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terça-feira, 6 de junho de 2023

FUTEBOL - FALTA NÃO É DO JOGO, É O ANTIJOGO



No primeiro momento o tema parece não ter relevância, mas me arrisco o colocando em discussão.

Penso que exista uma confusão com relação à prática de faltas (infrações às regras), tanto no futebol, quanto nos outros esportes, que leva a afirmação que considero incorreta: FALTA É DO JOGO!

Tal equívoco deve ser resultado do fato de faltas ocorrerem durante os jogos, o que provoca uma incorporação indevida à normalidade do jogo.

Respeitando todas as opiniões, tomo por base o fato de que sendo punível, toda falta (infração) não faz parte do jogo propriamente dito.

Em um jogo totalmente dentro das regras não ocorreria nenhuma falta, algo que não tenho notícia de ter ocorrido no futebol profissional.

Não custa lembrar que sempre que a arbitragem identifica uma ação fora das regras deve marcar a falta e qualificá-la.

No caso do futebol, por exemplo, pode não ser aplicado cartão, aplicada uma advertência (cartão amarelo) ou uma exclusão da partida (cartão vermelho).

Nas três situações o jogo é interrompido, ou seja, o antijogo foi praticado.

Em síntese, a falta é cometida exatamente para o jogo não ter a sua continuidade normal, sendo assim a FALTA NÃO É DO JOGO.

Tenho consciência que esse tema não teria maior relevância, exatamente por faltas ocorrerem em todos os jogos e serem praticadas por jogadores de todos os times de futebol, isso são fatos.

O problema que alguns clubes utilizam o conjunto de faltas para impedir que o outro time possa jogar, o que passou a constituir uma estratégia de jogo, uma fora das regras.

Isolada a falta produz efeitos menores, independente da qualificação da punição, mas em conjunto, caso não exista uma pronta intervenção da arbitragem ao identificar o uso como estratégico, as faltas podem tornar um time quase que imbatível, pois só ele joga, não deixa o outro jogar.

Tal quadro já aconteceu incontáveis vezes no futebol brasileiro e o Fluminense tem sido vítima recentemente.

A imprensa esportiva até conseguiu emplacar uma expressão para dar validade a tal conduta antijogo: FALTA TÁTICA!

O que significa usar as faltas como tática de jogo, o que é um absurdo.

Usado como estratégia, o antijogo, deve ser combatido severamente.

Concluo reafirmando minha posição, falta ocorre nos jogos, mas FALTA NÃO É DO JOGO!

Saudações tricolores!

Paulo Ricardo Paúl

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