Prezados leitores, bom dia!
JORNAL EXTRA:
A
culpa é dos mocinhos'
Difícil
de reconhecer, o delegado Hélio Luz, que foi chefe da Polícia Civil fluminense
de 1995 a
1997, circula incógnito pelas ruas do Rio. Aos 66 anos, sem barba, cabelos
curtos e bem magro, aproveita a aposentadoria levando uma vida tranqüila,
alternando-se entre Rio e
"Como eu vou acreditar nas UPPs se os DPOs
nunca deram certo?"
Porto
Alegre, sua cidade natal. Longe do poder, mas nunca das polêmicas, Luz não
acredita que as UPPs vão dar certo. Além disso, atribui a culpa pela
criminalidade aos "mocinhos", ou seja, os integrantes do sistema de
segurança do estado.
Como o senhor avalia a atual política de segurança
pública do Rio?
A
verdade é que essa política não existe. Tudo é feito no imediatismo, afinal de contas,
o Brasil é o país do improviso. O que existe é uma política de segurança desse
governo, feita para durar quatro anos, e não uma política para a sociedade, a
médio e longo prazo.
Mas e as Unidades de Polícia Pacificadora? Não são
algo planejado?
Não.
Se fosse planejado, a Polícia Militar teria feito primeiro o dever de casa, que
é saber controlar a sua tropa. Ela mesma reconhece o descontrole interno, que
há corrupção. Esse controle é o primeiro passo e não foi feito. Então, foi
improvisado mais uma vez.
A decisão de entrar no Alemão foi correta?
Acabou
sendo porque deu certo. Um improviso que acabou funcionando. A população de lá
deve estar boquiaberta, nunca teve saúde, transporte. E agora ganha teleférico.
É incrível.
E a situação do Alemão?
Com
o tempo, essa ocupação não resiste. Tá aí, já metralharam (a sede da UPP). Não
tem eficiência. Eu não sou crítico dessa política. Quem está na linha de fogo é
que sabe como o negócio é complicado. Eu só tenho uma percepção diferente.
Como o senhor avalia as UPPs?
Eu
realmente gostaria que o programa desse certo, mas elas são a reprodução de
algo que já conhecemos, os Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPO), que
já existem há mais de 40 anos, e não deram certo por causa da corrupção. A
idéia é a mesma: alocar policiais numa área geográfica. Como vou acreditar na
UPP se os DPOs nunca deram certo?
Então, se não é a UPP, qual é a solução para o
tráfico?
O
problema é que a UPP é a política voltada para o enfrentamento dos bandidos.
Mas acho que se nós temos que ter atenção com os mocinhos. Assim, teríamos de
fato uma redução de criminalidade de longo prazo. Gostam de dizer que a
criminalidade no Rio é resultado da ação dos denominados bandidos. Mas, para
mim, é culpa dos mocinhos, porque eles é que são os verdadeiros bandidos.
Juntos Somos Fortes!
...e esse paspalho... foi "mocinho" ou bandido?
ResponderExcluirPiso salarial do PM e do BM deveria ser de R$ 2.519,97
ResponderExcluirO Salário Mínimo Necessário, referente ao mês de Julho de 2012, foi estimado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em R$ 2.519,97 (DOIS MIL, QUINHENTOS E DEZENOVE REAIS e noventa e sete centavos).
http://www.dieese.org.br/rel/rac/salminMenu09-05.xml
Este valor é levantado conforme determina a lei que estabeleceu o Salário Mínimo, o Decreto Lei 399 e a Constituição Federal em seu artigo 7º, inciso IV.
Pagar dignamente não é um favor, é obrigação, senhor Governador!