Eu não sou um torcedor que acompanha e a vida interna do clube, faço questão de destacar esse fato, pois considero isso um forte limitador para a formação de opinião sobre o time que vemos em campo.
As minhas opiniões são restritas ao que observo do Fluminense em campo, apenas isso.
O primeiro ponto que percebo com clareza é a limitação técnica de boa parte dos jogadores, algo que confesso não entender, considerando que as passagens pelas divisões de base dos clubes deveriam lapidar pelo menos a qualidade técnica, mas isso não ocorre com eficiência. Vejo no Fluminense e em outros clubes jogadores atuando no time principal que não dominam fundamentos técnicos. Não sabem dominar a bola, driblar, dar passes, chutar, entre outros. Isso considero inexplicável.
Sim, o elenco limitado é um fato, mas isso pode ser solucionado por uma boa gestão por parte da presidência e da diretoria através de negociações, como pode ser melhorada a qualidade técnica de alguns jogadores com os treinamentos específicos.
No tocante ao aspecto estratégico, os erros também podem ser corrigidos, sobretudo a respeito do Fluminense ter uma única estratégia quando sai com a bola a partir do goleiro. Destaco que é válido, sempre foi, diga-se de passagem, sair jogando trocando passes a partir da defesa, desde que o adversário não esteja marcando por pressão. Tal postura do adversário obriga a alternância estratégica afastando a bola da nossa área, através da execução do tiro de meta.
Inexplicavelmente, o Fluminense não altera a sua estratégia e tenta sair tocando da defesa mesmo com todos os seus defensores sendo apertados pelos atacantes adversários, isso é uma postura suicida.
Isso é de fácil correção.
Outro aspecto estratégico questionável ocorre quando o Fluminense é atacado e todos voltam para marcar. O time todo fica acuado entre a linha de fundo e a entrada da área, isso é absurdo, pois impede qualquer disputa pelas bolas rebatidas e inviabiliza o contra-ataque.
Outro equívoco de fácil solução, acabando com o "voltam todos" e mantendo pelo menos dois jogadores nas proximidades da linha do meio de campo para disputarem as rebatidas e criarem a possibilidade de contra-ataques.
Ver Cano na nossa pequena área beira o surrealismo, por exemplo.
Observem que essa postura tática tem respaldo até na matemática. No instante que sendo atacados, mantemos dois jogadores pelo menos, nas proximidades do meio campo, isso obriga que o adversário mantenha quatro no seu campo de defesa. O goleiro e três marcadores. Logo sobram seis para nos atacar, enquanto temos oito para defender. Hoje, frequentemente, somos atacados por dez adversários.
É hora de qualificar o elenco, não apenas aumentá-lo.
É hora de sanar as deficiências técnicas, antes tarde do que nunca.
É hora de mudar estratégias, basta de ser "sparring" e suicida.
Tudo isso é factível.
Saudações tricolores!
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