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segunda-feira, 30 de setembro de 2013
A NOVA ORDEM PETISTA - MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
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domingo, 29 de setembro de 2013
GOVERNO CABRAL QUE ATACA PROFESSORES, ATACOU TAMBÉM OS BOMBEIROS E FAMILIARES
O governo Cabral que hoje ataca, mais uma vez, os profissionais da educação, atacou em 2011 os Bombeiros, esposas e filhos.
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UMA HOMENAGEM AOS PROFESSORES MASSACRADOS PELO GOVERNO CABRAL
Vídeo de Dalva Santos (Maranhão).
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GOVERNO CABRAL-BELTRAME AGRIDE PROFESSORES
Cabral e Beltrame estão destruindo a Polícia Militar.
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INSEGURANÇA NAS RUAS, UM EFEITO DAS UPPs
Eu criei o meu primeiro blog em 2007, isso no auge da luta dos "Coronéis Barbonos" e dos "40 da Evaristo" para tentar salvar a Polícia Militar, sendo utilizado como uma ferramenta de divulgação da mobilização através da internet. Na época os movimentos foram combatidos pelo governo que respondeu com uma série de represálias contra os Oficiais e Praças mobilizados em defesa da corporação, mas o blog foi um grande sucesso durante muito tempo, servindo como base e motivação para a criação de outros blogs sobre temas específicos. O atual blog é uma extensão do primeiro.
No espaço democrático da internet eu fui um dos pioneiros, talvez o primeiro a apresentar as contra-indicações das famosas Unidades de Polícia Militar (UPPs). Eu fui durante muito tempo a voz dissonante, pois todos e todas aplaudiam o projeto implementado. Confesso, a posição foi muito desconfortável durante muito tempo. Alguns chegaram a afirmar que eu era contra apenas por ser contra o governo Cabral e por ser filiado a um partido de oposição. Ledo e cruel engano. Após a eleição de 2010, reeleito Sérgio Cabral, alguns órgãos da imprensa começaram a notificar alguns dos problemas que envolviam as UPPs, antes imaculadas, mas com muito cuidado. Falar mal sobre as UPPs era politicamente incorreto.
Abro um parêntese para esclarecer aos que não conhecem meus textos anteriores que nunca fui contra a implantação de policiamento nas comunidades, muito pelo contrário, esse é o caminho, mas sempre fui contrário à forma como o projeto foi operacionalizado, algo que considero desastroso para a população e para a própria Polícia Militar, como já comprovei em várias postagens.
O tempo foi passando e as notícias sobre os efeitos colaterais das UPPs foram se multiplicando na imprensa, embora a quase totalidade das notícias não faça vínculo entre as UPPs e os fatos noticiados.
Hoje, por exemplo, O Globo publica uma matéria sobre o aumento do número de roubo nas ruas (Leiam), onde fala da falta de policiamento nas ruas, mas não fala porque falta policiamento nas ruas, ou seja, não esclarece que existe um efetivo nas UPPs (comunidades) superior ao equivalente ao efetivo de doze batalhões de Polícia Militar.
Prezado leitor, temos mais de 8.500 PMs lotados em UPPs e considerando um efetivo de 700 PMs por batalhão, basta fazer a conta.
Para que você possa avaliar a diferença que esse efetivo varia nas ruas em termos de segurança pública através do policiamento ostensivo, lembro que na Capital do Rio de Janeiro temos: 1o BPM, 2o BPM, 3o BPM, 4o BPM, 5o BPM, 6o BPM, 9o BPM, 14o BPM, 16o BPM, 17o BPM, 18o BPM, 19o BPM, 22o BPM e 23o BPM. Um total de quatorze BPMs para policiar toda a Capital, sendo que muitos deles não possuem um efetivo de 700 PMs prontos para escalar, a média que estabelecemos.
Na prática o efetivo das UPPs se fosse aplicado nos batalhões significaria praticamente dobrar o policiamento nas ruas, o que traria mais segurança, inclusive no entorno das comunidades. Eis a verdade.
O que seria melhor para a população: dobrar o efetivo dos batalhões ou colocar 8.500 PMs nas comunidades?
Recompletar o efetivo dos batalhões da Polícia Militar de todo o estado do Rio de Janeiro ou colocar 8.500 PMs nas comunidades?
Faça a sua avaliação.
O Globo não divulgou, mas eu divulgo há muito tempo que o não recompletamento dos efetivos dos batalhões, colocando todos os novos PMs nas UPPs, esvaziou as ruas de policiamento ostensivo, o que fez crescer a insegurança pública. Nem mesmo o esforço dos PMs que estão trabalhando nas suas folgas tem sido suficiente para diminuir a insegurança das ruas.
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sábado, 28 de setembro de 2013
RIO: PROFESSORES, ALUNOS E RESPONSÁVEIS CONVIDAM VOCÊ
O Brasil é um país que fracassou, não deu certo, isso é fato.
As causas do nosso infortúnio são inúmeras, mas todos e todas sabemos que a única saída para a construção do país de verdade é a EDUCAÇÃO. Tal realidade nos conduz a um novo problema: como salvar o país através da EDUCAÇÃO se ela foi destruída quase que por completo pelos maus governantes?
No Rio de Janeiro os professores da rede estadual e municipal têm desenvolvido atos populares, organizados, ordeiros e pacíficos, na luta pelos seus direitos. Eles e elas nos presenteiam como uma aula de cidadania nas ruas da nossa cidade "maravilhosa".
Penso que reside exatamente nesse ponto o modo da EDUCAÇÃO construir o novo Brasil, indo para as ruas exercitando e ensinando cidadania. O exemplo é a única maneira de ensinar.
No vídeo feito por uma mãe de aluno encontramos o grande elemento catalisador desse processo: a união dos EDUCADORES, RESPONSÁVEIS E ALUNOS.
A presença deles nas ruas aos milhares, atuando de forma ordeira e pacífica, trará o povo de volta, povo que foi afugentado através da violência de pequenos grupos e da incapacidade dos governantes de reprimir esses grupelhos e de garantir ao povo o direito de se manifestar nas ruas. A violência apoiou os maus governantes.
Sejam bem-vindos e bem-vindas, encham as ruas de educadores, responsáveis e alunos.
Eis a fórmula da EDUCAÇÃO mudar o Brasil.
A sala de aula é a rua.
