JORNALISMO INVESTIGATIVO

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terça-feira, 29 de outubro de 2013

TERROR NA PACIFICAÇÃO, POLICIAL CIVIL NO CASO AMARILDO E MUDANÇAS NO SISTEMA POLICIAL

Ontem, a "pacificação" do Rio de Janeiro teve cenas de terror:
JORNAL EXTRA: 
Mochila com cabeça de marido de policial de UPP é deixada em frente à casa da família, diz PM (Leia mais).
Enquanto isso, o "Caso Amarildo" continua fazendo vítimas.
O corpo de Amarildo continua desaparecido, a morte continua presumida, mas as escutas telefônicas e os depoimentos das testemunhas divulgados pela imprensa seguem provocando estragos. Primeiro, o governo Cabral sofreu acusações contra suas principais ferramentas de propaganda na área da segurança pública: As UPPs e o BOPE, afetando a Polícia Militar. A notícia que transcrevo a seguir atinge a Polícia Civil.
A insegurança pública que vivemos no Rio de Janeiro é a maior justificativa e o melhor catalisador para provocar mudanças no nosso sistema policial, o qual é ineficiente, uma constatação de clareza solar. Mudar é urgente. Temos que ter o cuidado para que não nos vendam que para mudar o sistema temos que desmilitarizar as Polícias Militares. Sim, esse é um tema a ser discutido, mas temos outros significativamente mais importantes, tais como: a extinção das desnecessárias e ineficientes secretarias de segurança; o fim das meias polícias (Polícias Civis e Militares) com a introdução do ciclo completo em ambas; valorização e qualificação dos policiais; e a federalização da segurança pública, unificando todas as polícias brasileiras e não apenas as estaduais. 
"O GLOBO: 
Caso Amarildo: após operação que terminou com a morte de ajudante de pedreiro, policial civil negociou entrega de armas com traficantes 
Extra 
Em julho deste ano, pouco após o sumiço do pedreiro Amarildo de Souza na Rocinha, um homem que se identifica como policial civil negociou a entrega de armas do tráfico com um bandido. Numa escuta telefônica em poder da 15ª DP (Gávea), o homem pede a um traficante identificado como Juliano Ferreira de Medeiros, de 26 anos, o Espinha, que entregue armas à polícia para “deixar o morro em paz”. A ligação foi feita em 18 de julho, quatro dias após a sessão de tortura que terminou com a morte de Amarildo de Souza, e faz parte dos grampos da Operação Paz Armada. 
Em seguida, o traficante, um dos denunciados pelo Ministério Público na ação, responde que não entregaria o armamento, pois ele já teria dado fuzis para um PM da UPP da Rocinha infiltrado na quadrilha. Segundo o bandido, o policial “não apresentou as armas”. 
A denúncia do MP sobre o caso Amarildo revela que o ajudante de pedreiro foi torturado pelos policiais da unidade para entregar a localização de um paiol de armas na favela. De acordo com o documento, a “operação não atingiu o objetivo almejado, haja vista a insuficiente apreensão de material ilícito”. 
Horas depois da primeira ligação pedindo os armamentos, uma pessoa que se apresenta como delegado negocia com o traficante a entrega do corpo de Amarildo. O homem afirma que “a paz será selada” se o corpo aparecer. Como resposta, o bandido alega que “a morte do Boi (apelido de Amarildo) foi de responsabilidade da UPP do major”. Ele se referia a Edson Santos, ex-comandante da unidade, preso acusado pelo sequestro seguido de morte de Amarildo. 
A perícia da Polícia Civil em três das quatro viaturas do Bope que estiveram na Rocinha na noite da sessão de tortura deu positivo para a reação com luminol, o que indica que se trata de material orgânico. As amostras foram encaminhadas para novo exame para indicar a presença de sangue. O MP investiga se a tropa de elite retirou o corpo de Amarildo da favela. (Link)". 
Juntos Somos Fortes!

5 comentários:

  1. O problema da violência no Rio de Janeiro é crônico. As UPP´s não são a solução, não são a porta para o paraíso, mas são uma fresta, ou até mesmo uma janela para a conquista de um mínimo de padrão de bem estar das populações que fazem parte do projeto. Não adianta criticar se não há nada a acrescentar. A maioria das vezes, a falta de fundamento na hora de criticar o projeto das UPP´s visa unica e exclusivamente atingir a imagem pessoal de Sério Cabral. Até hoje, dentre todas as críticas que vi, nenhuma delas possui uma racionalidade nem fundamento que tenha uma forte consistência as perspectivas de melhoria de vida de milhares brasileiros. A morte de Amarildo mostra a realidade daquilo que foi feito para aquilo que dever ser feito. Elas precisam de aprimoramento. A maneira com a qual ocorreram as torturas e o desaparecimento do corpo comprovam o nível de cumplicidade e malícia que existe dentro da corporação da PM ainda. Não adianta vir culpar o Cabral por algo que é fora de seu controle pessoal. A implementação dessas estratégias coube sim a decisão dele, mas não podemos nos levar pelo caminho do retrocesso. 25 policiais, agindo por conta própria foram responsabilizados pelo crime, que segundo nossa constituição é inafiançável e imprescindível dado sua natureza grotesca. As UPP´s representam uma oportunidade para aqueles que sempre estiveram fora estarem dentro. A morte da Amarildo é uma situação política nova e abriu um precedente perigoso. Porém, o progresso é inegável e muito grande. Não se pode abrir caminho para o retrocesso.

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  2. Coronel Paul, não permita que ninguém desqualifique ou abaixe o nível que sempre manteve no seu facebook. Se isso ocorrer prova que perdeu totalmente a noção de tudo. O nível de suas postagens sempre foram incontestáveis

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  3. Grato pelos comentários.
    Quem defende o projeto das UPPs, exerce um direito, porém demonstra que desconhece o projeto e desconhece o sentido da expressão "segurança pública".
    Eu não tenho tempo para exercer um controle sobre a publicação de terceiros na minha página do facebook. Ferramenta que utilizo para divulgar ideias.
    Juntos Somos Fortes!

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  4. As vezes me parece que quem não sabe sobre segurança pública é você, mas é normal, a maioria da galera da velha guarda da PM não sabe mesmo sobre esse assunto.

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  5. Grato pelo comentário.
    Anônimo (15:18) respeito a sua opinião, talvez eu não saiba nada sobre segurança pública. Eu sei que não sei tudo sobre segurança pública, isso é fato. Gostaria de conhecer as suas opiniões sobre o tema, preferencialmente, com você se identificando. Isso considerando que se criticar já é tarefa fácil, mas simples se torna na condição de anônimo. Postarei com prazer suas opiniões.
    Por favor, cite um exponente da nova geração de policiais no tema em questão, gostaria de aprender com ele.
    Indique o conhecedor "nova guarda"
    Juntos Somos Fortes!

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