JORNALISMO INVESTIGATIVO

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terça-feira, 20 de maio de 2014

A IMPROBIDADE DA GESTÃO BELTRAME NOS CONTRATOS DA PM SÃO ANTIGOS



Prezados leitores, vivemos um escândalo na área da segurança pública com gravíssimas acusações contra o Secretário de Segurança Beltrame decorrentes de superfaturamento nos contratos de compra e de manutenção das viaturas da Polícia Militar.
A imprensa tocou timidamente no assunto e não o manteve como devia no noticiário diário.
Nós inclusive reiteramos o pedido no sentido de que seja remetido para nós qualquer nova notícia sobre o escândalo.
Salvo melhor juízo, a tendência é esfriar o escândalo, embora envolva R$ 134 milhões do nosso dinheiro.
A imprensa esqueceu que esse não é o primeiro escândalo sobre os referidos contratos realizados por Beltrame, desperdiçando milhões de dinheiro público.
Como o nosso blog integra a imprensa independente, temos uma memória mais ampla.
Constatem como o Secretário Beltrame foi acusado de desperdiçar mais de R$ 34 milhões de dinheiro público em 2010.
Por favor, recordar é viver, leiam o excelente artigo do Jornal Extra:

"JORNAL EXTRA
16/01/10 16:00 Atualizado em 11/12/10 20:17 
Carros da PM possuem kits gás, mas ainda são abastecidos com gasolina 
Fernando Torres e Marcelo Gomes 
Kit gás nos carros terceirizados da PM: maioria da frota ainda roda com gasolina ou álcool. - Foto: Wania Corredo 
Dois anos depois da assinatura do primeiro contrato da Secretaria estadual de Segurança com a empresa Júlio Simões Logística S.A. para fornecimento de 1.228 carros zero quilômetro e equipados com kit gás para a Polícia Militar, 998 novos veículos da corporação ainda são abastecidos com gasolina ou álcool. 
Na compra do primeiro lote de viaturas com o kit, a Secretaria de Segurança anunciou que os 632 carros, que estavam sendo entregues e seriam abastecidos com gás natural veicular (GNV), gerariam uma economia de R$ 1 milhão por mês. Utilizando a média de redução de gastos que seria feita por cada veículo, chega-se a uma conta assustadora: R$ 33 milhões deixaram de ser economizados nestes 22 meses que as 998 viaturas com kit seguiram recebendo gasolina ou álcool. Segundo a Bi Gás, empresa que fez a instalação dos equipamentos para a Júlio Simões, cada conjunto custa R$ 1,7 mil, incluindo os custos de montagem. Multiplicando pelo número de kits inativos, estima-se que R$ 1,6 milhão dos cofres públicos estejam inutilizados nos porta-malas da PM. Somados esses dois casos, o desperdício alcança R$ 34,6 milhões. 
Atualmente são abastecidos com GNV carros de apenas alguns batalhões subordinados ao 1 Comando de Policiamento de Área e ao Comando de Unidades Operacionais Especiais.
- Esse descaso é, no mínimo, falta de competência. É um duplo desperdício de dinheiro público: o estado está pagando mais caro pelas viaturas por conta da exigência do kit gás e também por continuar a usar gasolina, que custa mais que o GNV - afirmou o deputado Alessandro Molon (PT), da Comissão de Orçamento da Alerj (Leia mais)".
Foto: Jornal Extra.

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