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sexta-feira, 27 de setembro de 2013
CADÊ AMARILDO? - POLICIAIS MILITARES PODERÃO SER PRESOS
"O ESTADÃO
PMs envolvidos no caso Amarildo serão indiciados
Delegado deve anunciar nesta sexta o fim do inquérito e pedido das prisões de agentes da UPP da Rocinha
Marcelo Gomes
Após mais de dois meses de investigações, a Polícia Civil do Rio vai indiciar e pedir a prisão de policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio, pelo sumiço de Amarildo de Souza, de 43 anos. Está descartada a hipótese de que o pedreiro tenha sido capturado e morto por traficantes (Leia a matéria)".
Prezados leitores, os PMs serão indiciados e poderão ser presos em face do desaparecimento de Amarildo, será que alguém esperava outro desfecho?
No Rio de Janeiro existe um hábito de tornar público os inquéritos policiais, sobretudo por meio de entrevistas, quando são comentados os procedimentos realizados e os passos futuros para a apuração dos fatos. Não tem sido diferente com o caso Amarildo. Tal prática, justificada pela necessidade de esclarecer a opinião pública, salvo melhor juízo, além de ser incorreta, acaba reforçando a pressão por resultados, algo extremamente danoso para o esclarecimento da verdade e que se constitui em grande risco para a responsabilização de inocentes.
A matéria indica que foi descartada na investigação a possibilidade de Amarildo ter sido capturado e morto por traficantes, mas não revela o que levou a tal descarte, o que talvez só saberemos em uma próxima entrevista sobre o caso. O que todos sabem é que Amarildo foi abordado e conduzindo por Policiais Militares, a imprensa já divulgou isso exaustivamente. A imprensa divulgou ainda que testemunhas alegaram terem sido coagidas por policiais para mentirem. Será que foram coagidas antes ou foram coagidas agora? Será que mentiram antes ou mentem agora? Perguntas sem resposta.
Uma investigação policial não pode ser feita sob pressão política, isso dificulta a busca da verdade sobre os fatos, o objetivo do inquérito policial.
Será que surgiram robustos indícios que os PMs mataram e sumiram com o corpo de Amarildo para justificar o indiciamento e a prisão?
Isso a imprensa também ainda não divulgou.
Longe de fazer um juízo de valor sobre a investigação que desconheço, longe de querer defender os PMs, lembro apenas de uma máxima que sempre circulou nos quartéis:
"Prender PMs é a coisa mais fácil do mundo".
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UPPs: POPULAÇÃO PREJUDICADA PELA FALTA DE EFETIVO NOS BATALHÕES
Prezados leitores, como escrevo há anos, o projeto de implantação de UPPs na Capital tem impedido o recompletamento do efetivo dos batalhões da Polícia Militar de todo estado do Rio de Janeiro. Isso se deve ao fato de nos últimos anos os Soldados formados no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças serem encaminhados quase que na sua totalidade para as UPPs. Hoje temos comunidades super policiadas e ruas órfãs do indispensável policiamento ostensivo.
Honesta e corajosa a postura do comandante do 9o BPM, quando trata da falta de efetivo, uma demonstração de respeito à população.
JORNAL O DIA:
Sem efetivo para combater traficantes em guerra
Comandante do 9º BPM (Rocha Miranda) admite que não tem como acabar com o atual confronto nos morros da Serrinha, Cajueiro e Juramento
FLAVIO ARAÚJO
Rio - O tiroteio que assombrou moradores de Madureira na noite de terça não foi suficiente para a Polícia Militar mobilizar mais recursos e proteger quem mora na região. O comandante do 9º BPM (Rocha Miranda), tenente-coronel Miguel Ramos, admite que não tem efetivo para acabar com a guerra do tráfico nos morros da Serrinha, Cajueiro e Juramento, pois não tem como fazer operação nas comunidades para prender traficantes (Leia a matéria).
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terça-feira, 24 de setembro de 2013
RIO: GRAVES DENÚNCIAS CONTRA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA
A Revista Veja publica na edição dessa semana uma matéria muito interessante sobre a segurança pública no Rio de Janeiro. Penso que seja um texto imperdível para quem mora no estado do Rio de Janeiro e para os ditos especialistas em segurança pública. A matéria é de Leslie Leitão (páginas 88 e 89) e merece todos os elogios, sobretudo por tocar em tema tão sensível: as milícias.
O título é "Liga do Mal" e o subtítulo carrega nas entrelinhas uma denúncia contra a secretária de segurança pública (SESEG/RJ), embora cite a polícia como responsável, quando na verdade a postura omissiva é da SESEG/RJ:
"Relatório obtido por VEJA mostra que a polícia deixou um naco inteiro do Rio sob o domínio de Batman, o chefão da maior e mais poderosa milícia do país".
Citando dois temas abordados, a matéria traz dados assustadores sobre o emprego do efetivo policial e sobre o crescimento dos homicídios na Baixada Fluminense, uma das regiões do estado que mais sofreu com a transferência dos traficantes para implantação das UPPs na Capital pela secretaria de segurança pública.
Pesquisando na internet achei o texto da Veja transcrito no blog Brasil Soberano e Livre.
Leiam é esclarecedor (Link).
Parabéns Revista Veja!
Parabéns Leslie Leitão!
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RIO: PROFESSORES OCUPAM PREFEITURA
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LINDBERGH QUER MANTER BELTRAME
Prezados leitores, o jornal O Globo publica nessa 3a feira matéria dando conta que o pré-candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro, senador Lindbergh Farias (PT) gostaria de manter como secretário de segurança o delegado de Polícia Federal José Mariano Beltrame (Leia a matéria).
As UPPs e o secretário Beltrame têm uma aceitação popular muito grande, nada mais natural do que o candidato do PT tentar colar seu nome. É o vale tudo eleitoral, onde o importante são os votos alcançados.
Eu só não sei como a população da Baixada Fluminense, reduto eleitoral do senador Lindbergh, irá interpretar essa declaração, tendo em vista que a Baixada foi uma das regiões do estado mais prejudicadas com a implantação das UPPs na Capital.
Vamos aguardar.
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013
RIO: INVADIRAM A SEDE DO GOVERNO CABRAL
Jornal do Brasil
Governo do Rio condena invasão ao Palácio Guanabara
Rio de Janeiro – Manifestantes invadiram na madrugada de hoje (22) a entrada principal e as escadarias do Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. Segundo nota do governo do estado, cerca de 60 pessoas participaram da ocupação, que durou 15 minutos.
