JORNALISMO INVESTIGATIVO

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domingo, 2 de março de 2014

SALVAR A EDUCAÇÃO PÚBLICA SIGNIFICA SALVAR O BRASIL



Prezados leitores, a nossa experiência como blogueiros começou em 2007, lá se vão mais de sete anos postando artigos e interagindo com leitores através de comentários, de e-mails, de twitters e de postagens no facebook, sendo que no face a interação é muito pequena, isso por culpa nossa em virtude da absoluta falta de tempo.
Ao longo desse tempo abordamos incontáveis temas, embora a segurança pública seja o nosso foco principal.
Quem escreve e dá publicidade ao que escreve deve estar preparado para elogios e críticas, assim como, para a completa indiferença.
Os elogios e as críticas nos impulsionam para a frente.
Cada elogio afaga a nossa alma e alimenta a nossa mente.
Cada crítica revela o quanto temos que melhorar.
O pior para quem escreve e publica é a indiferença, ou seja, ninguém dar a mínima para o que você escreveu.
Somos felizes, pois somos elogiados e criticados, diariamente.
Até a pior crítica, a mais ácida, deve ser bem-vinda, pois dela sempre tiramos lições para o aprimoramento.
Apesar dessas verdades, existe um tipo de crítica que sempre nos preocupou, aquela na qual o crítico demonstra que não entendeu o que foi escrito. Isso nos incomoda, sobretudo porque escrevemos da forma mais simples, usamos a linguagem do cotidiano, sempre para facilitar a interpretação.
Sim, confessamos que sempre que notamos uma dificuldade na interpretação de alguns leitores, repetimos assuntos, buscando uma nova forma de transmitir as ideias para que possamos alcançar a todos.
Nunca tentamos convencer ninguém, mas buscamos expor as nossas opiniões para que possam servir como parâmetros nos diferentes assuntos que tratamos.
Todo leitor concorda ou discorda com o conteúdo do texto que está lendo, isso é a consequência natural da interpretação que ele dá ao que leu. O que não é natural é o leitor não conseguir interpretar o texto e a partir dessa dificuldade, emitir críticas ou elogios apartados do que foi escrito. Via de regra, isso ocorre em razão de deficiências de quem escreve, mas também ocorre em razão de dificuldades de quem lê.
Uma expressão tem se firmado para representar essa dificuldade de quem lê: analfabetismo funcional.
A Revista Carta Capital publicou no dia 24 de julho de 2013 um artigo sobre o tema e dele extraímos um conceito sobre o tema:
"A condição de analfabeto funcional aplica-se a indivíduos que, mesmo capazes de identificar letras e números, não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas. Tal condição limita severamente o desenvolvimento pessoal e profissional. O quadro brasileiro é preocupante, embora alguns indicadores mostrem uma evolução positiva nos últimos anos (Thomaz Wood Jr)".
A realidade brasileira é muito angustiante, pois em face do abandono dos nossos governantes com relação à educação pública, o nosso país está acumulando gerações  que " não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas mais elaboradas".
Tal verdade associada ao fato de que parte da imprensa manipula descaradamente a verdade dos fatos forma um contexto alarmante. 
Os efeitos são devastadores não só para cada indivíduo submetido a tais condições, mas também em termos de formação da opinião pública, o que é muito mais grave.
A parte da população atingida por esse mal está afastada da cidadania plena, eis a verdade.
São milhões e milhões incapazes de formar a própria opinião, ecos humanos que apenas repetem o que ouvem ou que leem nos títulos chamativos da imprensa manipuladora.
Milhões incapazes de entender, por exemplo, os motivos determinantes da intervenção militar que ocorreu no Brasil em 1964.
Não! Não estamos defendendo os crimes que foram praticados ao longo desse período, mas defendemos que é importante conhecermos os crimes praticados pelos dois lados, para não acreditarmos em demônios e em anjos daquela época.
Sem conhecer os fatos, sem ter a capacidade de interpretá-los, corremos o risco de condenaremos todos os militares e de aplaudirmos todos os terroristas. 
Milhões que nunca entenderão a diferença entre as expressões: governo militar e ditadura militar.
São milhões incapazes de entender algo muito mais simples como o fato da Portuguesa ter salvo o Flamengo do rebaixamento ao escalar irregularmente o jogador Héverton. Uma constatação feita a partir da simples leitura da classificação final do Brasileirão 2013.
Prezados leitores, cada um de nós que tem a ousadia de escrever um texto e de dar publicidade a ele, deve ter a preocupação de lutar contra o analfabetismo funcional.
É nosso dever tentar trazer de volta para a condição de cidadão essa parcela da população brasileira.
Isso só será possível com a qualificação e a valorização dos profissionais da educação pública.
Enquanto isso não acontecer milhões continuarão acreditando que o Flamengo foi campeão brasileiro de 1987, que foi tricampeão carioca em apenas dois anos e que a "Nação" é composta por 40 milhões de brasileiros.

