Eu fiz uma representação junto ao Ministério Público após a realização de uma das operações da Polícia Federal no Rio de Janeiro contra o jogo dos bichos. Se a memória não está me traindo, isso ocorreu no ano passado. Durante a entrevista coletiva do delegado que comandou a operação, ele disse o que todos sabem: o jogo dos bichos alimenta outros crimes. Com base em tal afirmação e diante do fato do jogo funcionar livremente em cada esquina do Rio, eu noticiei que polícia e crime não podem conviver, isso acontecendo a decorrência natural é a corrupção policial.
O MP encaminhou para a Corregedoria da Polícia Civil onde foi instaurado um inquérito. Fui ouvido nos autos, onde ratifiquei o contido na representação.
Eu não sei o resultado do inquérito, mas a operação desta 4a feira, confirmou, mais uma vez, o que todos sabem no governo e na área da segurança pública em especial.
O GLOBO:
Delegado é afastado após prisão de investigador em ação contra Jogo do Bicho
RIO - Após a notícia da prisão do chefe do Grupo de Investigações Criminais (GIC) da 4ª DP (Praça da República) durante uma operação contra a quadrilha acusada de controlar o Jogo do Bicho no Centro do Rio, a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, anunciou o afastamento do delegado titular da unidade. Em nota, ela afirma que o afastamento é imediato:
Delegado é afastado após prisão de investigador em ação contra Jogo do Bicho
RIO - Após a notícia da prisão do chefe do Grupo de Investigações Criminais (GIC) da 4ª DP (Praça da República) durante uma operação contra a quadrilha acusada de controlar o Jogo do Bicho no Centro do Rio, a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, anunciou o afastamento do delegado titular da unidade. Em nota, ela afirma que o afastamento é imediato:
"A
chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, após ter tomado ciência da prisão do
chefe do Grupo de Investigações Criminais (GIC) da 4ª DP (Praça da República),
adotou como critério administrativo o imediato afastamento do respectivo
delegado titular, Henrique Pessoa", diz a nota: O chefe do serviço de investigações da 4ª DP
(Central) Weber Santos de Oliveira recebia mensalmente R$ 16 mil para passar
informações sobre investigações ao grupo que explorava o jogo do bicho. O
dinheiro era entregue pelo policial civil aposentado Alan Cardeque Manoel
Villela.
Pelo menos 18 pessoas foram presas nesta quarta-feira, em uma operação desencadeada pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e pela 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público contra uma quadrilha de bicheiros que atua na região da Central do Brasil, em partes do
Centro e em São Cristóvão, na Zona Norte. Policiais da Delegacia de Repressão
às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco/IE) cumprem 24 mandados de
prisão contra integrantes da cúpula da organização, entre eles policiais civis
e militares da região e também agentes da reserva. Segundo as investigações,
que começaram em janeiro deste ano, o lucro da quadrilha era de R$170 mil por
mês. Os bicheiros pagavam mensalmente R$ 30 mil em propina para policiais
envolvidos no esquema. Os policiais identificaram o contraventor Evandro Machado dos Santos, conhecido como Bedeu, de 53 anos, como o chefe da quadrilha de jogo do bicho. O filho dele, Alessandro Ferreira dos Santos, de 35 anos, também participava do esquema. Os dois foram presos na manhã desta quarta em casas diferentes de um condomínio de classe média alta no Recreio dos Bandeirantes, onde também morava o ex-goleiro Bruno Fernandes, acusado da morte da modelo Eliza Samúdio. Os dois possuem carros importantes e até um iate. Entre os presos, também está o capitão da Polícia Militar Anderson Luiz de Souza, chefe do serviço reservado (P2) do 5º BPM. A polícia chegou até o grupo após 14 apontadores do
jogo do bicho terem sido presos em uma operação no Centro e na Zona Sul. Foram
gravadas, com autorização da Justiça, mais de 180 horas de ligações telefônicas
feitas por 40 números diferentes. Durante a investigação, outros 11 apontadores
foram presos. Com as linhas grampeadas, os agentes descobriram como a quadrilha
agia na região da Central do Brasil, Gamboa, Saúde e também em São Cristóvão.
Os suspeitos subornavam policiais civis da 4ª DP (Central do Brasil), do 5º BPM
(Praça da Harmonia) e também da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro
da Providência para que não fossem realizadas ações de repressão ao jogo do
bicho (Leiam mais).
Juntos Somos Fortes!
Cel Paúl: o crime, aqui no RJ em particular, é business. Os criminosos ocupam altos cargos nos tres poderes e o varejo é das ruas é a parte visível. O sr imagina quantos chefes de quadrilha existem na ALERJ? E no Executivo?
ResponderExcluirCel Paúl: proteja-se com vários escudos e uma boa defesa, pois enfrentarás uma guerra no TJERJ!
Que DEUS o proteja!
O comandante da UPP não tinha nada hacer com isso né... Oficiais são blindados na polícia, critica isso também coronel
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