Iniciei minha
participação em atos cívicos nas ruas do Rio de Janeiro no dia 25 de janeiro de
2008, quando era Coronel PM do serviço ativo e exercia a função de Corregedor
Interno da Polícia Militar. O ato foi em defesa da PMERJ e dos Policiais
Militares. A partir daquele dia, apesar das incontáveis represálias
governamentais, segui participando de dezenas de atos em defesa dos mais
variados temas e de diferentes categorias profissionais.
Filho de professor,
professor e pai de professor participei de mobilizações dos profissionais da
educação pública municipal e estadual, filmando e publicando em meu blog artigos
sobre elas. Portanto, sinto-me bem à
vontade para colocar nesse breve artigo um título que pode até parecer
ofensivo, diante do grande esforço dispendido pelos manifestantes ao longo dos
atos que participei e dos atuais, inclusive o exaustivo acampamento em frente à
secretaria estadual de educação (vídeo 2011).
Sim, penso que o
movimento grevista seja pouco produtivo e fundamento: Os governantes sempre
demonstraram que não possuem qualquer preocupação com a educação do nosso povo,
isso não os afeta em nada. Povo não educado é povo sem cidadania. E isso é
ótimo para eles. Além disso, usam a greve para colocar a população, sobretudo
os responsáveis pelos alunos, contra o movimento.
Apesar de tal
argumentação, considero a greve como o único caminho para a construção de uma
educação pública de boa qualidade, mas a não a greve dos profissionais de
educação, mas a greve dos alunos, os quais devem ocupar as ruas do Rio de
Janeiro, ao lado de seus professores e responsáveis, cobrando o direito a ter
acesso à cidadania, o direito de ter um futuro digno através da educação.
Os governantes não
temem os professores em greve, não temem as reclamações dos responsáveis e não
estão nem aí para o futuro da juventude, como já demonstraram em movimentos
anteriores realizados nos últimos anos. Isso é fato.
Eles temem é a
juventude na rua. A presença constante de milhares de jovens estudantes, agindo
de forma ordeira e pacífica, protestando contra os maus governantes e cobrando
seus direitos. Todos e todas apoiados pelos seus exemplos: responsáveis e
professores.
Fica a ideia.
Juntos Somos Fortes!
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