Ainda segundo as informações oficiais 15 pessoas chegaram a arrombar uma das portas e invadir o Salão Nobre, que fica no segundo andar do prédio. Os próprios manifestantes se retiraram depois da breve invasão, repudiada pelo governo do estado.
Não foram registrados danos ao Salão Nobre mas a Polícia Civil fez uma perícia no local logo depois do caso ter sido registrado na Delegacia do Catete, responsável pela área. Segundo o governo do estado, os invasores serão criminalmente responsabilizados.
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A GUERRILHA ESTÁ DE VOLTA AO BRASIL?
Prezados leitores, leiam a reportagem da Revista Isto É e tirem as suas conclusões:
"O Brasil tem Guerrilha" (Leia).
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sexta-feira, 20 de setembro de 2013
BRASIL: A CRIMINALIDADE, A SELEÇÃO NATURAL E A ESPÉCIE VENCEDORA
Prezado leitor, eu me sinto cercado pelo crime no
Brasil, penso que você tenha idêntica sensação. Escrevo isso considerando não só os
crimes visíveis e violentos praticados pelos descamisados nas ruas, os quais de
arma em punho tomam para si nossos bens materiais e ceifam nossas vidas. Levo
em conta também os crimes praticados pessoas que vestem ternos e taiers
finamente recordados, pessoas acima de qualquer suspeita, as quais possuem uma
preferência pela subtração do dinheiro público.
A criminalidade que vivenciamos no Brasil do século
XXI me remete de volta aos bancos escolares na busca por explicações que possam
permitir o alcance das soluções inadiáveis para controlar o fenômeno.
Primeiro lembro-me da teoria da geração espontânea, o
vivo surgido do não vivo. No nosso pais continente parece que os criminosos
surgem do nada, tamanha a quantidade de pessoas envolvidas nas mais diversas maneiras
de praticar crimes. Na mitologia grega encontramos referência a ideia mas tal teoria
foi superada e não serve para explicar a criminalidade. Os nossos criminosos
não surgem ao acaso, embora surjam a todo tempo e em todos os lugares, como se
fossem criados espontaneamente.
Recordo-me do criminologista italiano Cesare
Lombroso, ele que lançou a ideia do criminoso nato, isso no seu livro “O Homem
Delinquente” no século XIX. Em apertada síntese, Lombroso acreditava que o mal
era hereditário, alguns seres humanos nasciam com o mal na sua carga genética.
Uma espécie de degeneração. Além disso, acreditava que certas características
físicas indicavam o indivíduo propenso a ser criminoso. O tempo passou e ele
ficou no passado com suas teorias sobre a presença do instinto criminoso no
genótipo e exteriorizada no fenótipo dos seus criminosos em potencial.
Apesar dessas verdades, penso que se formos benevolentes
com Lombroso, diante da crescente criminalidade brasileira, podemos criar uma
hipótese para a sua origem se pegarmos emprestado a seleção natural de Charles
Darwin. Um naturalista inglês que escreveu o livro “A Origem das Espécies”,
ainda no século XIX, onde explicou a seleção natural. Extraindo apenas uma
pequena parcela dos ensinamentos de Darwin, cito o fato de que indivíduos
melhor adaptados ao meio ambiente em decorrência da sua carga genética possuem
maior capacidade se sobreviver e de gerar descendentes, transmitindo suas
características.
Pegando o criminoso nato de Lombroso (propensão para
o crime instalada na sua carga genética), associando à seleção natural de
Darwin (a sobrevivência dos mais adaptados ao meio) e, finalmente, adicionando o
meio ambiente brasileiro, onde quem pratica crime acaba prosperando através da impunidade,
podemos estabelecer uma possibilidade:
“No Brasil a explicação para temos tantos criminosos pode estar na possibilidade de que parcela de
nós possua uma propensão genética para o crime, característica essa que se
mostra vitoriosa no nosso meio ambiente, onde o crime prolifera, sendo então transmitida para os descendentes, o que determinaria o aumento do número de criminosos”.
No Brasil, a seleção natural pode estar mostrando que os
criminosos são a espécie vencedora!
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quinta-feira, 19 de setembro de 2013
UPPs - EXEMPLO DE EFEITO NEGATIVO
Prezados leitores, eis um exemplo do erro de priorizar as comunidades com milhares de Policiais Militares (UPPs), deixando as ruas sem o policiamento adequado por falta de efetivo nos batalhões:
O Globo
Com favelas
pacificadas, Tijuca sofre com assaltos no asfalto
Número de roubos de
celulares subiu 141% de 2012 para este ano
Ana Cláudia Costa
RIO - Cercados por seis comunidades pacificadas, moradores da Tijuca não
convivem mais com barulhos de tiros, mas voltaram a sofrer com assaltos e
furtos no asfalto. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam um
aumento de até 141% nos registros de crimes contra o patrimônio, na comparação
do trimestre de maio, junho e julho de 2012 com o mesmo período deste ano. O
principal alvo dos bandidos é o celular: no trimestre em questão, foram 24
aparelhos roubados em 2012; este ano, foram 58 (mais 141%). O número de
assaltos a transeuntes também subiu: foram 188 registros em maio, junho e julho
do ano passado, contra 235 no mesmo período de 2013 (um acréscimo de 25%).
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quarta-feira, 18 de setembro de 2013
UPPs: UM PROJETO INSUSTENTÁVEL
Uma verdade tem sido esquecida por boa parte da imprensa e dos
especialistas em segurança: o Rio de Janeiro é um estado e contém entre os seus
noventa e dois municípios, uma Capital que possui nome idêntico ao estado, ou
seja, Rio de Janeiro. Tal lembrança pode ser considerada uma tolice para o
leitor apressado, a ele peço paciência. Ela é relevante principalmente
tendo em vista que em termos de segurança pública a maioria tem confundido o
todo pela parte, uma metonímia, sobretudo no tema Unidades de Polícia
Pacificadora, as famosas UPPs, que consideram um benefício enorme para o Rio de Janeiro.
As UPPs são um projeto de segurança pública claramente municipal, como a
prática demonstrou de forma inequívoca, considerando que após cinco anos de
existência, foram implantadas até a presente data um total de trinta e quatro,
todas na Capital.
