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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O INDISPENSÁVEL EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS NAS COMUNIDADES DOMINADAS PELOS TRAFICANTES DE DROGAS



Prezados leitores, o exmo Ministro da Defesa Raul Jugmann tem toda razão quando afirma que as Forças Armadas não podem usar seu poderio bélico para combater os traficantes de drogas que dominam centenas de comunidades carentes no estado do Rio de Janeiro, a letalidade das armas disponíveis provocaria um efeito colateral devastador, ceifando incontáveis vidas de moradores de bem e destruiria suas moradias.
Fatos inquestionáveis.
Apesar de concordar com essa opinião, penso que o exmo Ministro da Defesa está desfocado do problema central.
Eu defendo o emprego das Forças Armadas para retomada e ocupação das citadas comunidades carentes, mas não levanto essa bandeira por considerar que a questão seja o poderio bélico dos traficantes.
As Polícias Militar e Civil possuem armamentos que possibilitam esse tipo de enfrentamento, como demonstraram incontáveis vezes ao longo das últimas décadas.
Caso fosse esse problema as Forças Armadas poderiam continuar em seus quartéis.
O que não possuem as polícias estaduais é efetivo para retomar e manter uma ocupação pelo tempo necessário à urbanização das comunidades, as quais passariam a ser bairros populares com ruas que permitissem a execução do policiamento ostensivo pela Polícia Militar, algo hoje impossível, em face da existência em grande parte delas de becos e vielas, o que impede o policiamento e só permite a prática de ações de guerrilha urbana, atribuição que não é das polícias estaduais.
Penso que seja quase impossível reprimir o tráfico com eficácia sem urbanizar as comunidades, salvo melhor juízo.
As Forças Armadas, portanto, devem disponibilizar efetivo para as ocupações, que devem obedecer a um planejamento criterioso, tendo em vista que nem elas possuem efetivo para retomar e ocupar todas as comunidades carentes dominadas pelo tráfico.
A tarefa de restabelecer a hegemonia do Estado nas comunidades carentes do Rio de Janeiro é uma ação de longo prazo a ser feita gradativamente.
Reforçando meu posicionamento cito o fracasso completo das UPPs que teve no péssimo uso do efetivo da Polícia Militar um fator decisivo.
Cegos pelos interesses políticos e financeiros, o ex-governador Sérgio Cabral e seus assessores da área da segurança pública "formaram" Policiais Militares em grande quantidade, o que fez a qualidade da formação definhar. Aplicaram todos os jovens Policiais Militares nas UPPs e não recompletaram o efetivo dos batalhões operacionais.
Os resultados foram: comunidades carentes sem policiamento, ruas sem policiamento, aumento da violência e reeleição de Sérgio Cabral.
Diante do exposto, nos resta solicitar as autoridades federais que entendam que precisamos do efetivo das Forças Armadas e não do uso de fragatas, de tanques de guerra ou de caças bombardeiros.
Por derradeiro, no intuito de facilitar aos nossos leitores que não são militares, cito alguns dados numéricos com relação ao efetivo para melhor compreensão do problema.
Considerando que uma determinada comunidade carente necessite de 200 (duzentos) Policiais Militares durante todo o dia para manter adequadamente uma ocupação e aplicando no efetivo uma escala (ruim para os PMs) de 12 horas de trabalho por 24 horas de folga + 12 horas de trabalho por 48 horas de folga (o que parece uma escala 24 x 72 horas, mas não é), só essa comunidade "consumirá" 800 (oitocentos) Policiais Militares para compor as 4 (quatro) turmas necessárias. Isso sem considerar os militares de polícia que estariam afastados por férias, licenças médicas, etc.
Efetivo, exmo Ministro da Defesa, nós precisamos de efetivo e não temos como formar com qualidade milhares de novos Policiais Militares da noite para o dia, nem o governo tem como pagá-los dignamente, como ocorre com os atuais.
Fato inquestionável.

Juntos Somos Fortes!

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