Prezados leitores, no artigo anterior comentei a decisão judicial que condenou a Portuguesa a indenizar o advogado Sestário.
Na decisão o juiz informou que a Portuguesa sabia que o jogador Héverton estava suspenso e que não poderia escalar o jogador.
O juiz se baseou em reportagem onde representante do Ministério Público que apurava os fatos declarou que a Portuguesa tinha ciência.
A decisão judicial clarificou um ponto importante das investigações e, salvo melhor juízo, fortaleceu a opinião dos que desejam que as investigações sejam reabertas pelo GAECO do Ministério Público que não considerou esse robusto indício.
Eu não tenho qualquer dúvida que manter o arquivamento é a decisão errada, indícios não faltam para que as investigações prossigam e que o Brasil possa saber o que aconteceu na última rodada do Brasileirão 2013.
Basta de histórias mal explicadas no futebol brasileiro.
Outro forte indício de que algo errado aconteceu e que nem começou a ser investigado é a "amnésia coletiva" que acometeu parte da imprensa esportiva.
Como é de domínio público, sites noticiaram nos dias 6 e 7 de dezembro de 2013 que o jogador André Santos do Flamengo estava suspenso e não poderia enfrentar o Cruzeiro, mas André Santos jogou normalmente, o que determinaria (como determinou) a punição ao Flamengo e trazia de volta a ameaça de rebaixamento. Sem qualquer explicação, os sites não noticiaram esses fatos, deixando de dar o "furo do Brasileirão 2013".
Por quê?
Não existe explicação palatável para tal omissão, logo os jornalistas responsáveis precisam ser ouvidos nos autos e esclarecer, pois a omissão favoreceu a escalação de Héverton, isso é óbvio.
Eu não conheço um fato de amnésia coletiva e simultânea sobre um assunto.
Deve ser um fenômeno muito raro.
Só um especialista poderá determinar a ocorrência ou não dessa amnésia coletiva e simultânea.
Se não foi isso que ocorreu, então temos que buscar outras alternativas através da investigação para descobrir o motivo do "furo do Brasileirão 2013" ter sido engavetado.
Juntos Somos Fortes!
Coronel, como pode o MP/SP arquivar o caso André Santos se o juiz que julgou o caso Sestario usou as provas que esse mesmo MP/SP colheu pra decidir contra a Portuguesa?
ResponderExcluirSerá que é porque nesse caso do Sestario não teve pressões externas e globais?
Coronel, existem frases que definem bem o nosso país:
ResponderExcluir"O Brasil não é um país sério" e “O Brasil não é para principiantes” são exemplos.
A última modalidade inventada pela nossa gente é que prova judicial que vale pra um processo, não necessariamente vale pra outro.
O advogado Sestário ganhou a sua causa contra a Portuguesa com base na investigação do MP/SP sobre o caso André Santos, que apurou que o clube escalou o jogador Héverton de propósito, mesmo sabendo que ele estava em condição irregular.
E o que faz o MP/SP depois da descoberta desse crime?
Arquiva o inquérito do caso André Santos/Héverton!!!!!
Brasileiros se perguntam até hoje. O que houve? Por que arquivou? Quem são os corruptos que o promotor Senise estava quase revelando?
Nenhuma resposta nos foi concedida. Foi como uma porta fechada na cara da sociedade, para nos lembrar que, apesar de nós pagarmos os salários desses investigadores e outros benefícios, o trabalho deles só é usado da forma como eles querem, onde eles escolhem e acham bom:
- Essa prova pode aqui. Ali não.
Voltou a circular na Internet um artigo do Juca Kfouri que ele escreveu em 24/12/2013.
ResponderExcluirhttp://blogdojuca.uol.com.br/2013/12/voce-acredita/
"O Flamengo se deu conta na noite do sábado do erro cometido em escalar André Santos contra o Cruzeiro e de que poderia ser rebaixado.
Aí, um Maquiável rubro-negro procurou o advogado rubro-verde que fez chegar ao presidente da Lusa e, por este, ao técnico do time, a necessidade de escalar o suspenso Héverton no jogo contra o Grêmio.
Caso o Fluminense estivesse vencendo o Bahia, o jogador luso irregular entraria em campo, com o que a CBF poderia denunciá-lo por intermédio do procurador do STJD e este derrubaria a Lusa, salvando o Flamengo.
O prêmio? Pagar o aval do presidente luso num empréstimo de mais de R$ 40 milhões com um banco."
Ele quis debochar da história que alguém (bem informado, na minha opinião) lhe contou e a banalizou citando o caso do Ronaldo Fenômeno na Copa da França e disse até que quem acreditasse nela também acreditava em Papai Noel.
Quase quatro anos depois, com tanta coisa que surgiu, vemos que essa história estava certa mesmo e que o deboche serviu para desviar o foco e também para nortear outros artigos, como o do Gustavo Poli, "Os fatos, esses chatos", onde Saci e boitatá tentaram fazer companhia ao Papai Noel do Juca.
"Uma trama genial como se vê, que envolve além da cartolagem do futebol, o governo e a Globo.
Não se contava, apenas, que a decisão do STJD fosse revelada ilegal, embora nada indique que a sentença venha a ser corrigida.
E é por isso que o Ministério Público de São Paulo abriu inquérito."
Juca Kfouri estava tão empenhado em provar que a decisão do STJD era ilegal, que chamou o jurista Dr. Ives Gandra Martins, o qual contou em entrevista que tudo estava contra o Estatuto do Torcedor, Direito do Consumidor e outras coisas mais.
Por isso, Juca também deu muita força ao MP/SP quando este se movimentou para devolver os pontos à Portuguesa, também alegando desrespeito às regras acima.
Porém, pouco tempo depois, o jurista especializado em esportes, relator da Lei Pelé e do Estatuto do Torcedor e colaborador do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), Dr. Heraldo Panhoca, rebateu todos os argumentos de quem queria devolver os pontos à Portuguesa.
Foi ele quem disse a famosa frase: "Meia noite, terminado o jogo, o mundo desportivo ligado, pelo menos quem vive do futebol, já sabia que o Flamengo ia perder quatro pontos."
http://www.flusocio.com.br/entrevista-do-dr-heraldo-panhoca/
Quanto ao MP/SP, depois que o ex-promotor Roberto Senise contou que teve corrupção no caso André Santos, Juca Kfouri se calou sobre o assunto, não escreveu mais nada sobre isso e foi assistir novela da Globo.
Lava-Jato chegando na Globo.
ResponderExcluirhttp://noticias.r7.com/domingo-espetacular/videos/-exclusivo-delacao-de-antonio-palocci-poe-tv-globo-na-mira-da-lava-jato-17072017-1
Frases do advogado da Lusa em 2013, Dr. Osvaldo Sestário, sobre o caso André Santos, em reportagem ao portal NetFlu.
ResponderExcluirhttps://lusaweb.com.br/2017/07/19/osvaldo-sestario-advogado-da-lusa-na-epoca-do-caso-heverton-quebra-o-silencio-ouca/
“Houve alguma coisa, mas que eu não tenho provas.”
“Lamento que essas investigações não tenham ido a fundo.”
“Não acredito (na solução do caso). Só se alguém fosse se condenar em relação a isso. Não acredito porque a coisa foi muito bem feita.”
Se Sestário estiver certo, ou os corruptos do caso Flamenguesa foram mais espertos que o MP/SP, ou os responsáveis pelo inquérito cometeram prevaricação.