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domingo, 20 de novembro de 2022

A EXISTÊNCIA DO "ISENTÃO" É UMA FAKE NEWS?



O termo "isentão" circula pelas redes sociais de forma depreciativa, sendo associado a uma postura tida como "covarde", em razão do eleitor não optar publicamente em qual dos lados vai votar ou votou, "ficando em cima do muro", como se costuma dizer.

Respeito tal opinião sobre os eleitores que não declaram publicamente o seu voto, afinal opinião cada um tem a sua e a única liberdade absoluta é a do pensamento, mas não posso concordar.

Vou tentar fundamentar a minha discordância.

No Brasil o voto é um dever, sendo obrigatório o comparecimento e a ausência deve ser justificada.

O voto além de obrigatório é secreto, para garantir o livre exercício do ato de votar.

Logo, nada justifica que o eleitor tenha que declarar publicamente em quem vai votar ou votou.

Declara quem quiser.

Quem não declara antes ou depois não merece crítica pois está exercendo um direito.

Esgotada a parte da infundada necessidade da publicidade, passo a tratar do muro.

Nas eleições majoritárias temos vários candidatos, sendo que na última existiu novamente uma polarização entre dois candidatos à presidência da república, por exemplo, um de cada lado do muro.

A eleição foi para o segundo turno entre esses candidatos.

No cenário desse segundo turno existiam eleitores dos dois candidatos, dos outros candidatos, além dos eleitores que votaram em branco e dos que anularam o voto.

Nesse quadro criaram o termo "isentão", significando que não escolheu um dos candidatos, como se fosse obrigatório que todos aqueles que não votaram nos dois candidatos no primeiro turno tivessem a obrigação de escolher um dos dois no segundo turno.

Como assim?

Exigir isso é uma violência sem qualquer fundamento minimamente aceitável.

É uma invasão no direito de milhões de eleitores que não queriam nem um, nem outro.

Seria como exigir para eles a obrigação de escolherem o que considerassem o menos pior.

Isso é absurdo e antidemocrático.

Vale lembrar que ao longo da campanha é natural que se tente convencer outros eleitores a votarem no nosso candidato preferido, mas após a escolha feita por ele, ela deve ser respeitada.

Não existe isso de "isentão", o que existe são eleitores que optaram por não votar em nenhum dos dois, em votar em branco ou em anular seu voto.

É isso!

Juntos Somos Fortes!

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