Juntos Somos Fortes!

6 comentários:

  1. O analfabetismo vem sendo fomentado há 25 anos, pelo menos. Os políticos que tanto clamavam por "democracia" nos idos anteriores a 1985 foram justamente os que através do exercício de seus mandatos aniquilaram a Educação Pública de qualidade no Brasil. O fato do sr precisar explicar neste texto a diferença entre governo militar e ditadura militar é um exemplo claro de que a nossa educação está na sarjeta. Com isso as profissões estão, todas elas, sendo sub-exercidas: maus policiais, maus promotores, maus juízes, maus professores, maus engenheiros, maus médicos, e por aí vai. Aqui é o país meia-boca; tudo é mais ou menos bom(ou mais ou menos ruim). Qualidade? Isso ficou lá atrás no tempo. Continue forçando nessa tecla da Educação e vamos ver quem irá aparecer para falar o contrário.

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  2. Fernando: o que é analfabeto funcional3 de março de 2014 às 10:28

    Existe também o anafabetismo moral, muito comum em quem imputa o analfabetismo funcional contra o discurso contraditório.
    Você já teve argumentos melhores, entendo, é difícil vender a imagem do regime autoritário.
    Se desejar uma dica, poderia adaptar aqueles vídeos produzidos pelos militares nazistas que divulgavam os Campos de Concentração como se fossem Hotéis Fazenda, que tal?

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    1. Grato pelo comentário, Fernando.
      Regime autoritário?
      Você pensa que "regimes autoritários" são apenas os dirigidos por militares?
      Se pensa desse modo, aconselho ESCOLA.
      O governo Cabral está sendo um dos governos mais autoritários da história do Brasil e ele não é militar.
      Pergunte aos professores, aos médicos, aos Bombeiros, aos PMs, ...
      #JSF!

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  3. Qual escola? A sua? Não obrigado.
    Cabral nós tiramos esse ano pelo voto e os militares?
    O episódio hoje com mordomias aos presos seria vazados em um regime militar? Haveria mensalão sem imprensa para noticiar durante o regime? Não

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  4. Cabral vocês tiram pelo voto?
    Cabral não é candidato, não pode mais ser reeleito.
    Vocês se deixaram enganar e não tiraram pelo voto o pior governador que já passou pelo Rio.
    Mordomia para presos?
    Você está de gozação, só pode.
    Não haveria mensalão, a diferença é essa.
    Escola, continuo recomendando escola.
    #JSF!

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  5. A verdade dói Coronel? Bem vindo a democracia.
    O Rio precisa de um governo com coragem para criar um nova polícia distrital ou municipal desmilitarizada para finalmente extinguir a polícia militar, essa não tem mais conserto.
    Fico feliz que me recomende escola, pelo menos concordamos que educação não combina com meliância, afinal entrar na coorporação apenas com ensino médio ilustra bem a razão de tamanha decadência de uma instuição marcada por escândalos.

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