segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

DELEGADO CONCLUI QUE HOUVE TORTURA EM TREINO DA PM QUE TERMINOU COM RECRUTA MORTO



Prezados leitores, o que acrescentar ao que escrevemos em artigos anteriores sobre esse fato e sobre a prática do denominado "trote" em organizações militares, diante do relatório do Inquérito Policial? 
Sinceramente, só nos resta, mais uma vez, repudiar essa prática que nos afasta da nossa condição de seres humanos e nos devolve ao nosso passado de selvageria.
Nada adianta após a consumação da tragédia a declaração do secretário de segurança pública, o homem que transformou o CFAP em uma "fábrica" de Soldados PM, isso para atender os interesses eleitorais de implantar cada vez mais UPPs.
A morte do aluno do CFSd confirma que está tudo errado na gestão da segurança pública no Rio de Janeiro, começando na forma como o governo Cabral recruta e forma os novos Soldados, eis a verdade.

"EXTRA 
Casos de Polícia Delegado conclui que houve tortura em treino da PM que terminou com recruta morto: ‘Maldade gratuita e desnecessária’ 
Rafael Soares
O relatório do inquérito da 33ª DP (Realengo) que investiga a morte do recruta Paulo Aparecido Santos de Lima após uma sessão de treinamento no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap) da Polícia Militar, em novembro do ano passado, aponta para a prática de tortura por parte dos quatro oficiais que instruíam a turma. Após o treino, 33 alunos tiveram queimaduras ou desidratação. No documento da Polícia Civil, que chegou sexta-feira ao Ministério Público, o delegado Carlos Augusto Nogueira relata que “os atos dos oficiais denotam uma maldade gratuita e desnecessária”.
- Os fatos são graves e merecem uma resposta imediata do poder público. Instaurei inquérito para investigar se houve tortura e todos os relatos apresentam proximidade com esse tipo penal - afirmou Nogueira ao EXTRA (Leia mais)". 

Um comentário:

  1. Pois é, meu amigo, infelizmente muito ainda haverão de morrer em unidades de formação policiais justamente por acertadamente Vossa Senhoria ter definido muito bem esses centros: "fábrica de soldados." Parabéns pelo artigo. A luta continua. Marcelo Adriano Nunes de Jesus

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