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domingo, 12 de outubro de 2025

POLÍCIA MILITAR - SEVERAS CRÍTICAS AO CORONEL MENEZES - COMANDANTE-GERAL




TRANSCRIÇÃO:
✅ *Nem o Palácio Guanabara escapa da incompetência do Comandante da PM candidato da shoppe a Deputado Estadual”*

📝 _Por Professor Doutor Victor Travancas, PhD_

Nem o Palácio Guanabara está seguro. O governo do Rio de Janeiro precisou cancelar um evento diplomático — repito, cancelar uma solenidade oficial — porque a própria Polícia Militar avisou que não conseguiria garantir a segurança. Sim, o Major Rogério A. Macedo de Oliveira, comandante da 1ª Companhia Independente, comunicou por meio do Processo SEI nº 150001/013336/2025 que havia “risco concreto à segurança das autoridades e das dependências do Palácio Guanabara”. 

Traduzindo do dialeto militar-burocrático: a polícia tem medo de proteger o governo. O ofício enviado ao Itamaraty, informa que o evento comemorativo dos 200 anos da Independência do Uruguai, marcado para 14 de outubro, foi cancelado por risco de ataque. Um escândalo? Não. 

Apenas mais um capítulo no roteiro tragicômico da segurança pública fluminense. A situação é tão absurda que faria rir — se não fosse trágica.

O Rio vive um colapso diário: assaltos em Laranjeiras, tiroteios em Ipanema, explosões em Niterói, sequestros de ônibus na Linha Vermelha e diplomatas correndo de fuzil em punho por falta de escolta. É uma coreografia de terror em tempo real. 

Enquanto isso, o comandante da PM aparece sorridente em solenidades, falando em “operações preventivas” e “avanços táticos”. Ora, se os avanços são esses, o próximo passo deve ser a rendição. A Polícia Militar do Rio tornou-se uma espécie de teatro: muita farda, pouca eficácia. A cada nova tragédia, surge uma coletiva de imprensa cheia de jargões e promessas — e o cidadão continua morrendo no ponto de ônibus.

E agora nem o governador, com sua guarda de duzentos homens armados, se sente seguro dentro do próprio palácio. É a vitória da desordem institucional. A tropa que deveria proteger o Estado se protege dele. E quem paga o preço é a população, que vive refém de um sistema falido, militarizado, obsoleto e arrogantemente ineficiente. A própria ONU já declarou, em relatórios recentes, que o modelo de polícia militarizada no Brasil é um erro histórico — uma máquina de violência que não protege ninguém, apenas reproduz o medo. A Dinamarca chegou a sugerir o óbvio: desmilitarizar. O governo brasileiro respondeu com a habitual elegância tropical — ignorou.

E como se a incompetência fosse pouca, o Rio ainda mantém três secretarias de segurança pública: uma para a PM, outra para a Civil e outra para “Gestão Integrada”. É a burocracia do caos. Três generais, nenhum soldado. Três orçamentos, nenhum resultado. Três discursos, zero segurança. Enquanto isso, os criminosos fazem o que sabem: governam o território. 

O Estado, incapaz de proteger até o próprio governador, tenta administrar o crime como quem organiza um baile funk — com improviso, desordem e marketing.

O cancelamento do evento uruguaio não é apenas um ato administrativo. 

É uma confissão oficial de fraqueza. Um documento timbrado que grita: “Perdemos o controle!”. O ofício assinado pela Casa Civil é o atestado de óbito da segurança pública fluminense, redigido em papel timbrado e carimbado com o brasão do Estado. 

Nem diplomatas estrangeiros escapam do vexame — o Uruguai, que comemoraria sua independência, acabou descobrindo a nossa dependência total do improviso.

O Rio de Janeiro, outrora cartão-postal do Brasil, transformou-se em um laboratório de incompetência institucional. Aqui, o governo se esconde, a polícia teme e o povo sobrevive — quando pode. A capital do samba agora dança conforme a música das balas perdidas.

 O Palácio Guanabara virou bunker. E o Rio, que já foi “cidade maravilhosa”, é hoje a cidade da vergonha nacional.

No fim, talvez o Major Macedo tenha razão. O risco é real. Mas não é o risco de ataque ao Palácio — é o risco de continuar fingindo que ainda existe polícia no Rio de Janeiro.

Neste ponto concordo com o Presindete da Alerj, Rodrigo Bacellar: *Esta na hora do comandante da PM deixar de ser  'labubu do governador' e passar a trabalhar.*

Victor Travancas é Mestre e Doutor em Direito Constitucional. Especialista em Ciencias Criminais e Ganhador do Premico destaque no Combate a Corrupção pela Associação Nacional de Delegados da Policia Federal_"

Juntos Somos Fortes!

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