Embora não seja o foco do artigo, não custa lembrar que raros foram os
traficantes presos no processo de implantação das UPPs. Eles se dividiram em
dois grupos: um que permaneceu na comunidade comercializando drogas sem exibir
armas e outro que se transferiu para outras comunidades, inclusive em outros
municípios, onde praticam vários crimes. O segundo grupo reforça a tese de que as UPPs são um projeto
municipal de segurança. O importante tem sido garantir a segurança da Capital, a
partir da Zona Sul. Eis a verdade que os fatos comprovam.
De volta ao tema, destaco parte da entrevista do secretário estadual de
segurança pública, o delegado de Polícia Federal Beltrame, concedida ao jornal
O Globo, no domingo passado:
“Nossa proposta é que, até o fim do próximo ano, o Rio conte com pelo
menos 40 UPPs. Pode ser que a gente avance um pouco mais. A UPP não é a solução
de todos os problemas. O projeto é grande, audacioso. Hoje, temos 8.592 PMs
dentro de 34 áreas historicamente conflagradas. Os problemas vão existir. A
ideia é chegar a mais de 12 mil policiais” (Leia).
Usando os números do secretário concluímos que temos uma média de 250
Policiais Militares por UPP. Apenas para permitir o avanço do raciocínio, vamos
estimar que um Batalhão de Polícia Militar possui o efetivo de PMs prontos para
o serviço equivalente ao efetivo de três UPPs, ou seja, 750 homens. Na
realidade a maioria dos batalhões possui um efetivo menor.
Números para lá, números para cá, temos nas 34 UPPs instaladas nas comunidades
um efetivo total equivalente ao efetivo estimado de mais de dez Batalhões de
Polícia Militar.
Caro leitor, sugiro uma reflexão: o efetivo desses mais de dez batalhões,
empregados apenas em comunidades da Capital, está fazendo falta nas ruas do Estado
do Rio de Janeiro?
Não existe mais qualquer dúvida: a implantação de policiamento nas
comunidades carentes foi um acerto, a maneira empregada um grande erro. A
colocação de milhares e milhares de PMs em comunidades da Capital, não
recompletando os efetivos dos batalhões, efetivos que deveriam ser aumentados
na verdade, foi um grande erro estratégico.
Trocou-se o todo pela parte, prejudicando noventa e um dos noventa e
dois municípios que integram o Estado do Rio de Janeiro.
Além disso, para atender ao projeto municipal de segurança a Polícia
Militar foi obrigada a transformar o seu Centro de Formação e Aperfeiçoamento
de Praças em uma fábrica de produzir Soldados PM para integrar as UPPs. A
quantidade pela qualidade foi outra troca cruel para a Polícia Militar e para a
população.
O projeto é insustentável, não se pode manter tamanho absurdo
estratégico em termos de política de segurança publica estadual. Um projeto que
pode até ser considerado elitista, diante da prioridade no atendimento à
Zona Sul da Capital, a área nobre.
O atual governo seguirá implantando UPPs e recebendo aplausos da
imprensa e de especialistas até o final de 2014.
As atuais UPPs não serão extintas, por razões políticas não poderão ser, mas terão seus
efetivos severamente reduzidos no futuro, caso o novo mandatário
estabeleça uma política estadual para a segurança pública. Caso ele enxergue
que existem o município e o estado do Rio de Janeiro, homônimos, mas o segundo contém
o primeiro.
O saldo para o governo Cabral será positivo por algum tempo, isso enquanto
as verdades sobre as UPPs não forem ditas por todos e não chegarem ao conhecimento
de todos.
O saldo para a Polícia Militar?
Uma tropa agigantada, desqualificada e desvalorizada.
O saldo para a população?
A violência que enfrentamos atualmente nas ruas é a melhor resposta.
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POLICIAIS CIVIS CRITICAM DURAMENTE O SECRETÁRIO BELTRAME
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (SINDPOL-RJ) emitiu nota de repúdio com relação às declarações do secretário de segurança Beltrame contidas em entrevista concedida por ele ao Jornal O Globo (link), quando tratou do ingresso da Polícia Civil no projeto das Unidades de Polícia Pacificadoira (UPPs).
As declarações foram consideradas "lamentáveis, preconceituosas e contraditórias".
Leia a nota de repúdio (link).
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013
A MAIOR VAIA DADA EM POLÍTICOS NO BRASIL
A notícia não é nova: a presidente Dilma (PT) quer o governador Sérgio Cabral (PMDB) no seu ministério (Leia).
O Estadão traz de volta essa possibilidade a qual somada ao anúncio do governador de deixar o Palácio Guanabara nos próximos meses, torna a hipótese perto de se tornar realidade.
A notícia dá conta que Dilma pretende não perder o palanque no Rio de Janeiro, daí a intenção de colocar Cabral no seu primeiro escalão.
Resta saber se em 2014 a presidente Dilma estará ao lado do governador Sérgio Cabral nos palanques que pretende montar no Rio de Janeiro. Se isso ocorrer, considerando as vaias que os dois recebem rotineiramente, teremos uma demonstração de coragem por parte deles, diante da possibilidade de ocorrer a maior vaia direcionada a políticos na história do Brasil, muito maior que a recebida por Lula (PT) em pleno Maracanã.
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SIMPLES, O BRASIL NÃO É UMA DEMOCRACIA
Simples!
Considerando que democracia é uma forma de governo.
Considerando que democracia é uma forma de governo que deve ser direcionada para a promoção do bem estar do povo.
Considerando as ações dos governantes brasileiros.
O Brasil não pode ser considerado uma democracia.
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domingo, 15 de setembro de 2013
POLÍCIA CIVIL CONSEGUE INGRESSAR NAS UPPs
A Chefe da Polícia Civil, Delegada Martha Rocha, acabou de marcar um gol de placa, ao conseguir o ingresso da instituição no projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Um desejo antigo dos que integraram a cúpula da Polícia Civil desde o início do sucesso midiático das UPPs, finalmente alcançado na sua gestão.
Em junho ela já sinalizava, conforme matéria do G1:
"Durante a inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora do Cerro-Corá, a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, disse que vai trazer projetos para serem desenvolvidos na comunidade. "Eu quero instalar aqui o Programa de Integração de Metas com o objetivo de integrar a PM e a Polícia Civil. As ações em conjunto fazem com que nós consigamos os resultados", afirmou a delegada" (Leia).
