A nossa tendência quando conversamos sobre segurança pública
é minimizar a importância da participação dos municípios, o que é um grande equívoco.
Via de regra, resumimos a ação municipal na área à atuação da Guarda Municipal.
Na verdade as ações do Prefeito e da Câmara de Vereadores são importantíssimas
para que a população possa usufruir de uma segurança pública de boa qualidade,
algo que está muito longe de se concretizar no Rio de Janeiro.
O município atua na prevenção do crime, por exemplo, ao
providenciar a iluminação e o calçamento das ruas, permitindo aos motoristas
transitarem com segurança e com a velocidade compatível, o que não ocorre nas incontáveis
ruas escuras e esburacadas que forçam o trânsito em velocidade tão reduzida que
facilita a aça dos ladrões. Isso sem falar nos quebra molas gigantescos que
existem em algumas vias, os quais obrigam a parada e os radares (pardais) que
funcionam durante toda a madrugada. São ações simples que o município pode
desenvolver e contribuir para a segurança pública.
Por sua vez, a Guarda Municipal deve ser voltada para servir
e proteger o povo fluminense. A sua ação no trânsito, por exemplo, não pode estar
orientada para arrecadar e sim para orientar. Sendo certo que mudar os rumos da
GM-Rio, a instituição precisa passar por uma grande transformação que deve
começar pela desmilitarização e pelo comando próprio. Nada justifica a GM ser
conduzida como uma Polícia Militar em miniatura e ser comandada por um Coronel
PM, ainda mais do serviço ativo. A GM Rio está repleta de Oficiais da PMERJ que
deveriam estar nos quartéis e não na GM.
Nada conseguiremos em termos de mudanças na GM-Rio sem
valorizar e qualificar o Guarda Municipal. O comando próprio da instituição é
fundamental, isso valoriza o Guarda Municipal e permitirá que a GM tenha um
novo direcionamento comunitário, afastando-se de vez do militarismo. O salário é
ruim, não existe plano de carreira (a maioria dos GMs ainda está nos níveis
iniciais) e eles ainda não receberam os direitos trabalhistas devidos com a
passagem para a condição de estatutários.
Um tema polêmico precisa ser discutido, isso não pode
continuar sendo adiado. Os Guardas Municipais devem portar armamento ou não.
Primeiro, isso precisa ser discutido interna corporis, a opinião do GM é importantíssima,
tal mudança não pode ser simplesmente imposta de cima para baixo, como os
governantes fazem habitualmente. Em seguida, o tema deve ser discutido com a
população, pois o interesse público deve prevalecer. Neste ponto cabe destacar
algo nunca abordado quando o tema é tratado, o fato de ser possível colocar em
discussão que apenas parte da GM atue armada, apenas alguns serviços.
Por derradeiro, a segurança pública do Rio de Janeiro carece
de um melhor entrosamento entre a PMERJ e a GM-Rio, sendo comum observarmos PMs
e GMs atuando misturados e não coordenados, desperdiçando recursos humanos e
materiais.
Penso que tenha ficado claro que o Prefeito e os Vereadores
têm uma responsabilidade muito grande na promoção da segurança pública que a
população do Rio de Janeiro precisa e merece.
Contem comigo para a promoção das mudanças.
Juntos Somos Fortes!
Os Guardas Municipais não devem portar armamento. A Guarda Municipal deve ser destinada à proteção dos bens, serviços e instalações do Município.
ResponderExcluirA segurança pública do Rio de Janeiro é de responsabilidade da Polícia Militar. A PMERJ é um órgão da Administração Direta do Estado, cuja destinação se encontra definida pela Constituição Federal, Artigo 144, Inciso V e § 5º.
OS "SALÁRIOS JUSTOS" SERIAM MAIS OU MENOS ASSIM:
ResponderExcluirCoronel R$ 25.000,00
Tenente-Coronel R$ 23.000,00
Major R$ 21.000,00
Capitão R$ 18.000,00
1º Tenente R$ 15.000,00
2º Tenente R$ 13.000,00
Subtenente R$ 16.750,00
1º Sargento R$ 15.000,00
2º Sargento R$ 12.500,00
3º Sargento R$ 11.000,00
Cabo R$ 8.000,00
Soldado R$ 6.250,00
Os GMs devem usar armas, até para preservar suas vidas.
ResponderExcluirNa real? É melhor instituir logo a Polícia Municipal!