POLÍCIA MILITAR: A DESUNIÃO NOS CONDUZ AO SOFRIMENTO

Prezados leitores, bom dia!

Coronel PM Paúl - Janeiro/2008

COMENTÁRIO POSTADO:

"POLICIAIS FEDERAIS PROTESTARÃO NA RIO +20. É HORA ...":
Cel Paúl é admirável a sua luta pela PM do Rio.O senhor tem sido um exemplo de persistência e amor a sua profissão e a sua classe. Entretanto, na minha visão, creio que o Sr não possa contar com a nossa classe. A desunião e o individualismo solta aos olhos, pessoalmente, não consigo enxergar futuro digno para a PM do Rio, pelos menos para os seus integrantes. A corporação tá até evoluindo,devido os avanços tecnológicos e os investimentos, como sempre, não no homem, mas na instituição. Eu ficaria muito feliz se o sr, a partir de agora, cuida-se mas da sua vida (não estou sendo grosseiro), da sua família, dos seus projetos pessoais. A PM do Rio, ou melhor, os PMs do Rio não vão lhe ajudar, talvez centenas façam algo, participarão de algum ato, alguma manifestação, e só. Pense nisso Cel o Sr já sofreu muito e já fez o que pode pela classe mais desunida do Brasil. Postado por Anônimo no blog Paulo Ricardo Paúl, um cidadão indignado. em 9 de junho de 2012 21:24.

Comento:

Eu recebo conselhos idênticos ao postado no comentário acima, cada vez com mais frequência.

Eles carregam em regra duas ideias. A primeira no sentido de que já fiz a minha parte  na luta pela construção de um futuro melhor para a Polícia Militar e para os Policiais Militares, o que eu concordo. Na verdade, penso que fiz muito além do que poderia ser exigido de um Coronel PM. A outra ideia trata da desunião da tropa, ideia com a qual concordo ainda mais. Penso que a tropa (Oficiais e Praças) da PMERJ deve ser a mais desunida do Brasil, considerando o que temos assistido nos últimos anos. A omissão nos leva a pensar que só existem as individualidades, cada um no seu quadrado e cuidando da sua vida, a instituição que se dane.

A prática tem demonstrado que não desisti da luta, apesar das inúmeras represálias, mas ela também demonstra que sem a união da tropa, todo sacrifício pessoal que eu ou que qualquer outro Policial Militar (Oficial ou Praça) faça será inócuo. 

Diante dessas realidades, devo confessar que não desistirei jamais de querer o melhor para a PMERJ e os Policiais Militares, entretanto, minimizarei as minhas perdas, pois elas têm sido muitas. Não custa lembrar que fui preso (2 vezes), fui encarcerado em Bangu 1, estou sendo acusado da prática de crimes militares e estou sendo submetido a um Conselho de Justificação.

Eu continuarei lutando por cidadania, ordeira e pacificamente. Continuarei apoiando todas as lutas justas, como tenho feito ao longo dos anos, mas quero ver os principais interessados lutando ao meu lado, inclusive os Policiais Militares. Não lutarei por quem não luta por si mesmo e por seus familiares, podem anotar e cobrar.

Juntos Somos Fortes!