quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

PMERJ - QUEBRA DA PARIDADE - CRISE INSTITUCIONAL

Bombeiros em Copacabana - Internet

Sou Veterano, estou afastado dos quartéis da PMERJ, mas arrisco que tudo esteja dentro da normalidade, tendo em vista que os ativos que têm visão imediatista só devem estar percebendo os ganhos que tiveram neste momento, mas sei que existem os que pensam na Instituição como um todo, esses devem estar no mínimo incomodados, mas estão quietos.

O termômetro que tenho são as redes sociais, frequentadas por Oficiais e Praças Ativos e Veteranos, assim como pelas pensionistas. As mesmas redes que foram fundamentais para eleger nosso atual Presidente da República.

Juntando as falas que comentei em artigo anterior com o que tenho lido e ouvido nas redes, sou levado a concluir que a PMERJ pode vivenciar uma crise institucional em face da quebra da paridade.

Hoje não tenho como fazer igual avaliação com relação ao Corpo de Bombeiros, Instituição que atravessou a sua maior crise não faz tanto tempo, como todos lembram.

O que me motiva a ver "fumaça de crise institucional", aqui e ali?

Primeiro pelo surgimento de textos assinados por Coronéis de Polícia Militar Veteranos pregando a saída do Comandante Geral da PMERJ em função dele não ter evitado a quebra da paridade.

Isso é grave, uma situação que cresce diante de cada nova manifestação e do silêncio por parte do Comandante Geral, ele que não explicou publicamente porque não lutou contra a violação dos direitos das Pensionistas e dos Veteranos e porque não pediu exoneração quando a violação foi materializada.

Outro aspecto é o não conhecimento de sua identidade profissional por parte de  alguns que interagiram com o governo, eles que não sabendo o que são, acabaram por ocupar indevidamente a posição de "porta-vozes" de Instituições Militares, algo que fere mortalmente o que nós somos, ou seja, Militares do Estado do RJ.

O desconhecimento deles passou a imagem de que os Praças não confiam nos Oficiais, isso também é gravíssimo.

Uma postura separatista que insiste em sobreviver na PMERJ e que só nos enfraquece.

Eu vivenciei por longo período o desconforto de Oficiais da Ativa do CBMERJ que não conseguiram retomar o comando da tropa.

Quem esteve lá viveu.

Quem acompanhou meu blog viu isso em vídeos diários.

Sem medo de errar posso escrever que existem Coronéis de Polícia da Ativa que também estão descontentes com isso, com o fato de serem representados por "porta vozes".

Quem sabe o que é e tem amor corporativo, só pode estar indignado.

Outro componente é o abandono do comando na esfera do legislativo federal. Nós temos dois deputados federais. A Major Fabiana e o Sargento Gurgel. Como nossos representantes eles precisam se manifestar PUBLICAMENTE com base em suas convicções, ficando ao lado dos Militares Estaduais condenando a quebra da paridade ou ficando ao lado do governo, apoiando o Comandante Geral. Só não podem ficar calados. Em cima do muro, como se costuma dizer.

Não preciso lembrar para Militares Estaduais a força que tem um deputado federal no seu estado, inclusive no Rio de Janeiro, onde não faz tanto tempo davam "sugestões" de comando e de promoções, por exemplo.

A entrada da ASSINAP nessa luta é outro fator que pode fomentar a crise. A associação é conhecida por organizar atos públicos, o que pode significar que a luta passará também para as ruas.

Isso sem falar no incômodo das ações judiciais que poderão ser milhares, caso as entidades de classe não assumam.

Em respeito ao meu objetivo de escrever artigos sintéticos, fico por aqui.

Como torço para tudo dar certo, no fundo espero estar errado, mas é isso que eu penso.

Um comentário:

  1. Boa tarde, alguém sabe sobre o voto do Deputado Sargento Gurgel, em relação a prisão do Deputado Danel Silveira?

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