sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

RIO - SEGURANÇA PÚBLICA - ALGUMAS REFLEXÕES BASEADAS NA HISTÓRIA RECENTE




Transcrevo comentário publicado por um leitor assíduo do blog e sempre elogiado em suas abordagens.
Peço que leiam e que opinem.

"Anônimo
16 de fevereiro de 2018 15:45 
Cel Paúl, neste momento, com a notícia de que haverá intervenção federal na segurança pública do RJ, é preciso refletir... 
Desde 2007, vimos a polícia militar ser destruída paulatinamente por politiqueiros, que, hoje, sabemos quais eram os reais objetivos: roubar os cofres do estado e se perpetuarem no poder. 
Político algum possui compromisso com as instituições. Delas, eles só querem tirar proveito. Mas nós, policiais de formação, o que fizemos para impedir o desmonte da corporação diante dos projetos politiqueiros? 
Sei que o senhor e outros poucos se posicionaram contrários logo no inicio... Mas a maior parte dos oficiais e praças, principalmente os comandantes (capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis) apenas festejaram a oportunidade de ganharem - cada qual no seu degrau - status e gratificações. 
Todos nós sabíamos que as UPPs enfraqueceriam a PMERJ e, consequentemente, o policiamento ostensivo, a prevenção aos delitos. 
Tenentes e capitães da década de 1990, hoje são oficiais superiores, comandantes. Portanto, administradores da polícia. 
A maior parte deles, os comandantes, porém, preferiu fazer da PM uma órgão estatístico para respostas governamentais à imprensa. Outra parte, convenceu-se que acompanhar a mancha criminal e distribuir o policiamento preventivo,além de atender aos chamados 190 e também assumir as ocorrências que surgissem espontaneamente durante o patrulhamento não bastavam ou não eram dignas de seus postos e, então, avançaram sobre as favelas transformando a corporação em um monstro repressivo em operações. Por último, uma parcela desses oficiais deslumbrou-se com os cursos de direito e resolveu fazer da PM (através da corregedoria) uma polícia judiciária à parte (dpjm) para se igualarem, vagarosamente, aos delegados de polícia. 
Bem, nem vou entrar na questão dos bandidos infiltrados... 
Resta perguntar: por que no passado, quando tínhamos uma criminalidade menor e mais fraca, nossos comandantes valorizavam PCtran, duplas de PO, cabinas, setores, subsetores, Pamesp, supervisão de todos os escalões, etc? 
Sou um semianalfabeto... Mas consigo entender que fizeram o desmanche de todo tipo de policiamento para privilegiar grupos megalomaníacos. Logo, não coube a ninguém planejar e implementar o bom e velho policiamento ostensivo. A PM seca gelo porque quer se ocupar com a missão de outros órgãos e atender interesses pessoais de seus oficiais do alto escalão, os verdadeiros administradores. 
Portanto, a tendência ou as correntes antagônicas existentes no topo da pirâmide mais a manipulação politica levou a corporação ao desuso de sua própria missão constitucional, ao sufoco, ao desgaste e à ruína. 
A culpa da segurança pública estar do jeito que está não é somente do governador, do secretário, do comandante geral e da polícia civil, mas sim de todos aqueles que, tal qual nosso oficialato administrador, ajoelharam-se aos políticos e fecharam os olhos para a valorização de uma polícia ostensiva não televisiva. 
Sejamos honestos... Quem criticou aqueles bailes de debutantes ocupando policiais? E os abraços de campanha? E os conjuntos musicais com PMs tocando e cantando funk na favela para agradar Ongs? Quem criticou PMs rebolando fardado em programa de televisão? Quem criticou a desmoralização de uma corporação nascida em 1809? 
Não se iludam, ainda vai piorar muito até que ocorra a nossa conscientização. 
Sgt Foxtrot"

2 comentários:

  1. Esta intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro, é igual àqueles terrenos baldios cheios de lixo e de entulhos de construção, que a prefeitura vai lá, faz a limpeza do terreno e coloca uma plaquinha – “PROIBIDO JOGAR LIXO”, depois de algum tempo a placa está coberta pelo lixo e entulhos de construção.

    O terreno, é a sociedade, o lixo e os entulhos de construção, são as mazelas políticas, a corrupção e a criminalidade em geral, e limpeza paliativa, é a intervenção militar – para despoluir o ambiente e minimizar o mau cheiro.
    Ops . . . a plaquinha, é pra dizer que o caos social e a insegurança pública, é culpa da sociedade, que escolhe mal os seus representantes. Não seria culpa da justiça eleitoral que aceita o registro de cadidatos bandidos (de toda epécie), para concorrer a um cargo político, via 171, ou os eleitores apedeutas politicamente, na hora de votar, estão mais capacitados para detectar os maus políticos, do que os doutos da justiça eleitoral, na hora em que estes vão à justiça eleitoral para registra a sua candidatura?

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  2. Nelson HERRERA Ribeiro, Cel PM Ref, advogado e professor17 de fevereiro de 2018 às 15:52

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