JORNALISMO INVESTIGATIVO

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domingo, 5 de agosto de 2012

EX-CHEFE DA POLÍCIA CIVIL CONCORDA COM CORONEL PM PAÚL, NÃO EXISTE POLÍTICA DE SEGURANÇA NO RIO



Prezados leitores, bom dia!
JORNAL EXTRA:
Ex-chefe de Polícia Civil diz que não há crime sem "acerto" e critica UPP 
A culpa é dos mocinhos'
Difícil de reconhecer, o delegado Hélio Luz, que foi chefe da Polícia Civil fluminense de 1995 a 1997, circula incógnito pelas ruas do Rio. Aos 66 anos, sem barba, cabelos curtos e bem magro, aproveita a aposentadoria levando uma vida tranqüila, alternando-se entre Rio e
"Como eu vou acreditar nas UPPs se os DPOs nunca deram certo?"
Porto Alegre, sua cidade natal. Longe do poder, mas nunca das polêmicas, Luz não acredita que as UPPs vão dar certo. Além disso, atribui a culpa pela criminalidade aos "mocinhos", ou seja, os integrantes do sistema de segurança do estado.
Como o senhor avalia a atual política de segurança pública do Rio?
A verdade é que essa política não existe. Tudo é feito no imediatismo, afinal de contas, o Brasil é o país do improviso. O que existe é uma política de segurança desse governo, feita para durar quatro anos, e não uma política para a sociedade, a médio e longo prazo.
Mas e as Unidades de Polícia Pacificadora? Não são algo planejado?
Não. Se fosse planejado, a Polícia Militar teria feito primeiro o dever de casa, que é saber controlar a sua tropa. Ela mesma reconhece o descontrole interno, que há corrupção. Esse controle é o primeiro passo e não foi feito. Então, foi improvisado mais uma vez.
A decisão de entrar no Alemão foi correta?
Acabou sendo porque deu certo. Um improviso que acabou funcionando. A população de lá deve estar boquiaberta, nunca teve saúde, transporte. E agora ganha teleférico. É incrível.
E a situação do Alemão?
Com o tempo, essa ocupação não resiste. Tá aí, já metralharam (a sede da UPP). Não tem eficiência. Eu não sou crítico dessa política. Quem está na linha de fogo é que sabe como o negócio é complicado. Eu só tenho uma percepção diferente.
Como o senhor avalia as UPPs?
Eu realmente gostaria que o programa desse certo, mas elas são a reprodução de algo que já conhecemos, os Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPO), que já existem há mais de 40 anos, e não deram certo por causa da corrupção. A idéia é a mesma: alocar policiais numa área geográfica. Como vou acreditar na UPP se os DPOs nunca deram certo?
Então, se não é a UPP, qual é a solução para o tráfico?
O problema é que a UPP é a política voltada para o enfrentamento dos bandidos. Mas acho que se nós temos que ter atenção com os mocinhos. Assim, teríamos de fato uma redução de criminalidade de longo prazo. Gostam de dizer que a criminalidade no Rio é resultado da ação dos denominados bandidos. Mas, para mim, é culpa dos mocinhos, porque eles é que são os verdadeiros bandidos.
Juntos Somos Fortes!

2 comentários:

  1. ...e esse paspalho... foi "mocinho" ou bandido?

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  2. Piso salarial do PM e do BM deveria ser de R$ 2.519,97

    O Salário Mínimo Necessário, referente ao mês de Julho de 2012, foi estimado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em R$ 2.519,97 (DOIS MIL, QUINHENTOS E DEZENOVE REAIS e noventa e sete centavos).

    http://www.dieese.org.br/rel/rac/salminMenu09-05.xml

    Este valor é levantado conforme determina a lei que estabeleceu o Salário Mínimo, o Decreto Lei 399 e a Constituição Federal em seu artigo 7º, inciso IV.

    Pagar dignamente não é um favor, é obrigação, senhor Governador!

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