JORNALISMO INVESTIGATIVO

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O PONTO COMUM ENTRE AS CHACINAS DE VIGÁRIO GERAL, DA CANDELÁRIA E OS CASOS PATRÍCIA ACIOLI E AMARILDO



Prezados leitores, tudo indica que está nascendo um ponto comum entre as chacinas de Vigário Geral,  da Candelária e os casos do assassinato da juíza Patrícia Acioli e do desparecimento de Amarildo, um morador da Rocinha: a prisão de Policiais Militares sem as indispensáveis provas.
Nas chacinas isso já ocorreu, o tempo comprovou.
No caso do assassinato da juíza Patrícia Acioli existem fortes indícios de que isso voltou a ocorrer.
E, pode ocorrer no caso Amarildo.
Via de regra o que leva o Estado a cometer essa gravíssima violação de direito, ou seja, cercear a liberdade de um cidadão (Policial Militar) sem provas, via de regra, começa por erros no curso da investigação policial, sobretudo quando as provas testemunhais são as direcionadoras do processo de culpabilidade dos Policiais Militares.
É a supremacia da prova "prostituta" (testemunhal) direcionando conclusões para levar cidadãos (Policiais Militares) a serem  presos (e condenados) sem que existam provas técnicas que confirmem o contido em depoimentos (acusados, acusadores e testemunhas).
Quem não lembra da atuação de Ivan Custódio na Chacina da Candelária?
Sugiro aos mais novos que pesquisem na internet.
Segundo consta Ivan Custódio era informante da Polícia Civil, o apelidado X-9, inclusive participava de operações policiais. Ele vivia do denominado "espólio de guerra". Era tão presente que muitos o consideravam como sendo um Policial Civil.
Ivan soltou o verbo e saiu fazendo declarações que levaram mais de vinte Policiais Militares a serem presos.
Dava detalhes e era verborrágico na citação de nomes.
Usaram e abusaram da fonte.
O resultado?
Inocentes presos.
Vidas destruídas.
Nós escrevemos várias vezes que em razão da nossa experiência na área correcional, aprendemos que quando existem muitos Policiais Militares sendo acusados, as chances são enormes de ocorrerem erros de avaliação.
No caso do Amarildo temos mais de 20 (vinte) PMs sendo investigados, alguns já estão presos há muito tempo, a chance de existirem inocentes nesse grupo deve ser considerada, cabendo ao Ministério Público e aos defensores dos Policiais Militares zelarem pela salvaguarda daqueles contra os quais não existem provas suficientes para a condenação.
No que diz respeito ao assassinato da juíza Patrícia Acioli, onde temos 11 (onze) Policiais Militares condenados pelo assassinato, podemos estar diante de um "novo" Ivan Custódio, tendo em vista que o depoimento de um dos Policiais Militares condenados é a prova principal contra a maioria dos acusados.
Isso é perigosíssimo. 
É o primeiro passo para a injustiça.
Nós estamos encerrando a publicação dos vídeos nos quais o Coronel PM Paúl fez comentários sobre as investigações e os julgamentos do caso Patrícia Acioli, solicitamos a especial atenção dos frequentadores desse espaço democrático para os temas que foram e que serão abordados, pois existem fortes indícios do Estado estar repetindo o erro que praticou nas chacinas de Vigário Geral e da Candelária.
Se estivermos com a razão, precisaremos nos mobilizar para a reversão dos erros cometidos pelo Estado nesse caso e para evitar que o Estado erre também no caso Amarildo.
Infelizmente, como também escrevemos incontáveis vezes, os Policiais Militares do Rio de Janeiro perderam a PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA", um direito de todo cidadão brasileiro.
Basta alguém acusar um Policial Militar para ele ser antecipadamente considerado culpado.
É o prejulgamento!
É a condenação antecipada.
Uma condenação materializada antes do julgamento por meio da imprensa, que entrevista delegados e promotores, tornando público inquéritos que são por natureza sigilosos, assim o processo de condenação se antecipa.
Os 11 (onze) Policiais Militares acusados pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli chegaram nessa condição diante do Tribunal do Júri.
Não custa lembrar que nós, Coronéis da Polícia Militar, ativos e inativos, somos os defensores dos direitos e das prerrogativas dos integrantes da instituição.
Somos os defensores da identidade e dos valores institucionais.
Não podemos nos calar diante de qualquer violação contra os nossos.
Os que se omitem desse DEVER demonstram que não aprenderam ao longo da carreira o sentido do que é ser Coronel de Polícia Militar.
Apenas usaram o título, vestiram as fardas, receberam as honrarias e as gratificações.

Juntos Somos Fortes!

12 comentários:

  1. Vcs Coronéis estão recebendo até demais para não fazer nada pela Tropa.
    No Caso Amarildo , O Major foi Absolvido pela Justiça Militar, Mais os Praças Não. Se tem Praça Preso, tem que ter Oficial também.