Bem antes disso, no dia 21 de fevereiro, o jornal O Globo publicou matéria apoiando a entrada da instituição no projeto, na qual especialistas defendiam a presença da Polícia Civil nas UPPs:
"Ataques na Mangueira expõem necessidade de Polícia Civil atuar nas UPPs, dizem especialistas" (Leia).
Ao anunciar o ingresso através da entrevista publicada nesse domingo no Jornal O Globo, o secretário Beltrame declarou entre outras coisa que:
"É certo que essas delegacias não funcionarão em contêineres, como aconteceu com a PM" (Leia).
A afirmação deixa claro a valorização dos Policiais Civis, considerando que até hoje, cinco anos após a implantação do projeto das UPPs, Policiais Militares continuam "acondicionados" em contêineres".
Uma conquista da Polícia Civil, sem dúvida.
Além disso, o anúncio criou um fato jornalístico, será tema de várias reportagens e servirá para tentar oxigenar a parte midiática do projeto das UPPs que se achava em queda livre após os problemas apresentados em algumas comunidades. Aliás, a nomeação da Major PM Priscila para comandar a UPP da Rocinha, foi o primeiro passo para tentar colocar novamente as UPPs no lado bom das manchetes da mídia, como na reportagem da Revista Veja (Leia).
Na política a regra é clara: Quando as coisas vão mal, crie um fato novo para desviar a atenção.
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"É certo que essas delegacias não funcionarão em contêineres, como aconteceu com a PM" (Leia).
A afirmação deixa claro a valorização dos Policiais Civis, considerando que até hoje, cinco anos após a implantação do projeto das UPPs, Policiais Militares continuam "acondicionados" em contêineres".
Uma conquista da Polícia Civil, sem dúvida.
Além disso, o anúncio criou um fato jornalístico, será tema de várias reportagens e servirá para tentar oxigenar a parte midiática do projeto das UPPs que se achava em queda livre após os problemas apresentados em algumas comunidades. Aliás, a nomeação da Major PM Priscila para comandar a UPP da Rocinha, foi o primeiro passo para tentar colocar novamente as UPPs no lado bom das manchetes da mídia, como na reportagem da Revista Veja (Leia).
Na política a regra é clara: Quando as coisas vão mal, crie um fato novo para desviar a atenção.
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POLICIAIS MILITARES EXPOSTOS AO RISCO
Jornal o Estado de São Paulo
Foram divulgados dados como telefones e endereços dos policiais militares
Luciana Nunes Leal, de O Estado de S.Paulo
RIO - O site da Polícia Militar do Rio de Janeiro foi atacado por hackers e informações pessoais de 50 mil policiais foram divulgadas na noite de sábado, 14.
A assessoria da PM informou que, por segurança, o site está fora do ar neste domingo, 15, e que já foi aberta uma investigação para descobrir os responsáveis. Foram divulgadas informações como telefones e endereços dos policiais militares.
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sábado, 14 de setembro de 2013
SECRETÁRIO BELTRAME NÃO SERÁ CANDIDATO
A mídia vinha noticiando nos últimos meses que o PMDB sonhava que o secretário de segurança, o delegado de Polícia Federal Beltrame, fizesse parte da chapa do vice Pezão, político escolhido pelo governador Sérgio Cabral para ocupar a cadeira do Palácio Guanabara, após sua saída. Inúmeras matérias foram escritas sobre a força política do secretário, força que alavancaria a candidatura do atual vice, que parece não sair do lugar. A animação era tanta que houve quem arriscasse que Beltrame poderia ser o cabeça da chapa e não o candidato à vice.
No meio do sonho surgiu o pesadelo dos protestos nas ruas, sobretudo no mês de junho, quando mais de 300 mil pessoas protestaram nas ruas do Rio de Janeiro, tendo como um dos alvos o governador Sérgio Cabral. O governador seguiu sendo massacrado nos protestos e a popularidade despencou, perdendo parte do apoio da imprensa, o qual era antes quase incondicional.
Os protestos expuseram também a fragilidade da gestão da segurança pública no Rio, considerando que a secretaria de segurança não conseguiu garantir o direito de manifestação e não prendeu os criminosos que praticaram vandalismo, ato após ato, isso até expulsar o povo ordeiro das ruas, com a colaboração dos excessos praticados pela polícia. O "tiro, porrada e bomba" se fez presente nas ruas do Centro e da Zona Sul, como se faz presente nas comunidades carentes.
Se não bastassem esses fatos negativos, o enfraquecimento do governo junto à mídia contribuiu para a diminuição da blindagem das UPPs, carro-chefe da gestão Beltrame, causando maior exposição dos problemas que ocorrem nas comunidades. O desaparecimento de Amarildo virou um martírio para o governo, uma pergunta sem resposta que se repete diariamente.
Diante desse quadro de extremo desgaste, o secretário optou por se resguardar, sair do cenário, mas antes exonerou o Comandante Geral da Polícia Militar, o quarto de sua gestão, midiaticamente empurrando as culpas para o andar de baixo. Igual destino teve o comandante da UPP da Rocinha. Na política a regra é clara: se o fato é positivo, repercuta, apareça e fature com o sucesso; se o fato é negativo, não dê entrevistas e se afaste do fracasso.
O colunista Ancelmo Gois publica neste sábado nota dando como certo que o secretário Beltrame não se filiará a nenhum partido político (Leia), portanto, não poderá se candidatar em 2014.
O tempo dirá se a matéria é verdadeira ou não, pois o prazo final para filiação se aproxima rápido. Caso Ancelmo Gois esteja certo, penso que podemos afirmar que a verdade das ruas destruiu a imagem que a imprensa construiu.
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013
DILMA, CABRAL E PAES, AS VAIAS COMO COMPANHEIRAS
Dilma, Cabral e Paes são vaiados em todos os lugares...
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PMs ESTARIAM PAGANDO CONSERTOS DAS VIATURAS
Eu já publiquei diversos artigos nesse espaço democrático explicando a realidade sobre a propalada terceirização da frota da PMERJ, algo que o governo Sérgio Cabral alardeia até nas propagandas políticas, onde uma falsa realidade é jogada no colo da população.
Ontem, o Jornal Extra revelou alguns dos muitos problemas.
