O presente artigo é uma
obra de ficção. Baseado em fatos reais, faço nele vertiginosas ficções.
Fora do nosso sistema
solar existe um pequeno planeta habitado por um povo que guarda semelhança
conosco, os seres humanos. Lá o povo padecia, morrendo aos milhares por ano, em
razão de uma doença muito grave, contra a qual os cientistas não conseguiam
descobrir o remédio adequado, insistindo em drogas que não debelavam a doença
mortal, isso ano após ano, dirigente após dirigente. A doença era conhecida
pela sigla FUZIL.
Certo dia, um doutor
vindo de uma região distante, assumiu a direção do departamento de saúde de uma
importante área do planeta. Nascia novamente a esperança de cura.
No início da sua gestão
ele deu prosseguimento às ações dos seus antecessores e a doença continuou
existindo e matando, sobretudo em algumas regiões montanhosas, onde a epidemia se
instalou.
No meio do fracasso o
destino colocou no seu caminho um novo remédio que estava sendo testado em
algumas montanhas com relativo sucesso. O doutor não teve dúvida, assumiu a
posse do remédio e saiu espalhando o medicamento, dando prioridade às classes
economicamente mais privilegiadas do povo. Ali estava a salvação, pelo menos, a sua
salvação no departamento de saúde.
Criou para o remédio
uma sigla para facilitar a divulgação: SDPM.
Doses maciças de SDPM
eram jogadas nas montanhas.
O sucesso foi
retumbante e o doutor passou a ser o salvador da pátria. A imprensa do pequeno
país passou a publicar reportagens diárias sobre a cura e sobre o doutor, ambos
atingindo popularidade nunca vista. Ele ganhou prêmios em abundância.
Populações das
montanhas pareciam curadas e novas montanhas eram conquistadas, enquanto a
fábrica do medicamento se desdobrava na fabricação, dia e noite, sem parar, descuidando
do controle de qualidade.
No meio da festa, a imprensa
que apoiava incondicionalmente os dirigentes, não deu ouvido às poucas vozes
que alertavam que além das populações das montanhas não estarem curadas, pois a
doença continuava presente, muitos doentes estavam saindo sem serem
hospitalizados e estavam levando a doença para outras regiões, algumas que eram
anteriormente sadias, regiões onde não ocorria FUZIL, passaram a conviver com a
doença e seus efeitos mortais.
Não a bem que sempre
dure, nem mal que nunca se acabe.
Hoje, lá no pequeno
planeta, o doutor começa a perder prestígio. A própria imprensa que tanto o
elogiou, passou a divulgar que a doença FUZIL estava se espalhando por todo
planeta e que o remédio SDPM, fabricando em escala gigantesca, não estava
curando a doença FUZIL, além de apresentar efeitos colaterais.
O doutor poderá ficar
conhecido no planeta como sendo o inventor da cura que mata.
Juntos Somos Fortes!
Cel, sou totalmente contra o modo como a seg. publica tem sido guiada, mas, se tem algo que não se pode dizer é que a qualidade piorou. Há 11 anos eu incorporava nessas fileiras. Dei 30 tiros de 40 e NENHUM, NENHUM de fuzil. O que esperar de um preparo desse nível? A ausencia da prova de matemática decerto diminuiu a qualidade das pessoas, mas será que a polícia prepara melhor que há 10 anos?
ResponderExcluir