claro que não morreu a minha vontade de lutar contra os "sistemas criminosos", ela continuará existindo mesmo após meu desencarne, pois ela integra o meu espírito.
Basta que eu ouça os primeiros sons vindos das ruas que estarei pronto para voltar.
Devo confessar que apesar dessa vontade (desse sonho), sinto que não ouvirei nesta existência o povo organizado nas ruas lutando pelos seus direitos, tendo em vista que ele foi apartado por completo da cidadania.
Se eu estiver errado e ocorrer o despertar do povo, quem sabe nos encontraremos nas ruas lutando pelo nosso país e por nossa descendência contra a CLEPTOCRACIA que os "sistemas" instalaram, mas dessa vez usando as mesmas armas que eles usaram e usam contra nós.
Por derradeiro, ratifico o que tenho escrito no sentido de que não existe qualquer político que possa ser o salvador da pátria.
Crer nisso é crer no impossível.
Cabe a nós, o povo, salvá-la.
Juntos Somos Fortes!