JORNAL EXTRA:
Sem seguro, viaturas doadas por Eike Batista às UPPs só são consertadas com dinheiro dos policiais.
(...)
— Se quisermos voltar a circular com o carro, nós mesmos é que temos que pagar o conserto. Às vezes, o valor é alto e não dá. Por isso, há muita viatura parada em todas as UPPs — conta o PM.
(...)
Leia a matéria (clique).
Em breve republicarei as verdades sobre essa terceirização, as quais já comuniquei ao Ministério Público.
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quarta-feira, 11 de setembro de 2013
ONDE ESTÁ AMARILDO?
No Rio de janeiro, o sumiço de um ajudante de pedreiro está “tocando horror” em toda a bela Cidade Maravilhosa.
“Foi a PM, não foi”, e as opiniões, apesar de divergentes lamentam o desaparecimento de Amarildo.
A celeuma e as indagações são tantas, que tal balbúrdia poderia ser equiparada, caso a Dilma não seja reeleita.
Pouco se sabe do Amarildo, só que sumiu de mãos dadas com policiais militares.
As investigações estão sendo minuciosas e em breve será descoberto ou escalado um culpado, doa a quem doer.
Nós, de nossa profunda caverna, lamentamos, pois talvez o Amarildo possa ser o símbolo de um cidadão que foi escafedido e, com isto, vemos que qualquer um pode ser vítima de algum sequestro de eterna duração.
Lamentamos, mas já estamos acostumados, pois sem desmerecer o Amarildo, vimos, ou melhor, não vimos o sumiço da dignidade, o desaparecimento da justiça e a desmoralização de outras figuras de importância para quem tem um mínimo de vergonha na cara.
Quando meditamos a respeito de quem poderia escamotear de nossas vistas valores tão caros para a existência de uma sociedade, como a honestidade, a firmeza moral e o pudor, para muitos da esquerda vem logo uma resposta – foram os americanos.
Depois da descoberta que a inteligência dos EUA vinha espionando a presidente, a Petrobras, o pré - sal e as nossas entranhas, ficou mais nítido para os antiamericanistas, que de alguma forma, para retirar a fibra dos nativos, eles levaram o nosso senso, a nossa vergonha e a nossa cidadania.
E tem dado certo, pois nos últimos doze anos, período favorável para os países do BRIC, infelizmente, para a nossa Pátria, praticamente, foi perdido.
Lastimavelmente, continuamos na rabeira de muitas nações, embora com orgulho, por nos destacarmos entre os piores.
Sim, o Brasil é tão grande, tão magnífico que por tudo, detém a inveja de gregos, troianos, e todo o mundo sabe, dos americanos de olhos azuis.
Brasília, DF, 10 de setembro de 2013.
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
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segunda-feira, 9 de setembro de 2013
O BIZARRO SISTEMA POLICIAL BRASILEIRO E O FIM DAS POLÍCIAS MILITARES
A insegurança que o
brasileiro vivencia em cada esquina é a comprovação prática da ineficiência do
sistema policial. Tal verdade tem feito que ao longo dos anos tenham sido levantadas
vozes que pregam mudanças na polícia, algumas delas transformadas em propostas
de emendas à constituição federal (PECs), algumas das quais tramitam há anos no
Congresso, ganhando ou perdendo força em face dos diferentes interesses
corporativos.
O atual sistema é
bizarro e ineficiente, todos devem concordar. Não conheço nenhum outro país que
utilize sistema policial idêntico ao nosso. Temos polícias federais e
estaduais, tosa deficientes no cumprimento de suas missões. Além disso, as
estaduais (PMs e PCs) são polícias pela metade, não realizam o ciclo completo
de polícia, algo que só existe no Brasil e que beira o inacreditável, pois isso
contribui sobremaneira para a ineficiência. Portanto, mudar é imprescindível e
urgente, isso é fato.
Em termos de mudanças,
o tema mais recorrente é a desmilitarização das Polícias Militares (PMs) e a
consequente incorporação dos seus efetivos às Polícias Civis (PCs), embora esse
segundo momento não seja claramente explicitado.
Os protestos trouxeram
esse tema para as ruas, alimentado pela forma com as Polícias Militares tem
atuado na repressão aos protestos, demonstrando inúmeras vezes um emprego
excessivo de violência e de recursos para controle dos distúrbios, como os
agentes químicos e as armas não letais.
Ao longo desse período de
protestos populares as Polícias Militares têm exposto as suas mazelas, sobretudo
a não qualificação adequada, problema que possui várias causas, sendo a
principal a desvalorização dos Policiais Militares por parte dos governantes.
As Polícias Militares
como polícias ostensivas, responsáveis pela preservação da ordem, são a parte
do sistema mais visível nas ruas, o braço armado do governo para controlar o
povo, como muitos gostam de apregoar. Nas ruas os Policiais Militares passaram
a ser os representantes dos governos que o povo quer retirar dos seus luxuosos
gabinetes. Os PMs simbolizam os inimigos, isso é fato. Situação muito
semelhante a vivida nos governos militares.
Enquanto isso, as
Polícias Civis também demonstraram a sua ineficiência na investigação e
apresentação ao Poder Judiciário dos milhares de vândalos que se aproveitaram
dos protestos para promoverem danos e saques por todo o Brasil. A diferença é
que a ineficiência das Polícias Civis não ganha repercussão na mídia, embora se
materialize claramente no número limitadíssimo de prisões e na perpetuação dos
atos de vandalismo, pois soltos os criminosos continuam a agir, isso é lógico.
No Rio a situação contrária às Polícias Militares ganhou contornos de grande relevância, pois os detidos pela PM sempre
foram muito bem tratados nas delegacias da Polícia Civil, como os próprios
faziam questão de expressar nas entrevistas após a liberação. Obviamente, o
tratamento adequado nas delegacias deve ser aplaudido, mas isso foi lido como
um contraponto. Uma polícia fazia a detenção, reprimia com cassetetes, balas de
borracha e gases, enquanto a outra ouvia, tratava bem e liberava (não prendia).
Em apertada síntese: uma
polícia é ruim, a outra é boa.
Qual o povo quer?
Ouça quem tiver ouvidos
para ouvir: o caldo de cultura estabelecido é amplamente favorável à extinção
das Polícias Militares, sobre isso não tenho dúvida.
