Prezados leitores, transcrevemos comentário do Tenente Coronel PM Ref Paulo Fontes sobre declarações do secretário nacional de justiça Astério Pereira dos Santos sobre os Policiais Militares que integram o efetivo das UPPs:
"O QUE É ISSO SECRETÁRIO?
PAULO FONTES
Não posso concordar em hipótese alguma com as declarações do secretário nacional de justiça Astério Pereira dos Santos,acusando, generalizando e culpando os dez mil policiais militares alocados em UPPS, atribuindo inclusive aos mesmos a prática de crime de omissão ou associação para o tráfico, ilação que se chega diante da sua infeliz declaração: "Eles chegam lá para enfrentar isso, então, ou fingem que policiam ou se aliam".
É uma grande falta de respeito e consideração para com as famílias das dezenas de POLICIAIS MILITARES mortos ou feridos pelos criminosos, que certamente, ao contrário do que disse o secretário, não se omitiram nem se aliaram ao traficantes e bandidos das comunidades policiadas por UPPS.
E também é uma grande falta de respeito para com a POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, uma instituição a qual pertenceu o próprio secretário, que nela fez carreira de tenente a tenente coronel, organização que faz história há 209 anos, herdeira do legado e da tradição do 31º BATALHÃO DE VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA e do 12º BATALHÃO DE VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA-BATALHÃO TREME TERRA, que até hoje dá o sangue dos seus soldados, em defesa da sociedade.
Se o secretário quer mesmo colaborar com idéias, sugestões e planos, que possam contribuir para controlar e reduzir a criminalidade e a violência no Brasil em geral e nas grande cidades em particular, poderia sugerir ao ministro da justiça, autoridade à qual se subordina, para alocar a guarda nacional nas fronteiras despoliciadas(missão federal) do país, e transformá-la no embrião de uma polícia de fronteiras, com efetivo mínimo de 5 mil homens, para começar, mirando no modelo americano que possui uma polícia de fronteira com doze mil homens, mesmo fazendo limites com apenas dois países, o México ao sul e o Canadá ao norte.
A perdurar o modelo atual, as polícias estaduais, sejam ostensivas ou de investigação, continuarão a "enxugar gelo", e as poderosas armas, bem como as drogas, continuarão entrando no queijo suíço que é a fronteira brasileira, abandonada à própria sorte pela instituição que tem o dever de policiá-la, mas que possui um efetivo de apenas de doze mil agentes para o país".
Juntos Somos Fortes!