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terça-feira, 29 de outubro de 2013

A GUERRA CIVIL DE BAIXA INTENSIDADE E SÃO PAULO EM CHAMAS

Prezados leitores, a insegurança pública crescente no Brasil, fruto da criminalidade, da onda de vandalismo que explode nas ruas a cada protesto popular e da total incapacidade dos governantes de manter a ordem pública, dá sinais que o país pode estar ingressando em uma "guerra civil de baixa intensidade".
Qual a sua opinião?
Para auxiliar nossa reflexão, transcrevo uma parte da entrevista do sociólogo Boaventura de Souza Santos, concedida ao jornal Folha de São Paulo:
"(...) 
Milhares foram às ruas no Brasil para protestar por diversas causas. Qual é a sua reflexão sobre o que ocorreu? 
Analiso os diversos movimentos que surgiram no mundo desde 2011: a primavera árabe, o ocuppy [Wall Street, nos EUA], os indignados no sul da Europa, o movimento contra a fraude eleitoral no México, o movimento estudantil do Chile e também os protestos no Brasil. Comparo 2011-2013 com momentos como 1968, 1917, 1848: momentos de movimentos revolucionários. 
O que os caracterizam fundamentalmente? 
São sinais de que, em muitos países, estamos a entrar num processo de guerra civil de baixa intensidade: uma grande agitação social porque as instituições não funcionam propriamente. Há uma deterioração das instituições, uma ideia de que a democracia foi derrotada pelo capitalismo. No sul da Europa isso parece muito claro, e as ruas e as praças são os únicos espaços onde o cidadão pode se manifestar (Leia a íntegra)".
Enquanto pensa, concordando ou discordando sobre a existência de uma "guerra civil de baixa intensidade" no Brasil, leia a matéria sobre os atos que ontem incendiaram São Paulo:
O GLOBO 
Vândalos interditam rodovia e queimam veículos em SP; cerca de 90 pessoas são detidas 
SÃO PAULO – Um novo protesto contra a morte do adolescente Douglas Martins Rodrigues, de 17 anos, vítima de um disparo no tórax após uma abordagem da Polícia Militar (PM) neste domingo, fechou na noite desta segunda-feira as pistas da Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, na região do Parque Novo Mundo, Zona Norte de São Paulo. Manifestantes atearam fogo em duas carretas, cinco ônibus e um carro parados na pista. Um grupo tomou um caminhão-tanque e percorreu a rodovia em alta velocidade com o veículo. Um homem foi baleado no protesto na Zona Norte e operado em um hospital da região. Segundo a Polícia Militar, cerca de 90 pessoas foram detidas. 
As chamas atingiram a rede elétrica e causaram a explosão de um transformador. Um outro grupo de manifestantes saqueou lojas da região usando carrinhos de lixo para arrombar as portas. Outros manifestantes foram para o Terminal de Cargas, na região do Parque Novo Mundo, onde tentaram saquear caminhões estacionados. A PM chegou ao local e usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. 
A rodovia Fernão Dias foi totalmente interditada na altura do km 86. Por volta das 20h, uma das pistas da Rodovia Fernão Dias, sentido São Paulo, foi liberada pouco depois das 20h, de acordo com a concessionária Autopista Fernão Dias. Havia nessa direção 5 quilômetros de lentidão, a partir do km 86. A outra pista, em direção a Belo Horizonte, permanecia bloqueada, e o congestionamento era de 4 quilômetros. Até as 22h35m, um dos sentidos da rodovia continuava bloqueada. (Leia mais). 
Juntos Somos Fortes!

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