JORNALISMO INVESTIGATIVO

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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A IMPRENSA MENTE. CIDADÃO, CUIDE-SE E UNA-SE A NÓS.



Prezados leitores, a rodada final do Brasileirão 2013 expôs uma chaga da imprensa, um mal que não é exclusivo da imprensa brasileira, muito pelo contrário, existe nos quatro cantos do mundo.
A imprensa mente.
Cidadão, cuide-se, caso contrário formará sua opinião com base em mentiras.
Mente não só quando inventa algo que não ocorreu.
Ela mente, por exemplo, quando manipula a interpretação de um fato, levando o destinatário da mensagem ao erro.
Ela mente também quando omite fatos de interesse público, mente por esconder a verdade, pois o seu compromisso deve ser com a verdade e não com a notícia, como pregam alguns "jornalistas".
Mentiu quando omitiu a situação do Flamengo após ter escalado André Santos e prejudicou a Portuguesa.
A nossa sorte é que a imprensa também fala a verdade e, incontáveis vezes, corrige a própria imprensa.
No caso do Brasileirão estamos esperando que a imprensa denuncie a imprensa, para que a credibilidade na instituição seja restabelecida.
Nós denunciaremos, não tenham dúvida.
O mundo assiste aterrorizado o que está acontecendo no Maranhão, o estado dos Sarneys.
No meio desse contexto veio a mentira de que a "tortura nos presídios é uma herança da ditadura militar", uma falácia como tantas outras que se levantam contra o período. 
O desavisado que der ouvidos a turma que anda mandando no Brasil acabará concluindo que tudo de ruim que existe nessa democracia insipiente ou nessa cleptocracia galopante, como preferirem, nada mais é do que uma herança dos governos militares.
Um absurdo como mentem.
Eu gosto de ler Reinaldo Azevedo, embora leia com frequência bem menor do que a que gostaria. Não que concorde com tudo que ele escreve, discordo aqui e ali, mas ele tem sido uma voz de resistência contra alguns mentirosos que circulam entre nós.
É preciso resistir contra os mentirosos, sobretudo, os que formam a opinião pública, tendo em vista que somos um país com milhões e milhões de analfabetos funcionais, presas fáceis da imprensa que tenha interesse em manipular os fatos.
Quem teve a oportunidade de aprender a interpretar textos deve se alistar no exército de resistência, deve integrar a mídia do contragolpe, trazendo a verdade para o enfrentamento com a mentira, seja qual for o tema.
A imprensa omitiu a situação do Flamengo e prejudicou a Portuguesa. Eis a verdade.
As torturas no Brasil antecedem em muito aos governos militares. Eis a verdade.
Peço que leiam Reinaldo Azevedo:

"REVISTA VEJA 
08/01/2014 às 15:21 
A condescendência da democracia brasileira com a tortura e com a violência e uma grande impostura 
Por Reinaldo Azevedo 
Nunca deixou de haver tortura no Brasil. Nas cadeias, nos presídios, na justiça informal dos morros e das periferias. Se é difícil, e é, coibir a violência praticada nas margens da sociedade, é estupefaciente que o estado brasileiro tenha decidido se conformar com a barbárie de cada dia em instituições que estão sob a sua guarda, contra pessoas entregues a seus cuidados. É evidente que lugar de bandido é na cadeia — e o Brasil, muito especialmente o Maranhão, prende pouco. Só nefelibatas e cretinos ideológicos querem tratar presidiário como bibelôs. O ponto não é esse. É preciso que a cadeia seja, sim, um local de restrição de direitos. Mas tem de ser também um local de garantias. 
Grupos ideológicos dedicados a reescrever o passado estão empenhados, neste momento, em rever a Lei da Anistia — contra, diga-se de passagem, todos os mais sólidos fundamentos de um estado de direito. Nem entro nesse mérito agora (e já escrevi muito a respeito). Um dos argumentos supostamente hígidos do ponto de vista moral sustenta que a tortura nos presídios é uma herança deixada pela… ditadura militar. Trata-se de uma tese canalha, mentirosa, contra os fatos. Então essa gente não leu nem mesmo “Memórias do Cárcere”, do esquerdista (brilhante!, o maior prosador do modernismo brasileiro) Graciliano Ramos? Então não houve um Filinto Müller no Brasil? Então a ditadura do Estado Novo, comandada pelo tirano Getúlio Vargas, não matou e não esfolou nas prisões? Então não houve entre nós um gigante moral chamado Sobral Pinto? 
O advogado apelou à Lei de Proteção aos Animais para proteger o militante comunista Arthur Ernst Ewert — que tinha o codinome de Herry Berger — que viera ao Brasil para auxiliar Luiz Carlos Prestes na tentativa de golpe comunista de 1935. Preso, foi barbaramente torturado, o que levou Sobral Pinto — um militante católico e anticomunista ferrenho — àquela decisão: não encontrando na lei que protegia os homens uma forma de livrar seu cliente do horror, apelou à que protegia os bichos. Ewert só deixou a cadeia em 1947. Estava louco. Morreu num hospital psiquiátrico na Alemanha, em 1959. Não era flor que se cheirasse e não veio ao Brasil fazer nada que prestasse. O estado que o torturou, no entanto, era criminoso. 
Mentira! A tortura nos presídios não é uma herança da ditadura militar coisa nenhuma! É uma herança da truculência e do déficit democrático. Aí, sim! É asqueroso ver como, ao longo do tempo, da história, os ditos “progressistas” foram distinguindo a tortura inaceitável da aceitável. 
Há dias, li textos de alguns mistificadores saudando o fato de que uma escola pública havia decidido trocar de nome: de Emílio Garrastazu Médici para Carlos Marighella. Saía um dos generais da ditadura, entrava o militante comunista, autor de uma penca de crimes. Seu “minimanual” da guerrilha urbana recomenda explicitamente a prática de atos terroristas e o assassinato de soldados inocentes e considera que até os hospitais são alvos, digamos, “militares”. Ações planejadas e executadas por ele mataram e mutilaram inocentes. A delinquência esquerdopata, mesmo assim, aplaudiu a troca. 
Este é, afinal, o país que exalta a figura de Getúlio Vargas, este sim, à diferença dos militares, um ditador, digamos, unipessoal, um caudilho verdadeiro. A ditadura militar era um sistema; Getúlio era o nosso “condutor”. Matou, torturou, esfolou e… virou herói. Afinal, a história ideologicamente orientada fez dele depois um paladino do bem, esquerdista e nacionalista (santo Deus!), contra a suposta direita entreguista. Inventou-se até mesmo a farsa de que 1964 era apenas a reedição de 1954, como se o país tivesse passado dez anos numa espécie de “sursis”, à espera do… golpe! 
Bobagens dessa natureza serão produzidas aos montes neste 2014, nos 50 anos do golpe militar (Leia mais).

Juntos Somos Fortes!

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