Prezado leitor, eu me sinto cercado pelo crime no
Brasil, penso que você tenha idêntica sensação. Escrevo isso considerando não só os
crimes visíveis e violentos praticados pelos descamisados nas ruas, os quais de
arma em punho tomam para si nossos bens materiais e ceifam nossas vidas. Levo
em conta também os crimes praticados pessoas que vestem ternos e taiers
finamente recordados, pessoas acima de qualquer suspeita, as quais possuem uma
preferência pela subtração do dinheiro público.
A criminalidade que vivenciamos no Brasil do século
XXI me remete de volta aos bancos escolares na busca por explicações que possam
permitir o alcance das soluções inadiáveis para controlar o fenômeno.
Primeiro lembro-me da teoria da geração espontânea, o
vivo surgido do não vivo. No nosso pais continente parece que os criminosos
surgem do nada, tamanha a quantidade de pessoas envolvidas nas mais diversas maneiras
de praticar crimes. Na mitologia grega encontramos referência a ideia mas tal teoria
foi superada e não serve para explicar a criminalidade. Os nossos criminosos
não surgem ao acaso, embora surjam a todo tempo e em todos os lugares, como se
fossem criados espontaneamente.
Recordo-me do criminologista italiano Cesare
Lombroso, ele que lançou a ideia do criminoso nato, isso no seu livro “O Homem
Delinquente” no século XIX. Em apertada síntese, Lombroso acreditava que o mal
era hereditário, alguns seres humanos nasciam com o mal na sua carga genética.
Uma espécie de degeneração. Além disso, acreditava que certas características
físicas indicavam o indivíduo propenso a ser criminoso. O tempo passou e ele
ficou no passado com suas teorias sobre a presença do instinto criminoso no
genótipo e exteriorizada no fenótipo dos seus criminosos em potencial.
Apesar dessas verdades, penso que se formos benevolentes
com Lombroso, diante da crescente criminalidade brasileira, podemos criar uma
hipótese para a sua origem se pegarmos emprestado a seleção natural de Charles
Darwin. Um naturalista inglês que escreveu o livro “A Origem das Espécies”,
ainda no século XIX, onde explicou a seleção natural. Extraindo apenas uma
pequena parcela dos ensinamentos de Darwin, cito o fato de que indivíduos
melhor adaptados ao meio ambiente em decorrência da sua carga genética possuem
maior capacidade se sobreviver e de gerar descendentes, transmitindo suas
características.
Pegando o criminoso nato de Lombroso (propensão para
o crime instalada na sua carga genética), associando à seleção natural de
Darwin (a sobrevivência dos mais adaptados ao meio) e, finalmente, adicionando o
meio ambiente brasileiro, onde quem pratica crime acaba prosperando através da impunidade,
podemos estabelecer uma possibilidade:
“No Brasil a explicação para temos tantos criminosos pode estar na possibilidade de que parcela de
nós possua uma propensão genética para o crime, característica essa que se
mostra vitoriosa no nosso meio ambiente, onde o crime prolifera, sendo então transmitida para os descendentes, o que determinaria o aumento do número de criminosos”.
No Brasil, a seleção natural pode estar mostrando que os
criminosos são a espécie vencedora!
Juntos Somos Fortes!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Exerça a sua liberdade de expressão com consciência. Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste blog.