A divulgação de parte do contido no relatório do inquérito policial instaurada para investigar o desaparecimento do senhor Amarildo, morador da rocinha, foi um golpe muito duro no projeto das Unidades de Policia Pacificadora (UPPs).
Longe de generalizar, tomando o todo pela parte, o fato do relatório apontar como suspeitos dez Policiais Militares não mata o projeto, mas provoca um novo grande ferimento, sobretudo se considerarmos que se confirmado no poder judiciário, não será o primeiro caso de violência policial em UPPs, além dos casos de corrupção que já eclodiram.
Penso que o advogado da família do senhor Amarildo tenha sintetizado muito bem uma conclusão que começa a se desenhar, durante entrevista ao jornal Extra:
- (...) O que é mais duro é que os moradores continuam em poder do tráfico e agora com a polícia violenta, que sequestra e mata - comentou o advogado.
A acusação contra os PMs ainda precisa ser provada, tratarei dela em artigo apartado, mas que o tráfico continua atuando nas comunidades onde foram instaladas UPPs, isso é uma realidade. Portanto, se os Policiais Militares efetivamente se desviarem das suas missões de servir e proteger a população, passando a condição de opressores, os moradores serão vítimas dos crimes praticados pelo tráfico e dos crimes praticados pelo governo.
Eis o pior cenário possível para os moradores das comunidades “pacificadas”.
Juntos Somos Fortes!
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