Prezados leitores, a população não tem o hábito de levar ao conhecimento do Ministério Público - o fiscal da lei -, as denúncias sobre fatos que considera ilegais.
Cabe destacar que a população também não tem o hábito de fazer denúncias junto aos órgãos correcionais.
O brasileiro parece não acreditar nos órgãos encarregados da fiscalização.
Nós achamos que os fiscais não fiscalizam como deveriam.
Nesse aspecto, a atuação do Tribunal de Contas da União no caso das denominadas "pedaladas fiscais" contribui para começar a reverter esse descrédito.
Nós temos uma experiência muito grande no tocante à apresentação de denúncias junto ao Ministério Público e aos órgãos correcionais.
A maioria das nossas denúncias não prosperou, verdade seja escrita, o que só ocorreu por deficiências na investigação desenvolvida.
Algumas avançaram, como o caso dos contratos casados de compra e de manutenção das viaturas da Polícia Militar, que transformou em réus pessoas consideradas blindadas.
Investigar com correção é a chave do sucesso para apurar uma denúncia.
No caso denominado "o escândalo do Brasileirão 2013", nós temos esperança que o Ministério Público de São Paulo consiga esclarecer vários aspectos e apurar responsabilidades.
Tanto acreditamos que encaminhamos uma denúncia e o primeiro exemplar do nosso livro.
A nossa esperança se baseia na possibilidade do desenvolvimento de uma investigação de boa qualidade feita através do GAECO.
Uma investigação que comece com as perguntas certas e para as pessoas certas.
Salvo melhor juízo, os primeiros a serem ouvidos deveriam ser os editores dos sites que noticiaram que o jogador André Santos não jogou e que não noticiaram que ele jogou irregularmente, o que colocou o Flamengo na condição de lutar contra o rebaixamento, como já explicamos centenas de vezes.
A ponta novelo parece ser a essa parte da imprensa, pois eles terão que explicar o inexplicável.
A seguir deveriam ser ouvidos todos os jornalistas ou não que publicamente deram demonstrações de conhecer algo sobre os fatos, como comentamos no livro.
O jornalista Felipe Andreoli precisa ser ouvido, ele foi muito claro na sua entrevista.
Caso o Inquérito Civil Público seja encerrado sem a oitiva desses personagens, ele estará incompleto e poderá não produzir os necessários esclarecimentos sobre o que ocorreu na última rodada do Brasileirão 2013, frustando toda a torcida brasileira ou quase toda, pois quem tem culpa quer que não dê em nada, isso é claro.
Por derradeiro, não podemos esquecer que:
1) O Flamengo foi o clube que deixou de ser rebaixado em razão da punição imposta à Portuguesa em virtude da escalação irregular do jogador Heverton. Os fatos, esses chatos.
2) O promotor Senise já declarou que existem indícios de que alguém da Portuguesa levou vantagem para escalar irregularmente Heverton. Um promotor de justiça não inventaria esse fato. Tal declaração acabou com a possibilidade da coincidência do duplo erro nas escalações irregulares (Flamengo e Portuguesa).
3) A existência de alguém que recebeu uma vantagem pressupõe que exista alguém que deu tal vantagem.
4) Quem deu pode ser ligado a um dos clubes envolvidos na luta contra o rebaixamento, ligado a um patrocinador ou ligado a uma organização jornalística, citando três possibilidades.
Nós confiamos no MP de SP.
Juntos Somos Fortes!