Prezados leitores, ontem o escândalo do Brasileirão 2013 voltou ao noticiário, graças ao ex-presidente da Portuguesa, senhor Ilídio Lico.
Ele afirmou ao repórter Jorge Nicola que um Senador tinha comentado com ele que a UNIMED e o Fluminense estariam envolvidos na escalação irregular do jogador Heverton. Acrescentou que nem o Senador (sem nome), nem ele, tinham provas sobre tal alegação.
A matéria ganhou a imprensa e logo os ataques contra o Fluminense e a UNIMED começaram.
As acusações tiveram uma vida curta, Ilídio Lico logo deu uma nova versão no sentido de que foi mal interpretado.
Nós publicamos tudo no blog e esclarecemos que comentaríamos hoje, o que passamos a fazer.
A origem de toda essa confusão está na escola, na falta de uma escola de boa qualidade, esse mal que está gerando milhões e milhões de analfabetos funcionais no Brasil.
Pessoas que são capazes de ler, porém não conseguem interpretar.
Qual a solução adotada por elas?
Se apropriam da interpretação alheia, via de regra, a ouvida ou lida nos noticiários.
Na era da informação instantânea promovida pela internet esse problema ganhou dimensões gigantescas pois uma mentira ou uma verdade se espalham com a rapidez dos vírus entre a população.
Uma manchete sensacionalista se transforma em verdade em segundos.
Tal realidade ocorre em todos os setores da atividade humana, inclusive no futebol e no imundo universo dos negócios com o futebol que o FBI está ajudando a limpar.
Em apertada síntese, a pessoa lê ou ouve e aceita aquilo como se fosse a verdade.
Tal erro se agrava quando a notícia atende seus interesses, unindo o útil ao agradável.
Ontem, aceitaram como verdade uma fala dos senhor Ilídio Lico, desmentida por ele mesmo.
Percebam o absurdo.
É preciso lutar contra essa doença e não aceitar como verdade qualquer informação da imprensa.
Ontem, quem buscasse interpretar os fatos identificaria de pronto que algo errado existia na fala do ex-presidente da Portuguesa.
A primeira pergunta que deveria ser feita era qual o benefício que o Fluminense (UNIMED) obteria na luta contra o rebaixamento com a escalação irregular do jogador Heverton pela Portuguesa.
A lógica determina que se fizesse uma consulta na classificação do Brasileirão 2013 após a 37a rodada.
Eis a parte da classificação que nos interessa:
11) Flamengo = 48 pontos (matematicamente livre do rebaixamento).
12) Bahia = 48 pontos.
13) Portuguesa = 47 pontos.
14) Internacional: 47 pontos.
15) Criciúma: 46 pontos.
16) Coritiba: 45 pontos.
17) Vasco: 44 pontos.
18) Fluminense: 43 pontos.
19) Ponte Preta: 36 pontos (matematicamente rebaixado).
20) Náutico: 17 pontos (matematicamente rebaixado).
Analisando a classificação constatamos que para escapar do rebaixamento o Fluminense teria que ultrapassar no número de pontos DOIS clubes.
O que fazia com que o Fluminense dependesse de outros resultados, além de ter a obrigação de vencer seu jogo contra o Bahia em Salvador.
Vamos ignorar todas as dificuldades e consideremos que o Fluminense (UNIMED) tivesse conseguido fazer um acordo com a Portuguesa para escalar irregularmente Heverton.
Como ficaria na prática a mesma classificação, considerando a inevitável perda de TRÊS pontos pela Portuguesa.
11) Flamengo = 48 pontos (matematicamente livre do rebaixamento).
12) Bahia = 48 pontos.
13) Internacional: 47 pontos.
14) Criciúma: 46 pontos.
15) Coritiba: 45 pontos.
16) Portuguesa = 44 pontos (considerando a perda dos três pontos).
17) Vasco: 44 pontos.
18) Fluminense: 43 pontos.
19) Ponte Preta: 36 pontos (matematicamente rebaixado).
20) Náutico: 17 pontos (matematicamente rebaixado).
A UNIMED teria gasto milhões de reais para promover tal alteração.
O Fluminense continuaria tendo que vencer o Bahia em Salvador e continuaria dependendo de outros resultados.
O senhor Celso Barros (presidente da UNIMED) deve ser muito burro.
Será que ele "comprou" também o Vasco e o Coritiba?
Façam suas análises, não acreditem em nós, analisem os fatos.
É preciso interpretar o que se lê ou se ouve no noticiário.
Caso contrário, os incautos continuaram acreditando em tudo que a imprensa noticia como sendo verdade.
Pior, espalham através da internet.
Tem gente acreditando até nos "INHOS" da vida.
Como o Brasil demorará décadas e décadas para ter uma escola de boa qualidade, tendo em vista que ainda não deu nem o primeiro passo, as mentiras continuarão por muito tempo virando verdades através do noticiário e o povo, como gado, vivendo no curral e se alimentando na pastagem verdejante.
Juntos Somos Fortes!