Prezados leitores, o sistema carcerário brasileiro vai muito mal há muito tempo.
Rebeliões sempre ocorreram, isso com maior ou menor número de mortos.
Tudo indica que continuarão.
Controlar essa infecção generalizada não será tarefa fácil, ao contrário, hoje parece impossível.
"DEFESANET
15 de Janeiro, 2017 - 00:30 ( Brasília )
Gen Sergio Etchegoyen - Vivemos uma crise moral
Para o general Sergio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, problema carcerário é apenas um na infecção generalizada vivida pelo sistema
Thiago Bronzatto e Felipe Frazão
Pouco antes de embarcar para Portugal, na segunda-feira passada, o presidente Michel Temer convocou o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General-de-Exército Sergio Etchegoyen, para uma reunião na Base Aérea de Brasília. Queria informações atualizadas sobre a crise nos presídios. Etchegoyen tem sob seu comando a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), o serviço secreto do governo.
Ainda no ano passado, ele alertou Temer sobre o risco de explosão da violência nas prisões do país. Menos de dois meses depois, vieram os massacres em Manaus e Boa Vista, que deixaram 93 presos mortos. Gaúcho, 64 anos, o general ingressou no Exército em 1971. Uma de suas principais missões se deu em 2016, já no GSI: ele coordenou as ações antiterrorismo durante a Olimpíada do Rio.
Na entrevista a seguir, concedida em seu gabinete, no 4º andar do Palácio do Planalto, Etchegoyen traçou um quadro sombrio da segurança pública no Brasil, contou segredos do trabalho nos Jogos do Rio e fez uma acusação: o governo Lula retirou as câmeras de segurança do Planalto.
O senhor alertou sobre a guerra entre as facções, mas o governo não fez nada. Por quê?
Eu vinha alertando sobre o fato de o foco explosivo da criminalidade estar nos confrontos das facções. Temos hoje uma constelação de facções, com duas ou três grandes estrelas. Esses grupos se ajustam em associações de ocasião. Quando a expansão começa a virar disputa de mercado pelo negócio ilícito, resulta no que resultou. Mas esses problemas não se limitam aos presídios.
Eles podem acontecer nas ruas também. Não quero diminuir a tragédia, mas, se focamos apenas os presídios, perdemos o todo (Leiam mais)".
Juntos Somos Fortes!
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