Prezados leitores, a crônica esportiva nos leva a pensar que no Brasil existe uma ilha onde estão concentrados os honestos do Brasil.
É de domínio público que o país atravessa uma gravíssima crise econômica e financeira, mas poucos percebem que a principal crise é a ética e moral que contamina significativa parcela da população e que inclusive dá origem aos problemas políticos e econômicos.
Em apertada síntese, podemos afirmar: "tem ladrão por todo lado".
A imprensa comprova isso diariamente nos noticiários, isso é inegável.
Apesar da realidade que vivemos, cronistas esportivos passam a ideia que só existem honestos no futebol, pois basta surgir um sinal de que algo de algum clube grande foi beneficiado por uma "armação" para que logo surjam vozes para desacreditar tal possibilidade.
No futebol as organizações de comunicação, imprensa esportiva, os patrocinadores, os empresários, os dirigentes, a arbitragem, os técnicos, os jogadores e até os torcedores, são todos honestos.
Nessa ilha de honestidade vivem os grandes (e talvez os últimos) exemplos de pessoas honestas do Brasil.
Prezados leitores, a verdade não é essa, o mundo dos negócios no futebol é tão sujo quanto o mundo da política.
Solicitamos desculpas por frustar aos que acreditam, mas essa ilha não existe.
Aliás, nunca existiu.
A história do futebol no Brasil (e em vários países) é repleta de sujeira, a maioria colocada embaixo dos gramados (tapetes de grama).
Sim, existem muitos honestos no mundo dos negócios do futebol, como também existem muitos honestos na política, não podemos generalizar, mas é triste constatar que existem torcedores que não aceitam a possibilidade de que pessoas ligadas ao seu clube possam ter participado de qualquer "armação" para levar vantagem.
Os que acreditam na ilha de honestidade são tolos.
No caso específico do Brasileirão 2013, o promotor de justiça encarregado pelo ICP declarou (algumas vezes) que existem indícios de que alguém ligado à Portuguesa recebeu vantagem para o jogador Heverton ser escalado irregularmente.
Diante disso, caso os indícios sejam comprovados, alguém da Portuguesa recebeu uma vantagem, logo, alguém deu tal vantagem.
Isso é lógico.
Nos tratamos disso no livro, mas não confirmamos que alguém da Portuguesa recebeu e nem que alguém deu, pois não temos o ferramental investigativo necessário para desenvolver os procedimentos necessários para obter tais respostas.
Os fatos, esses chatos.
Não criamos uma teoria, só apontamos fatos, como o silêncio dos QUATRO sites que noticiaram que André Santos não poderia jogar e que depois não noticiaram que ele jogou irregularmente.
Isso não é teoria, são fatos comprovados com as matérias publicadas pelos sites, antes e depois do jogo Flamengo e Cruzeiro.
Quem pesquisar irá comprovar.
O tolo prefere não ler, prefere acreditar na ilha.
Prezados leitores, os que quiserem continuar acreditando que o mundo dos negócios do futebol é a ilha onde vivem os honestos do Brasil, vocês têm todo direito de continuarem no mundo imaginário onde vivem. Todavia, se você sabe que essa ilha não existe, nos ajude a cobrar do Ministério Público de São Paulo os resultados das investigações procedidas pelo CAEGO.
Nós só queremos a verdade.
Juntos Somos Fortes!
PS - Por absoluta falta de tempo para interagir no facebook, temporariamente, estamos desativando nossa conta. Nós consideramos uma deselegância não responder às mensagens, portanto, não temos alternativa.
Nós continuaremos com a conta no twitter ( @celprpaul ) e o e-mail continua sendo pauloricardopaul@gmail.com