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GOVERNO CABRAL: MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO DIVULGOU INVESTIGAÇÃO SOBRE USO DE HELICÓPTEROS
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domingo, 8 de setembro de 2013
AS CAUSAS DO FIASCO DOS PROTESTOS NO SETE DE SETEMBRO
O povo brasileiro parecia ter despertado de uma longa hibernação quando as ruas começaram a ser ocupadas pela população, isso no mês de junho. Centenas aqui, milhares ali, o povo ia enchendo as ruas do Brasil de cidadania, dia após dia. O movimento parecia crescer geometricamente, tanto no número de manifestantes, quanto na quantidade de cidades onde ocorriam os protestos.
Quem não lembra dos 300.000 manifestantes no Rio de Janeiro?
Os maus governantes batiam cabeças, não sabiam o que fazer para deter o avanço do movimento popular, isso ficou evidente.
Nesse cenário amplamente favorável ao povo e contrário aos maus políticos, nesse momento no qual poderíamos alcançar grandes conquistas para mudar o país, surgiram dois grupos que esvaziaram as ruas e praticamente levaram o povo novamente para o seu berço esplêndido: os mascarados e os gestores da segurança pública.
Aparentemente, eles estavam em lados opostos, mas na prática acabaram atuando em conjunto para tirar o povo dos protestos, esses que devem ser organizados, ordeiros e pacíficos, como manda a legislação.
E como agiram?
Simultaneamente, os mascarados promoviam a violência, enfrentavam a polícia e realizavam atos de vandalismo, enquanto isso os gestores da segurança pública pelo país não conseguiam garantir o direito de manifestação e nem manter a ordem pública. Todo protesto passou a terminar em violência e vandalismo.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a secretaria de segurança se mostrou sempre perdida, sem saber o que fazer para cumprir as suas missões, chegando ao ponto de ser acusada ao mesmo tempo de ser omissa ao não reprimir os atos de vandalismo e de praticar excessos quando atuava na repressão. Caiu o Comandante Geral da Polícia Militar, uma resposta política às críticas, sem dúvida. Mudaram o comandante, mas nada mudou, a secretaria de segurança continuou e continua errando. O caos tem sido completo, o que levou na maioria dos dias seguintes aos protestos, o secretário de segurança Beltrame a optar pelo silêncio.
Ontem, os protestos que reuniriam milhões, acabaram sendo protestos de centenas de pessoas na maioria dos locais onde ocorreram, isso incluindo os mascarados como manifestantes, o que é um erro.
A violência dos mascarados e a incapacidade dos gestores da segurança acabaram formando uma força irresistível que tirou os verdadeiros manifestantes das ruas brasileiras.
Isso não é novidade, escrevo a respeito no twitter ( @celprpaul ) desde junho. Novidade aparecerá caso alguém consiga provar que a união das forças citadas não foi obra do mero acaso, mas sim algo pensado e repensado em algum gabinete.
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013
A IMPLANTAÇÃO DAS UPPs E O AUMENTO DE DESAPARECIDOS E ASSASSINADOS
Os leitores habituais dos nossos blogs sabem há muito que a gestão da segurança pública no Rio de Janeiro concentra esforços e recursos na Capital em detrimento dos outros noventa e um municípios, sobretudo em face da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), os Grupamentos de Policiamento em Áreas Especiais (GPAEs) agigantados.
Em termos de efetivo isso é muito fácil comprovar, bastando perguntar à PMERJ o efetivo de PMs lotados nas OPMs da Capital (incluindo as UPPs) e o efetivo em cada um dos outros municípios do estado.
No artigo anterior comentamos que o número de desparecidos estava crescendo significamento na gestão do secretário de segurança Beltrame, enquanto o número de homicídios estava diminuindo, conforme matéria do jornal Folha de São Paulo (Leia). Hoje, o jornal O Globo trás reportagem dando conta o número de homicídios aumentou mais de 10% no estado, embora tenha diminuído 1,6% na Capital super policiada, isso comparando o período de janeiro a julho de 2012 com igual período de 2013 (Leia).
O passar do tempo está comprovando o que escrevemos incontáveis vezes sobre o projeto das UPPs (GPAEs).
Diante desse quadro, sugiro uma reflexão:
Por que o projeto das UPPs não começou na Baixada Fluminense, região historicamente mais violenta do estado do Rio de Janeiro?
Hoje, após a instalação de dezenas de UPPs, a Baixada estaria "pacificada".
Pense sobre isso, a minha opinião eu já dei em vários artigos, mas faço questão de reproduzi-la na forma de outro convite à reflexão:
Imagine como estaria a Zona Sul do Rio com a migração dos criminosos da Baixada Fluminense.
Beltrame promoveu o movimento contrário e foi aclamado pela imprensa.
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013
AMARILDO, UMA NOVA VERSÃO PARA PACIFICAÇÃO?
O pedreiro Amarildo, morador da "pacificada" Rocinha, continua desaparecido. Os dias passam e o fato vai perdendo força no noticiário. Fenômeno que se repete rotineiramente no Rio de Janeiro, estado onde o número de desaparecidos tem crescido ao longo do governo Sérgio Cabral.
Cabral assumiu o governo na primeira hora do ano de 2007, quando nomeou para a secretária de segurança, o delegado de Polícia Federal José Mariano Beltrame, o qual permanece até a presente data no exercício da função, tendo nomeado nesse período cinco Comandantes Gerais da Polícia Militar e três Chefes da Polícia Civil, uma rotina de trocas que representa um recorde nacional na área da segurança. Nunca se trocou tanto.
No ano anterior à assunção de Beltrame, o Rio registrou um número absurdo de pessoas desaparecidas: 1.904.
Verdade, na época o viés era de leve queda:
2003 = 2.059.
2004 = 2.020.
2005 = 1.930.
2006 = 1.904.
Uma diminuição pouco superior a 5%.
Números dignos de uma guerra, sem dúvida.
Após dois anos de manutenção do tiro, porrada e bomba como única "política de segurança" (2007-2008), Beltrame inciou o propalado processo de pacificação no final de 2008 com a transformação do projeto dos Grupamentos de Policiamento em Áreas Especiais (GPAEs) da Polícia Militar em um projeto de governo, adotando um novo nome: Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Nascia na Zona Sul a "pacificação" do Rio de Janeiro com apoio maciço da imprensa. Um apoio amplo, geral e irrestrito. Tanto que recentemente, a jornalista Lillian Witte Fibe participando do programa do apresentador Jô Soares, lembrou que era praticamente proibido falar mal na imprensa a respeito das UPPs. Isso é inquestionável.