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    1. Não generalize. Nem todos os Soldados são iguais, nem todos os Coronéis são iguais. Fica a dica.
      Grato pelo comentário.

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    2. O poder concedido aos oficiais é melhor do que o salário. Na justiça militar estadual oficial tem status de" juiz militar".Hã?! É, a escola de oficiais da PM é tão boa que, não bastasse fazer deles uma espécie de deus, também os tornam juízes que influenciam a decisão do Juiz de Direito militar. Quer conseguir condenar oficial pela justiça militar? Raramente conseguirá. Carta patente é o grande lance para não desmilitarizar a polícia. E muita gente, não só oficiais, quer mantê-la militar para poder continuar usando-a com acordos que agilizam carreiras de oficiais. Deveria existir uma lei que proíba usar policiais fora da instituição policial. Nada de policiais cedidos a Prefeituras, TJ, TRE, ALERJ, MP, SEGOV ou qualquer órgão estranho. Lugar de PM é na PM que está sem efetivo. Pois é, ninguém fala dess assunto. Verdadeira troca de favores: tu me ajudas, eu te ajudo (oficiais). A PM virou segurança privada, onde apenas alguns iluminados conseguem ter os seus serviços. Então continuemos com este modelo manipulável de polícia porque é ótimo! Falam em amar a verdade, hipócritas, mas não falam que permitiram acabar com a PM ao longo dos anos porque se aliaram a políticos e empresários, ou seja, ao interesse do próprio bolso. Aí vem com esse papo de amar a verdade, amar, a instituição...

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  2. é lamentavel tudo isso.

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  3. Prostituta das provas... e o que me diz do disque-denúncia que na PM tem valor de documento "de inteligência"? Minha mãe já dizia: no dos outros é refresco.

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  4. achincalharam a base da pirâmide,influenciando na própria perda de poder.Agora até GMs tem poder de polícia.Estamos perdendo espaço e um dia seremos extintos. Se os coronéis não fizerem algo vão ficar para traz comendo migalhas e nós praças na pior ainda. em vez de ficar discutindo tá na hora do alto escalão fazer alguma coisa pq ficarão com uma miséria de aposentadoria. Vai ter GM esculachando até coronel. Estamos a beira da extinção.

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    1. A PRIMEIRA coisa a ser feita é voltar a policiar as ruas, ser polícia ostensiva; A SEGUNDA é afastar a corporação das garras dos políticos, quem quiser usar a PM que a use nos termos da CFRB; A TERCEIRA é afastar o pensamento de que somos uma polícia somente para fazer operação, apreensões e flagrantes, pois somos a polícia preventiva e o nosso cliente é o cidadão, e não o traficante; A QUARTA é colocar supervisões para atuar diuturnamente junto ao policiamento, tirando os oficiais de dentro dos gabinetes; A QUINTA é cada um no seu quadrado, Sd e Cb são essencialmente os elementos de execução, retiremos esse monte de apadrinhado do conforto e coloquemo-nos para cumprirem a missão do policial militar; A SEXTA é resgatar esse imenso efetivo trabalhando em outros órgãos (adidos/à disposição/fantasmas) enquanto na PM só tem PM em UPP; A SÉTIMA é (voltando cada qual ao seu quadrado) deixar de querer ser igual ao pato (nada, anda e voa, tudo mal feito) entrando na missão de outras instituições para aparecer e apanhar de todo mundo (mídia, povo, políticos): PM não é creche, não é psicólogo, não é circo, não é baile funk, não é produtor de vídeos e imagens para a mídia, não é padre nem pastor nem pai de santo, não é socorrista, não é mecânico, não é perito e também não é delegado... É apenas o responsável em evitar que o crime ocorra, o preservador de local de crime e o repressor imediato quando houver flagrante.

      Quem sabe assim conseguiremos reverter a situação que está levando a PM à ruína (não me refiro à desmilitarização, pois é certa, mas sim ao "achincalhe" que denigre a sua imagem e fere a sua alma).
      Sgt Foxtrot

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  5. É ! MAIS E O OFICIAL?

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  6. Boa tarde.
    Posso dizer com toda a convicção q Paúl está certo no q se trata do conhecido "caso amarildo". Mas, como já disse não há um injustiçado ou um grupo, ali todos estão presos sem provas, a prisão é sim autoritária e de cunho ESSENCIALMENTE político.
    Ah! se vcs soubessem...

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  7. Deveriam ter se preocupado em fazer o feijão com arroz da PM bem feitinho, mas foram na conversa de alguns tenentes-coronéis frustrados que queriam ser delegados, e nunca conseguiram, acabaram embarcando no sonho de equiparação com os Delpols e permitiram que a GM ganhasse o espaço que a PM negligenciou. A tendência é a extinção do nome PM no país inteiro.

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  8. SOMOS INTELIGENTES E POUCO RACIONAIS _________________________ https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xap1/t31.0-8/s960x960/10580963_729402157128885_1024626682519503671_o.jpg

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