Prezados leitores, publicamos novo artigo da socióloga Maria Lucia Victor Barbosa.
O EXORCISMO
Maria Lucia Victor Barbosa
25/04/2016
O
exorcismo é uma cerimônia religiosa na qual se esconjura o demônio ou
espíritos maus. Utilizada pela Igreja Católica e muitas outras religiões
já apareceu em forma de ficção em filmes que revolveram crenças e medos
antigos.
O
primeiro destes filmes, “O Exorcismo”, teve enorme sucesso. Na história
morreram três padres que tentaram livrar uma adolescente do obsessor
medonho que a atormentava e a transformava numa figura hedionda. As
pessoas que assistiram o enredo, mesmo sem crença nos ardis do demônio,
quedaram horrorizadas.
Mais
recente, o filme “O Ritual” não foi menos aterrorizante. Conta que um
jovem padre foi enviado ao Vaticano para aprender o ritual do exorcismo.
Mas ele não crê no demônio e sua fé em Deus é vacilante. Todavia, o
sacerdote assistiu aulas de um vaticanista, o qual ensinou que, ao final
da cerimônia o condutor deve obrigar o demônio a dizer seu nome para
que a vítima seja libertada.
Dito
isso façamos uma analogia, isto é, “um ponto de semelhança entre coisas
diferentes” e, simbolicamente conclamemos o exorcismo político do PT
(Partido dos Trabalhadores ou Partido das Trevas).
Para
melhor embasar essa analogia nada como citar um dos mais conceituados e
brilhantes sociólogos, o alemão Max Weber, que em um dos trechos de “A
Ciência como Vocação” afirmará:
“Cuidado,
o diabo é velho; envelhecei também para compreendê-lo. Isso não
significa a idade, no sentido da certidão de nascimento. Significa que
se desejarmos haver-nos com esse diabo teremos de não fugir à sua
frente, como gostam de fazer tantas pessoas hoje. Em primeiro lugar,
temos de perceber-lhe os processos , para compreender seu poder e suas
limitações”.
Como
processo o PT foi fundado numa propositada ilusão e se transformou numa
farsa danosa ao país. Iludiu incautos com a promessa mentirosa de ser o
único partido ético, para depois institucionalizar a corrupção.
Atribui-se uma ideologia de esquerda devidamente adaptada aos desígnios
de poder de seus dirigentes, através da qual destilou o ódio entre ricos
e pobres, negros e brancos. Simulou democracia para chegar ao
totalitarismo que é sua essência. O fundamento de sua força foi a
mentira e como o diabo inverteu os sinais confundindo a noção entre
certo e errado. Glorificou a criminalidade. Justificou a imoralidade.
Introduziu o abominável “politicamente correto”. Estimulou a ganância
de seus adeptos e os seduziu com a vaidade dos cargos. Uniu-se à escória
política do País. Simulou o que não era. O ódio, o rancor, a intriga,
violência foram suas armas para destroçar os adversários transformados
em inimigos.
Esse
Partido das Trevas se metamorfoseou na seita dos adoradores da
“serpente do mal” ou jararaca, uma falsa divindade que se sentiu acima
da lei e do comum dos mortais. Embriagado com tanto poder a jararaca
estava longe das condições psíquicas para manejá-lo, não passando de um
tosco Mussolini de Terceiro Mundo, um reles farsante a quem chamaram de
estadista, atribuindo-lhe virtudes que nunca teve.
A
seita não nasceu do proletariado, como querem fazer crer, mas do
peleguismo sindical, do carnaval esquerdista das academias, dos artistas
embevecidos consigo mesmos, de parte do clero da Teologia da Libertação
essa esdrúxula mistura de Jesus Cristo com Karl Marx.
Voltando a Max Weber na mesma obra não se pode deixar de citar o seguinte trecho:
“Se
tentarmos construir intelectualmente novas religiões sem uma profecia
nova e autêntica, então, num sentido íntimo, resultará alguma coisa
semelhante, mas com efeitos ainda piores”. “E a profecia acadêmica
finalmente, criará seitas fanáticas, mas nunca uma comunidade
autêntica”.
O
ritual político do PT começou. As legiões alcunhadas de “pão com
mortadela” prometem cuspir fogo e enxofre na defesa da jararaca de ovos
de ouro. A criatura, cujo fracasso é muito mais do seu criador do que
dela, de novo está fazendo o diabo. E só há um jeito do exorcismo chegar
ao seu termo: Lula terá que dizer seu nome e partir para sempre: Lulanás!
Sem
ele o Partido das Trevas chegará ao fim e o Brasil, aos poucos, se
libertará do mal que a seita de fanáticos e aproveitadores produziu.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
Juntos Somos Fortes!