O quadro parece estar mudando, as críticas começam a romper a blindagem, o que sinaliza que a verdade está vencendo os interesses políticos e econômicos, finalmente.
Após sete anos de gestão Beltrame ocorreu uma reversão, o número de desaparecidos parou de cair e aumentou assustadoramente. Dados contidos em matéria do jornal Folha de São Paulo (leiam) publicada no dia 14 de agosto, indicam que em 2013 já foram registrados um total de 2.655 desaparecidos.
Caros leitores, um aumento de 40% no número de desaparecidos (1.904 / 2655).
Uma tragédia social.
Quem sabe até o final do ano não teremos alcançado um aumento de 50%, considerando que para isso só faltam mais 200 Amarildos desaparecerem nesses últimos quatro meses.
Verdade, lembra a matéria, o número de homicídios diminui bastante no período Beltrame. Aumentaram os desaparecidos e diminuíram os assassinados, os números indicam.
Será essa a verdade?
Isso me leva a uma reflexão:
Será que o termo pacificação não ganhou um novo sentido?
Um sentido transformador.
Uma "química" que transforma assassinatos em desaparecimentos?
Sugiro a reflexão.
Cadê Amarildo?
Repito a pergunta feita nas ruas.
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terça-feira, 3 de setembro de 2013
A GREVE DOS PROFESSORES É INÓCUA?
Iniciei minha
participação em atos cívicos nas ruas do Rio de Janeiro no dia 25 de janeiro de
2008, quando era Coronel PM do serviço ativo e exercia a função de Corregedor
Interno da Polícia Militar. O ato foi em defesa da PMERJ e dos Policiais
Militares. A partir daquele dia, apesar das incontáveis represálias
governamentais, segui participando de dezenas de atos em defesa dos mais
variados temas e de diferentes categorias profissionais.
Filho de professor,
professor e pai de professor participei de mobilizações dos profissionais da
educação pública municipal e estadual, filmando e publicando em meu blog artigos
sobre elas. Portanto, sinto-me bem à
vontade para colocar nesse breve artigo um título que pode até parecer
ofensivo, diante do grande esforço dispendido pelos manifestantes ao longo dos
atos que participei e dos atuais, inclusive o exaustivo acampamento em frente à
secretaria estadual de educação (vídeo 2011).
Sim, penso que o
movimento grevista seja pouco produtivo e fundamento: Os governantes sempre
demonstraram que não possuem qualquer preocupação com a educação do nosso povo,
isso não os afeta em nada. Povo não educado é povo sem cidadania. E isso é
ótimo para eles. Além disso, usam a greve para colocar a população, sobretudo
os responsáveis pelos alunos, contra o movimento.
Apesar de tal
argumentação, considero a greve como o único caminho para a construção de uma
educação pública de boa qualidade, mas a não a greve dos profissionais de
educação, mas a greve dos alunos, os quais devem ocupar as ruas do Rio de
Janeiro, ao lado de seus professores e responsáveis, cobrando o direito a ter
acesso à cidadania, o direito de ter um futuro digno através da educação.
Os governantes não
temem os professores em greve, não temem as reclamações dos responsáveis e não
estão nem aí para o futuro da juventude, como já demonstraram em movimentos
anteriores realizados nos últimos anos. Isso é fato.
Eles temem é a
juventude na rua. A presença constante de milhares de jovens estudantes, agindo
de forma ordeira e pacífica, protestando contra os maus governantes e cobrando
seus direitos. Todos e todas apoiados pelos seus exemplos: responsáveis e
professores.
Fica a ideia.
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UPP DA ROCINHA - A DESPEDIDA DO COMANDANTE
O Major PM Edson Santos foi exonerado do comando da UPP da Rocinha.
Acesse o link e leia o texto do Oficial sobre o seu comando:
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segunda-feira, 2 de setembro de 2013
A MILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS CIVIS DO BRASIL
Os espasmos cívicos que
brotaram em dezenas de cidades brasileiras no mês de junho, levando o povo a se
manifestar nas ruas, revelaram que o gigante pode acordar, embora prefira o
sono, bem como, demonstraram pela enésima vez como são ineficientes as nossas
organizações policiais.
As Polícias Militares
demonstraram enorme dificuldade em garantir o direito de livre manifestação
popular e maior dificuldade ainda em evitar os atos de vandalismo. Ostensivas, visíveis
nas ruas, as Polícias Militares são a parte facilmente identificável da
ineficiência dos gestores da segurança pública, esses quase nunca
responsabilizados. Paga a polícia presente nas ruas um preço muito alto, sendo acusada
de excessos quando age e acusada de omissão quando não reprime e o vandalismo acontece.
Os fardados foram ineficientes, isso é verdade.
Tal realidade fez
crescer geometricamente os discursos sobre a desmilitarização das Polícias Militares,
como se a forma de organização fosse a causa determinante dos erros. O tema desmilitarização
é antigo e deve ser discutido, mas não de forma isolada e muito menos
oportunista. Não podemos permitir que visões monoculares repercutidas pela
imprensa escondam do grande público que a ineficiência das Polícias Militares
nos protestos possui tamanho idêntico à ineficiência das polícias não
organizadas militarmente: as Polícias Civis. Sim, as Polícias Civis, responsáveis
pela investigação dos crimes praticados durante os protestos e pela
apresentação dos seus autores ao poder judiciário. As Polícias Civis foram tão
ou mais ineficientes que as Polícias Militares. Eis outra verdade.
Em apertada síntese,
não concordando que a ineficiência policial seja fruto da organização militar, um
modelo eficiente por natureza, ouso propor a imediata militarização das
Polícias Civis como forma de melhorar seu desempenho, sendo propositalmente tão
irresponsável quanto os que querem melhorar o caótico sistema policial
brasileiro, tremulando apenas a bandeira da desmilitarização das Polícias
Militares.
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CORONEL PM REF PAÚL - JULGAMENTO - CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO
O Exmo Desembargador Valmir dos Santos Ribeiro do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, relator do processo, julgou prejudicado o Conselho de Justificação ao qual foi o autor desse blog por perda de seu objeto.
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