Os leitores habituais dos nossos blogs sabem há muito que a gestão da segurança pública no Rio de Janeiro concentra esforços e recursos na Capital em detrimento dos outros noventa e um municípios, sobretudo em face da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), os Grupamentos de Policiamento em Áreas Especiais (GPAEs) agigantados.
Em termos de efetivo isso é muito fácil comprovar, bastando perguntar à PMERJ o efetivo de PMs lotados nas OPMs da Capital (incluindo as UPPs) e o efetivo em cada um dos outros municípios do estado.
No artigo anterior comentamos que o número de desparecidos estava crescendo significamento na gestão do secretário de segurança Beltrame, enquanto o número de homicídios estava diminuindo, conforme matéria do jornal Folha de São Paulo (Leia). Hoje, o jornal O Globo trás reportagem dando conta o número de homicídios aumentou mais de 10% no estado, embora tenha diminuído 1,6% na Capital super policiada, isso comparando o período de janeiro a julho de 2012 com igual período de 2013 (Leia).
O passar do tempo está comprovando o que escrevemos incontáveis vezes sobre o projeto das UPPs (GPAEs).
Diante desse quadro, sugiro uma reflexão:
Por que o projeto das UPPs não começou na Baixada Fluminense, região historicamente mais violenta do estado do Rio de Janeiro?
Hoje, após a instalação de dezenas de UPPs, a Baixada estaria "pacificada".
Pense sobre isso, a minha opinião eu já dei em vários artigos, mas faço questão de reproduzi-la na forma de outro convite à reflexão:
Imagine como estaria a Zona Sul do Rio com a migração dos criminosos da Baixada Fluminense.
Beltrame promoveu o movimento contrário e foi aclamado pela imprensa.
Juntos Somos Fortes!
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